10. Vida e morte de uma Gasparzinha confusa e boiola

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Autora falando:

oe oe oe (Avenida Brasil vibes)

Cuidado com a burra, que achou que tinha postado, e não postou porra nenhuma huahua

Mas simbora no POV da Adora em um capítulo que não acontece taaanta coisa assim além de Adora sendo boiola mesmo.

Boa leitura <3


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Mesmo tendo passado 3 dias desde a visita à Mara, Adora não conseguia superar o que tinha acontecido. Não conseguia entender o que ela mesma fez para que pudesse ser vista pela irmã. Sabia que fantasmas podiam ter uma série de habilidades, só não contava com essa de aparecer para as pessoas depois de brilhar loucamente feito um outdoor eletrônico.

Obviamente, ela, mais do que ninguém, sabia que a força que precisou dedicar ao ato foi muito além de uma simples luz. Ficou bastante cansada depois do feito, inclusive. Conseguiu dormir mais do que as usuais 2 horas de fantasma que sempre. E tinha certeza que o pedido desesperado da irmã a deu energias para completar tudo. Ou seja, fazer-se visível para outras pessoas que não Catra exigia um grande esforço dela, e, mesmo assim, nem sabia se era possível fazer de novo, com mais alguém além de Mara.

Outro detalhe: mesmo sendo vista por Mara, o imã que a prendia à Catra ainda estava ativo. Era só por perto dela que podia ficar.

Algo que a fez refletir, também, sobre a facilidade que tinha de estar com ela, sempre facilmente visível para ela. Catra era como a sua energia no plano terreno, era dela que recarregava forças perdidas, era dela que buscava inteligência e esperanças para o que teria que enfrentar.

Adora nunca sabia se essa sensação era mais influenciada pelo que começara a sentir, ou se era o sentimento desenvolvido que era influenciado por tudo o que Catra a trazia. Funcionava como um ciclo mesmo, e um ia alimentando o outro infinitamente. Só sabia que nessa brincadeira, ficava cada vez mais submersa na vida dessa mulher.

A curiosidade de entender o que rolou não veio só da fantasma. Tanto Catra quanto Mara ficaram horas tentando desvendar o que tinha acontecido. Depois de voltarem para casa, eventualmente a morena de olhos coloridos tocava no assunto e aquecia aquele cérebro brilhante para tentar desvendar uma parte qualquer que seja dessa nova habilidade de Adora.

– Quer saber minha teoria? – A mais baixa caminhava energética pelo corredor da casa mesmo depois de uma madrugada de trabalho. – Você e Mara fundiram a força do pensamento, o que te fez ficar visível para ela.

– Então acha que a pessoa que quer me ver também precisa se esforçar ou algo do tipo? – Adora a seguia lado a lado.

– É. Tipo, você é a que tem o poder para fazer isso, mas, a pessoa também tem que ajudar, sabe? Tipo uma missão coletiva.

– Saquei... Faz sentido isso. Lembro de ter sentido uma certa energia que não veio de mim mesmo. Talvez tenha sido a Mara.

– Exata-

Distraída na conversa, a mais baixa acabou trombando com Micah vindo na direção oposta. Ele saía de uma porta na qual a loira nunca tinha reparado, no final do corredor.

– Opa, tá andando distraída, alecrim dourado? – O homem segurou nos ombros da filha para que ela não tivesse um impacto tão forte.

– Oi, Micah! É que eu tava conversando com a Adora. – Ela até apontou pro lado, mas logo bufou frustrada com a própria ação, já que ele não conseguiria ver a loira. – Enfim... Acordado até agora?

Eu e o seu fantasmaOnde histórias criam vida. Descubra agora