9° capítulo

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P.O.V. Any

As nossas bocas se moviam lentamente e agora, nossas línguas brigavam por espaço.

As suas mãos estavam ambas em minha cintura, enquanto as minhas estavam no seu peito. Sentia seu toque ficar mais forte sempre que eu soltava um suspiro de satisfação cada vez que nossas línguas se chocavam.

As típicas borboletas estavam voando intensamente na minha barriga e eu não conseguia controlar a minha respiração, tal como meu coração, que pulava rapidamente devido a todo o nosso contato.

Definitivamente, este era melhor beijo que eu alguma vez recebi na vida.

Os seus lábios eram macios, o seu hálito doce e o toque de suas mãos em minha cintura estava atentando o meu sistema nervoso.

Não sei quanto tempo ficamos trocando tais carícias, mas quando dei por mim, a roda já havia parado e a contragosto, tivemos de nos separar.

Abri os olhos, encontrando os seus, me encarando profundamente.

Como um baque, eu volto á realidade, percebendo que teríamos de sair dali.

Me afasto e antes que ele diga alguma coisa, o puxo pela mão para fora da cabine.

Fui soltar as nossas mãos, mas quando iria fazer isso, ele as aperta, me fazendo recuar a ação.

Ele me puxa para mais perto de si e eu olho para o mesmo, vendo o seu olhar se conectar com o meu.

O meu coração erra a batida e eu engulo em seco.

Mas que porra está acontecendo comigo?

Ele parece perceber as minhas reações, pois dá um sorriso torto e se aproxima do meu ouvido.

- Você está com fome? - eu não sabia o que responder, talvez sim, talvez não. Por outro lado, alguma coisa doce me sabia bem.

- Talvez...

Ele sorri fraco com a resposta e volta o seu olhar para o caminho, indo agora em direção a uma barraquinha de algodão doce e pipocas.

O moço que estava atendendo as pessoas era velhinho, já com alguns cabelos brancos e um pouco rechonchudo, num entanto, um sorriso simpático brincava em seu rosto.

- Boa noite jovens, o que vocês vão querer? - a sua voz era baixinha mas animada, e isso fez com que um mínimo sorriso crescesse em minha face.

- Um algodão doce. - Joshua responde por mim, fazendo eu revirar os olhos internamente.

- Claro, de que cor? - quando eu ia responder, novamente Joshua responde por mim.

- Roxo.

Uau, ele sabia mesmo o que eu queria, agora como eu não sei.

O olho confusa e um pouco espantada. O mesmo me olha e dá de ombros com um sorriso ladino nos lábios.

Vejo o senhor colocar um tipo de açúcar na cor roxa e depois, começar a fazer o algodão.

O velhinho acaba e estendo o algodão doce na minha direção, á qual eu pego o doce e sorrio simpática para ele. Antes que eu poça tirar algum dinheiro da minha carteira, Joshua já está pagando.

Antes de irmos embora, ouço mais uma vez, a voz baixa do vendedor.

- Vocês formam um casal lindo, estão até com roupas combinando. - as minhas bochechas tomam a cor vermelha e eu tento apressadamente corrigir o senhor.

- N-nós não...

- Obrigada. - Joshua me interrompe e passa um de seus braços por meus ombros, fazendo com que eu arregale levemente os olhos.

𝑴𝒚 𝑺𝒕𝒂𝒍𝒌𝒆𝒓Onde histórias criam vida. Descubra agora