Aliados

29

Babi on

Quais as chances dessa conversa terminar bem? Na minha humilde opinião nenhuma. Quando se trata de família não tem acordo não tem deixar pra lá. Eu que não sou da família não deixei pra lá, imagina ele.
Ele é formado por duas pessoas o Victor e o coringa, são personalidade diferentes. Ele vai escutar a conversa como Victor mas depois vai agir como o coringa. E isso não vai terminar bem.

V: certo- sua voz estava falha,tentado segurar as lágrimas- vc lembra do aniversário da Tainá ano passado ?
C: é claro que eu lembro, brigamos feio aquela noite. Acho que foi nossa pior briga
V: Eu estava muito puta com vc. Vc deu preferência pra ela como sempre fazia, mas era 13 de outubro - ela deixou algumas lágrimas deslisarem por suas bochechas-  vc sabia que era importante e mesmo assim foi.
C: eu sei, eu sinto muito- havia um tom e um olhar  arrependimento.
V:  Eu não queria ver chegar bebado de madrugada tropeçando pela mobília. Então eu fui atrás da Babi, a única pessoa que eu tinha além de vc. Ela  tava indo pra uma festa na Penha, aniversário do Nobru, eu disse pra ela ir que eu voltava pra casa não queria atrapalhar. Mas ela e o bak me convidaram pra ir pra festa eu estava chateada por vc ter ido beber naquele dia então decidi que eu também ia agir como uma idiotia.

As lágrimas estavam descendo com mais facilidade pela sua bochecha. E quem estava escutando tudo era o Victor o irmão preocupado e aparentemente arrependido.

V:  nos fomos pra Penha e subimos pro camarote, era uma festa bem chamativa, afinal era aniversário do dono do morro. O bak sumiu logo que chegou na festa foi atrás de uma garota, Babi estava com o Nobru no camarote, pediu que eu avisasse quando quisesse ir embora, disse que iria comigo na hora que eu quisesse.Eu estava meio entediada naquele lugar, minha mente estava atordoada não conseguia pensar em nada além de vc, no papai e na mamãe.

Coringa desviou o olhar,ele realmente se arrependia

V: então o Level se aproximou , puxou assunto era a terceira vez que vi ele na vida, ele parecia um cara legal. Bebemos e conversamos por um bom tempo, então ele me beijou eu retribui o ato, mas- ela parou e olhou pra mim- o beijo começou a esquentar com mãos bobas , ele era legal era atraente. Mas não ia rolar não naquele dia. Pedi que parasse explique que não estava no clima ele compreendeu. Eu fiquei meio constrangida já eram 2:45 da madrugada. Eu precisa voltar pra casa, vc surtaria se eu chegasse tarde, eu avisei pra ele que ia embora. Eu não sabia onde o bak estava e Babi estava com o Nobru , eu era a fã número um de babru não queria atrapalhar o casal. Ia pegar um Uber e ir pro  Alemão. Level negou disse que também não queria atrapalhar o chefe, mas que não era seguro pegar um Uber tão tarde. Ele disse que me levaria pra casa. Fiquei com receio que vc ou alguém do morro o conhece-se, mas aceitei a carona. Antes de ir ele propôs um último drink, eu aceitei um a mais não faria diferença. E foi aí que a merda começou - deu um sorriso amargo - comecei a descer as escadas, e senti um leve tontura, pensei que tinha bebido demais. Eu comecei a sentir minha cabeça explodir, tava tudo embaçado, eu não estava bem, então chamei pela Babi, mas saiu como um sussurro, ela  não ouviria.

Ela começou a andar de um lado pro outro dentro do escritório as lágrimas começaram a sair com mais abundância. Me levantei e fui até ela. O Victor estava sumindo aos poucos dando lugar ao temido coringa.

B: Calma! Senta um pouco vou continuar contando tudo bem ? - ela assentiu e sentou em uma poltrona longe do irmão.
B: certo, eram quase três da manhã eu não vi nem o bak nem a voltan, como eles ficavam as vezes não me preocupei mas mandei mensagem pra ela para irmos embora, ela tinha avisado sobre não poder chegar muito tarde por causa do irmão. Ela não me respondia nenhuma mensagem. Então  tentei o bak, ele negou estar com ela. Então eu surtei, na rocinha ninguém é louco de encostar na loirinha mas estávamos na Penha, não podia ter certeza que ela estava bem, pedi pro Nobru passar o rádio pedindo pra encontrar ela. Fui até o bar atrás dela, eu não confiava em ninguém ali, perguntei sobre ela pro garçom, ele disse que viu ela passando mal e que o Level levou ela para um quarto.

Victor não estava mas na sala ele deu lugar ao coringa, temido dono do alemão. Ele me encarava  com a mandíbula trincada e punhos cerrados.

B: como eu disse não confiava em ninguém, bak qme encontrou e eu expliquei a situação, fomos atrás dela para levarmos pra casa.

Voltan estava chorando olhando pro irmão que não direcionava o olhar pra ela apenas se mantinha focado na história.

B: olhamos em alguns quartos , alguns estavam vazios e ouros ocupados pro pessoas transando então eu fui chegar no último quarto do pequeno corredor, enquanto o bak olhava o outro que restava.Estava quieto, o único som era o celular da voltan chamado  provavelmente bak ligando , abri a porta,eu queria pegar minha amiga e tirar ela dali o mais rápido possível.  Quando dei o primeiro passo , eu senti cada pedaço do meu corpo perder o controle.

Voltan se levantou da poltrona e foi pro banheiro que tinha no escritório, deu para escutar o barulho da chave.

C: continua- seus olhos queimavam sobre mim
B; Victor, vc não quer espera ela ?
C: continua porra- ele socou a mesa que tinha em frente ao sofá me assustando
B: certo, ela estava na cama suas roupas estavam no chão, eu direcionei o olhar pro filho da puta que tava  colocando uma camisinha.  Eu corri até a voltan, ela tava acordada, lágrimas escorriam pelo rosto mais ela não reagia. Ele encostou a porta e veio na minha direção,  me mandando esquecer o que eu vi, minha reação foi ir pra cima dele, acertei algumas pancadas mas a Carol me chamou, então ele  consegui me dar um soco forte e foi pra cima dela. Minha vista estava embaçada e sentia o gosto de sangue na minha boca. Ele foi pra cima dela eu não consegui focar a visão pra levantar e ajudar então o bak entrou, na hora e impediu que o pior acontece, ele meteu a porrada no Level, tirou a blusa e vestiu na Carol. O Nobru apareceu e  a confusão ficou pior, então só ignoramos tudo e levamos a Carol pro carro.

C: me dá a chave da porta - ele ordenou se levantando
B: não vai rolar, vc precisa se acalmar
C: agora- ele rosnou vindo na minha direção- não me obrigue a te machucar , por eu vou pegar a chave de qualquer jeito .