12. Antes não sabia nada, mas, hoje em dia... Sei muito menos

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Autora falando:

Olaar! 

Primeiramente, fui abduzida pelos pequenos trâmites da vida adulta na sexta e não pude postar. Sim, estou numa inconsistência tem umas semanas, eu sei. O processo que tô passando é corrido e massivo. Nada de ruim, pelo contrário, mas é muito pouco tempo para muita coisa!

Enfim, ngm perguntou e eu tô aqui falando horrores kkkcry. Aqui está um POV de Catra fofinho e o início de um desencadeamento desse mistério. (E ainda tem caps quarta e sexta, tá? tá).

Boa leitura <3


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Desde que voltaram de viagem, a relação entre elas foi normalizada. Não houve um dia em que Adora tenha ficado realmente mal, como Catra conseguia ver em seus olhos naquele fim de semana passado. Aliás, Adora ficou muito mais cativante e sua presença, ainda mais necessária.

Tá, talvez essa percepção tenha uma certa influência do que já sabia que sentia por ela. Mas, foda-se.

Qualquer coisinha mínima que acontecia na vida da jovem viva que sua amiga fantasma não tinha presenciado, ela ia lá para contar. Nunca sentira tamanha vontade de ser um livro aberto assim com ninguém além de sua irmã postiça. Adora, mais uma vez, se mostrava uma pessoa fora dos parâmetros de todas que já conhecera na vida.

Se estava disposta a contar literalmente tudo, Catra não incluía nesse 'tudo' o beijo entre ela e Mara. Mesmo depois de dias, o acontecimento vivia rondando sua mente, junto com um sentimento pesado de culpa. Culpa por não ter coragem de contar para a fantasma, culpa por ter deixado Mara chegar aonde chegou, para início de conversa. E mesmo cultivando essa má sensação, ainda achava melhor não contar. Era não só pelo bem da amizade delas, como também pelo da própria Adora.

Ela não precisava de mais esse baque estando na situação que está. Catra não queria ser causadora de nenhuma das tristezas de quem tanto importava para ela. Para quem já teve a felicidade algumas vezes sabotada, a mulher sabe o quanto isso pode acabar com as poucas ou únicas esperanças que se têm. Não iria mesmo fazer isso com Adora.

Numa quinta-feira agradável e menos caótica que o comum, Catra, Micah e Glimmer resolveram se encontrar para jantar depois de suas respectivas tarefas. Claro, Catra trocou o turno para que isso fosse viável, e faltou a faculdade também. Essa parte ninguém precisava saber. Quer dizer, Adora sabia, mas estava compactuada com ela para dizer que, de fato, não tinha aulas hoje e, por isso, foi capaz de adiantar o trabalho. A morena não sabia ainda se era pelo bem da amizade ou por pura empatia, mas, a loira era sua parceira de crimes sem nem questionar.

E ainda bem que saíram todos para jantar juntos. Primeiro, porque quase não estavam tendo tempo em comum para apreciar a presença um do outro. Segundo, pôde desfrutar de bebidas alcoólicas totalmente bancadas pelo pai, o que significava melhores drinks em maiores quantidades. E terceiro, uma Catra levemente alterada também era uma Catra levemente mais corajosa. Não tão corajosa assim, a ponto de deixar escapar uma declaração meio precipitada para a fantasma por quem estava se apaixonando. Uma coragem no sentido de propor o que já vinha passando pela sua cabeça desde que ela, Adora, conseguiu aparecer para Mara.

Assim que todos entraram em casa, a mais baixa apoiou as costas na porta e limpou a garganta, chamando atenção do pai, da irmã e da fantasma que só ela via. Glimmer e Micah se entreolharam sabendo que pelas bochechas um pouco mais coradas debaixo das sardas, vinha aí uma ideia alcoolizada. Catra já entendia os olhares deles. Não entendia, porém, o de Adora, que, ao invés de parecer curioso, estava mais para um profundo, de quem estava hipnotizada.

Eu e o seu fantasmaOnde histórias criam vida. Descubra agora