Autora falando:
Oi, pessoas!
Vamos de um capítulo levemente boiolinha antes do levemente draminha de semana que vem? Simmm!
POV Catra, tá?
Boa leitura nessa sexta menos quente que tanto almejamos <3
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Fazia tempo que umas questões específicas não saíam da repetição na central de controle dos divertidamente de Catra. Como superar a ideia de que Adora era, sim, uma surpresa com a qual ela queria se acostumar? Quando pensar realisticamente que uma hora ou outra, porém, a fantasma sumiria? Aliás, isso precisa mesmo acontecer?
E aí tem a pergunta principal do momento em questão: é possível não ficar mais na dúvida ainda quando a loira não para de sorrir e brilhar aqueles olhos cianos a cada cena em família que presencia entre Catra, Micah e Glimmer?
Passaram aquele domingo inteiro sendo inúteis dentro de casa na companhia da família dela. Conversaram pelo tabuleiro Ouija, depois jogaram cartas, depois viram programas inúteis, com direito a comentários igualmente inúteis da loira que Catra fazia questão de repassar para o pai e irmã.
A alegria da loira fantasma de poder fazer parte daquilo, de ser algo além de uma aparição, era evidente. Também tinha a felicidade de ver a mulher de cabelos castanhos finalmente tirando um tempo com outras pessoas à sua volta. Uma felicidade real mesmo.
Dava para ver a verdade, que seu bem faz bem à ela, mesmo parecendo estranha toda essa... Conexão. Só acreditava porque, por vezes, sentia o mesmo. Sente, aliás, toda vez que Adora tem um dia de super alegria fazendo palhaçadas para sua única e exclusiva expectadora que é Catra, ou nas vezes em que ela anima um objeto com mais facilidade que antes. Existe essa troca e há de se ter uma razão. Adora não é qualquer pessoa, não é qualquer assombração.
Era por essas e outras que sua curiosidade aumentava cada vez mais em relação a esse mistério. Talvez a aproximação com Mara pudesse ajudar, se ao menos Adora parecesse mais animada para o encontro. Era até estranha toda essa reação. A jovem viva estava planejando o primeiro encontro com a irmã dela no próximo final de semana, faltava 5 dias, por aí.
As duas estavam em uma das recorrentes caminhadas matinais no parque antes de ter que se apressar para faculdade quando ela resolveu trazer o assunto à tona novamente.
– Ei, o que você acha de visitarmos a Mara no próximo sábado? – Tentando uma abordagem casual, Catra continuava caminhando enquanto bebia um pouco do café que comprara ao sair de casa.
– Não sei – Adora a acompanhava lado a lado, com o olhar vago no chão e a voz baixa. – Talvez, pode ser.
– Até porque se esperarmos você ficar entusiasmada, capaz de eu envelhecer e morrer né. – Revirou os olhos.
– Não é isso, eu tô animada! A questão é que não me sinto preparada... – A loira bufou. – Eu não quero ser rejeitada...
– Rejeitada? Por quem?
– Pela minha irmã, claro.
– Não acredito que ela vá te rejeitar
– Isso porque não conhece a Mara de verdade. – A fantasma a encarou séria. – Tentar chegar lá com um tabuleiro de Ouija e falando que vê meu fantasma não vai funcionar. Ela vai ter uma reação pior até que a de Micah e Glimmer, aposto.
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Eu e o seu fantasma
FanfictionO passado de Catra não foi nada normal. Por isso, em sua vida adulta, orgulhava-se de andar nos eixos da rotina, por mais chata que fosse. Nada incomum dentro dos padrões do que julgava ser adequado, até o fantasma de uma mulher que nunca vira apare...