18º capítulo

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P.O.V. Any

Subo as escadas em direção ao meu quarto, com passos desequilibrados e mãos seguras ao corrimão de madeira escura envernizada.

O meu coração bombardeava sangue para todo o meu corpo de uma forma intensa e forte, demasiado forte. Estava até agora a tentar controlar a respiração mas estava mais do que complicado.

O momento entre mim e Josh tinha acontecido á cerca de uma ou duas horas, no entanto eu ainda podia sentir o seu toque apertado na minha pele. Assim como a respiração ofegante que o mesmo emitia sempre que certos toques em meu e seu corpo eram feitos.

Ele havia ido embora após receber uma chamada, não consegui ver bem o número ou nome do contato, mas a forma como o seu corpo se tornou tenso de um momento para o outro demonstrou que a chamada era importante.

Mas bom, tirando o facto do meu corpo estar sob um calor infernal, está "tudo bem".

Chego ao meu quarto, abrindo a porta e correndo imediatamente para o banheiro.

Teria de me livrar desta sensação de tensão e dominação. Porque querendo ou não, quase todo o meu ser tava sobre controle dele.

Ele sabe ser bem persuasivo quando quer.

Tranco a porta e o meu olhar para instantaneamente no espelho por cima da pia, onde eu encontro o reflexo vermelho do meu rosto.

Tal como o meu corpo, a minha face também exalava sinais de calor e excitação.

Apoio as mãos no móvel branco com detalhes pretos e respiro fundo algumas vezes. Talvez assim eu conseguisse tomar um banho mais calmo.

Alguns segundos depois, assim como eu previa, já estava mais controlada e o rubor em meu rosto havia diminuído minimamente.

Volto a minha visão para a banheira brilhante e em formato quadrado, relutante com a vontade de usá-la em vez de apenas passar alguns minutos embaixo do chuveiro do box.

Penso um pouco mais mas desisto de encher a superfície limpa e funda da banheira. Começo por abrir o registro de água, misturando o frio com o quente.

Tiro calmamente as roupas e, logo despida, observo zonas específicas em meu corpo.

O meu pescoço e seguidamente, a minha cintura.

Ambas estavam marcadas, tendo a parte de cima com chupões e a de baixo com uma marca um pouco menos visível de dedos.

Não era preciso ser um génio para saber de quem se tratavam. Infelizmente eu sabia melhor do que ninguém, tal como sabia que eu ia ter o trabalho de esconder aquilo mais tarde.

Algo me dizia que as marcas deixadas em mim eram uma espécie de vingança, uma vingança que seria deveras retribuída.

Oh se vai...

...

Acordo com um peso em cima do meu ventre, ao qual se mexia de dez em dez segundos. O sono ainda tomava conta de mim então nem capacidade eu tinha de fazer qualquer movimento que afastasse o incomodo de cima de mim.

Nem perceber o que era eu conseguia.

Foi quando um latido entrou por meus ouvidos, me despertando quase totalmente pela intensidade e proximidade a que eu me encontrava do animal, que agora reconheci como Ashe.

𝑴𝒚 𝑺𝒕𝒂𝒍𝒌𝒆𝒓Onde histórias criam vida. Descubra agora