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Salomé

Mas que atrevido. Quem ele pensa que é para se comportar daquele jeito? Claro que tava nervosa. Nervosa não, isso é pouco eu tava tendo um episódio de nervos agudo.

A Isaura e a Aicha tavam rindo da cena que eu estava fazendo.

- O que foi? Porque estão rindo?

- Da sua reação minha flor. -Falou a Isaura ainda rindo.

— Acha que nós não percebemos o jeito que estavam se olhando. - Interferiu a Aicha.

Fiquei chocada. Eu preucupada com o meu pote e elas inventando coisas.

— Não teve jeito nenhum,eu apenas fiquei perplexa por conta da queda do pote. Só isso. - Tentei esclarecer pra elas.

-Uhm,claro, o pote. Com certeza. - A Isaura ainda gozando com tudo aquilo como se fosse a coisa mais normal do mundo.

- Continue a rir Isaura. Quero ver a reação da mamãe quando souber que um dos seus potes foi quebrado por um forasteiro perdido com certeza. - digo

- Mas a culpa não foi só dele. Nós também estavamos distraídas e então putch!! Se esbarraram e o pote foi para o chão. - tentou se explicar

- Faz um favor? Explica isso pra mãe. Só tira a parte em que estávamos distraídas..

E elas riram da minha idéia como se fosse a coisa mais banal.

-O que foi? Errada não tou

- Ai Salomé,só você mesmo.
Vamos meninas já estamos atrasadas o suficiente.

A Aicha nos fez apressar mais do que normal,até prq a noite era o grande "evento" .

Fomos directo pra casa. Ou seja
A Aicha e a Isaura tiveram a idéia maluca de passar na loja do senhor Pedro,porque queriam comprar algumas essências. Eu realmente não vejo a necessidade de comprar um perfume novo só por causa de uma simples festa que vai durar menos de 12h de tempo.

- Não vai querer comprar nada Salomé ? -Perguntou me o senhor Pedro.

-Não obrigada,só as meninas é que vão levar algumas essências.

-Ahmm entendi.

- Realmente n quer mesmo nada maninha?

- Não Isaura. Eu já falei, mas nem q a vaca voe ou cante eu vou comprar alguma coisa só pra essa festa.

- Você que sabe. Eu tou tão animada. Interferiu a Aicha.

- Claro,dá pra perceber. Bom meninas já que vocês vão ficar,aproveito e volto sozinha. Tudo bem pra vocês?

- Tudo sim. Se cuida!!

Eu tinha lhes deixado lá e voltei a caminhar para casa. Tinha muita movimentação nas ruas o que me deixava estressada. Não gosto muito de aglomerações. Sei lá me sinto apertada por dentro. E com essa festividade fica impossível evitar aquilo.

Passo por um monte de gente,até conseguir estar mais avontade e já na outra rua. Passo a mão na cabeça e não sinto o meu lenço.
Ah não,pelo amor de Deus não acredito que tenho q voltar até lá só para pegar um lenço.
Se fosse qualquer um,até ía deixar passar ,mas aquele era especial. Foi presente da minha avó.
Então dei meia volta e para ir buscá-lo.

Estava levemente nervosa,porque vi o meu bendito lenço nas mãos de um rapaz,que não parecia ser daqui o que mais me comoveu. Mas também como não tenho a maior vergonha na cara fui até ele tomar o lenço de volta até porque era meu.

- Com licença,senhor. Chamei a sua atenção
- poderia devolver o lenço por favor?!

-É seu?

Ele me devorava com os olhos, me olhava como se nunca tinha visto alguém parecido. Tinha os olhos brilhantes,corpo bem definido e realmente não parece ser alguém daqui.

BadjudessaOnde histórias criam vida. Descubra agora