Depois que o advogado deixou Kagome mesmo que um tanto relutante no lar ao qual ela pertencia – por tempo indeterminado – InuYasha entrou no Volvo que havia alugado e decidiu voltar para o Queens. Ele teria que fazer muitos trâmites jurídicos que só seriam possíveis em seu escritório por conta do suporte que havia lá, e também havia o agravante de que o contrato de aluguel do carro estava em suas últimas horas.
Eram várias horas de viagem até New York e ele não parou em nenhum lugar para dormir. E continuou viajando direto até lá, dirigindo somente com pequenas paradas para se alimentar e abastecer o carro para poder ir logo até sua cidade e chegar a locadora de veículos. De lá, ele chamaria um Táxi ou um Uber para ir até seu apartamento, pois havia deixado seu carro no prédio em que morava.
No entanto, por mais que tentasse não pensar muito sobre aqueles últimos momentos ao lado da prisioneira, seu coração tornava-se tão acelerado e descompassado que por várias vezes o ar ficava difícil de ser aspirado. Seu peito estava pesado e não era uma patologia. Ele sentia-se castigado pela dor que ela sentiu.
A visão de Kagome retornando de cabeça baixa para o interior do presídio, sendo acompanhada por uma de suas algozes, era tão doloroso como a sensação de estar... Abandonando algo importante.
Ele não faria isso. Havia decidido há um bom tempo que a tiraria de lá. Mas... Por que?
InuYasha socou o volante do carro e respirou fundo. Somente o som de motores podiam ser escutados já que estava parado em uma enorme fila antes de passar entre uma divisa estadual.
- O que eu quase fiz? – fechou os olhos e suspirou profundamente – Eu quase... Quase a beijei. – olhou a placa que indicava o local que estava saindo da , pela região sul do estado e chegando em poucos minutos onde morava.
Passaram alguns minutos, depois de um curto congestionamento e ele continuou a sua viagem de volta.
--
Sesshoumaru POV
Entrei no escritório de InuYasha. Fui até sua mesa, puxei a cadeira e sentei-me. Liguei o computador e assim que a área de trabalho apareceu, cliquei na pasta indicada.
"Investigações"
- É essa... – abri o primeiro arquivo. O Word carregou e eu li suas anotações com minúcia. Depois de poucos segundos eu cheguei as atualizações que ele havia feito. – "Esperto, pelo programa Teamview ele acessou a máquina e atualizou todos os dados." – sorri de canto e salvei o arquivo por garantia. Fechei e procurei por um pdf, outro que ele havia me solicitado impressão. – "Laudo". – na mesma hora lembrei-me do tal exame que ele acompanharia. John era um parceiro jurídico de renome para a Taisho, seria interessante usar de seus 'favores pagos' em outros momentos também. Bem conveniente.
- Sesshy? – Rin apareceu na porta e esperava já com sua bolsa transpassada a frente do seu tronco. – Vamos para casa? Já são quase oito horas.
- Já vou amor. Estou imprimindo uns arquivos para o InuYasha. Rapidinho! – falei e dei-lhe um sorriso. Fui retribuído e ela entrou em passos bem lentos no escritório.
- Ele está se empenhando neste caso, não é? – parou ao meu lado.
- Sim... Eu acho que ele estava um tanto entediado com os casos que sempre defendemos. Ele precisava de algo mais... Desafiador, entende? Algo que lhe fizesse sentir amor pela profissão outra vez. – enquanto imprimia os últimos arquivos, Rin colocou as mãos nos meus ombros e massageou-os perto da minha nuca.
- Acho que depois de se divorciar da Kikyou, InuYasha teve vontade de se desafiar e viver mais. – suspirou – Mas... Antes disso... Ah! Foi difícil vê-lo tão mal quando descobriu a traição...– murmurou.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Gaiola
Fiksi PenggemarInspirada na música: History Of Violence - Theory Of a Deadman https://www.youtube.com/watch?v=hgHwXM7GYuk ~ ~ ~ O marido perfeito! Bankotsu aparentava ser doce para todos, querido e amável. Um homem digno de confiança! Mas o seu temperamento ex...