Gatilhos

137 23 10
                                    

Seus ossos partidos. Sua pele maculada. Sua dor estampada em pavor.

O que mais poderia ser sinônimo do que Kagome sentia? Eram tantas memórias. Tantos dias de medo. Como... Como ele estava ali? Em pé!

Kagome desmaiou e duas responsáveis, incluindo a carcereira que a deixou ali a acudiram. Enquanto isso, Bankotsu se erguia, levantando-se daquela cadeira e dando alguns passos até estar paralelo ao local que a sua viúva estava caída.

Ficou alguns segundos apenas a olhando.

- "Ela realmente achou que eu havia morrido? Grande tola." – sorriu de canto e deu as costas, deixando-a para trás.

--

InuYasha POV

Era quase meio dia. Estava cheio de fome. Peguei a chave do meu carro e pensei em ir até um restaurante aqui no Queens mesmo. Mas, quando eu me preparava para sair do escritório, meu telefone tocou e eu notei que pelo código de área era uma ligação realizada do Estado da Califórnia. Engoli em seco. Algo não estava certo. Eles não ligam para mim.

- Só se aquela Trisha tá querendo alguma coisa comigo... – suspirei e atendi. Podia ser somente um medo bobo que me atingiu. Nada de errado aconteceu de fato com minha cliente... Ou aconteceu?

- Senhor Taisho? – a mulher do outro lado do país começou. – Aqui é a oficial Becca, sou da penitenciária e trabalho no setor da enfermagem.

Um arrepio adrenalizou minha alma.

- Aconteceu algo com minha cliente? – "Céus... Será que ela se meteu em alguma briga? Passou mal? O que aconteceu?"

- Ela recebeu uma visita esta manhã e antes mesmo de atendê-lo ela acabou desmaiando. Fizemos um pré exame e ela está bem fisiologicamente, mas...

- Mas? – para quê fazer rodeios! Ela bem que podia contar de uma vez.

- Ela está em um quarto separado das outras garotas, pois teve um ataque de pânico seguido do outro desde que acordou do desmaio. – estremeci ao ouvir aquilo – Estamos medicando ela, mas acredito que é bom o senhor, como advogado dela, vir conversar. Kagome não quer falar nada para a Psicóloga daqui. – suspirou.

- Pego um avião e hoje mesmo estarei aí. Me mantenha informado, por favor.

- Certo. Obrigada. – ela falou.

- Eu que agradeço. Até.

Desliguei o telefone e passei a mão nos meus cabelos.

Que porra de visita era essa que a fazia desmaiar? O que ativaria uma crise de síndrome do pânico nela? Céus!

Saí da minha sala e deixei para trás a maleta com os documentos do caso. Eu tinha tudo salvo na nuvem mesmo, então qualquer coisa eu imprimiria em algum estabelecimento por lá.

Rin me olhou com a face cheia de desconfiança e notava claramente meu incômodo.

- Inu? O que houve? – disse de sua mesa. – Aconteceu algo?

- Sim! Minha cliente recebeu uma visita e está sofrendo um ataque de pânico desde este momento. – respirei fundo. – Acho que pode ser alguém que ajudou a colocá-la lá.

- Céus! Mas que espécie de gente faz isso? – tampou a boca – Tadinha dela...

- Gente que eu vou fazer a vida ser um inferno se algo acontecer com ela. – Quando eu dei por mim, havia exposto demais os meus sentimentos. Fechei os olhos e a face de Rin era de quase incredulidade. No entanto...

GaiolaOnde histórias criam vida. Descubra agora