Bailey Thomas Cabello May
Mais um dia. Nada de diferente, nada de melhor. Só trabalhando, só escrevendo, tentando agradar as únicas pessoas que se importam comigo, meus fãs. Meus pais não fazem questão nenhuma de mim, minha irmã não pode me ligar, meus amigos são só riquinhos interesseiros, o único amigo que tive eu não vejo há anos, nos conhecemos na rua do nada quando eu estava me mudando, eu morei na frente da casa dos pais dele por menos de um ano, quando saí coincidiu que ele estava indo pra Faculdade, desde então perdemos contato.
Ainda por cima, tem a garota que está na minha cabeça. Nem sequer sei seu nome, mas seu rosto está na minha cabeça. Se eu fechar meus olhos agora, posso ver seus olhos castanhos e seu cabelo caindo no rosto, ela é tão linda, eu só queria saber seu nome, vê-la de novo, dizer a ela sobre todas as músicas que lancei sobre ela.
Sim, em três meses eu escrevi mais de 40 músicas sobre a morena, lancei duas, e estamos trabalhando nas próximas, serão meu próximo álbum, que se chamará Unknow Girl. Depois que vi ela, voltei a minha vida nas Filipinas, na minha irmã cantando comigo no caminho da escola, minhas tardes ajudando minha mãe no jantar, minhas noites observando o céu e escrevendo músicas sobre a garota por quem me apaixonaria.
Coisas que desde que vim para Los Angeles tinham ficado esquecidas. A minha carreira estourou e eu me esqueci do antes que ela me fez relembrar, perdido nas minhas memórias, eu estava ocupado demais com todas as garotas que eu poderia ter, mas ela mudou tudo. Não amo ela, mas gosto.
Se só de olhá-la eu senti algo diferente, se eu pudesse ter ao menos um dia ao seu lado muita coisa mudaria. Um dia para saber seu nome, o que ela faz, se gosta das minhas músicas, se já se apaixonou, da onde é. Acho que ela não é daqui, seus traços, sua pele... São diferentes das mulheres daqui.
Acabo resolvendo dar uma volta na rua. Coloco um chapéu diferente pra não ser reconhecido e saio andando sem rumo. Acabo chegando em um lugar menos nobre. Não era periferia, mas os prédios eram inferiores aos da minha rua, provavelmente eram bem classe média.
Eu morava em um quartinho assim, a rua tinha pessoas educadas e felizes, diferente do condomínio cheio de gente rica e insuportável, vejo uma praça e crianças brincando. Acabo indo até lá, sento num banquinho enquanto observo as criançinhas e lembro de mim e minha irmã. Era tão feliz, cortei o cabelo dela uma vez, ela cortou o freio da minha bike, nós colocamos açúcar no feijão da mamãe pra não comer... Fomos uns pestinhas.
- Lembrando desse tempo? - me assusto com a voz e me viro em direção a uma garota sentada na grama com fones de ouvido
- Pois é. Lembrei da minha irmã. Saudades de ser criança.
- Eu também. Tem 4 anos que não vejo minhas irmãs e meus pais, morro de saudades.
- Eu faz 5 anos.
- Como você se chama? - pergunta a garota
- Bailey.
- Como o cantor? - gelei com a pergunta
- É. E você?
- Maria Sabina Hidalgo Pano. Mas me chama de Sabina.
- Sabrina?
- Sabinaaa. Sem o r.
- Da onde você é? É um nome meio diferente.
- México. Vim pra cá pra fazer Jornalismo na UCLA, mas acabei mudando pra dança. Conheci meus dois melhores amigos lá. Moro junto com a minha amiga num AP por aqui. E você, não parece ser americano também.
- Filipinas! Mas tem muito tempo que não vou pra lá. Vim pra cá para trabalhar e melhorar a vida da minha família.
- O que você faz?
Antes que eu pudesse responder apareceu um cara que eu jurava conhecer. Ele estava correndo, e parou na frente de Sabina, de costas pra mim gritando:
- Saby! Você não sabe o que aconteceu!
- Não sei mesmo não. - Sabina disse brincando e rio dela
- Corbyn mandou uma mensagem pra Shiv dizendo que ama ela e está arrependido de ter terminado com ela. E que perdoa ela.
- Eu vou matar o seu irmão! Porra, se a Shiv voltar com ele eu juro que mato os dois! Ele é tão escroto, ainda bem que você não é assim Noahzito!
- Corbyn é a fruta podre.
- Ou, esse aqui é o Mailey Bay. - da onde ela tirou isso? - Conheci ele há cerca de 25 minutos
O garoto se virou e meu queixo caiu. Eu sabia que conhecia ele. A voz, o cabelo... Ele também não disse nada, estávamos chocados demais.
- Noah - digo
- Bailey! - ele me abraçou - Quantos anos cara!
- Vocês se conhecem? - Sabina pergunta quando nos abraçamos.
- Noah era meu vizinho antes dele ir pra faculdade! Aliás, você terminou o jornalismo?
- Sim. Tô trabalhando numa revista.
- Legal cara! E seus pais? A Linsey?
- Tão bem! A Linsey tá noiva, terminou a faculdade de ciências políticas e vive fazendo discurssinhos sobre o poder da política na construção de uma sociedade mais justa. Meus pais tão querendo fazer uma milésima lua de mel nas Ilhas Maldivas.
- Uau! Eu tô assustado, como o mundo é pequeno! E aliás, como você veio parar aqui e por que você tá usando esse chapéu estranho!
- Longa história.
- Ainda bem que o meu AP e da Shiv é bem ali na frente e agora vocês vão me explicar tudo, porque eu tô boiando! - Sabina puxa Noah de um lado e eu do outro e nos leva até um prédio.
Subimos escadas até o quarto andar e ela destrancou a última porta do corredor. Entramos e dei de cara com uma sala não muito grande com um sofá, duas poltronas e uma TV. E no sofá tinha uma garota com o notebook no colo. Assim que ela me olhou eu reconheci.
- Garota Desconhecida?
- O que o Bailey May tá fazendo no meu AP? - ela disse ao mesmo tempo, também chocada.
O que será que a Shiv vai fazer???? O Bailey May tá no AP dela e ela o odeia... Vocês acham que isso vai dar ruim ou péssimo! Comentem bastante que eu volto rapidinho!!!!
O que acham da namorada do Bailey? Ela é gata pra caramba...
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Forever (Shivley) [COMPLETA]
Fanfiction[COMPLETA] Shivani Paliwal, umas das jornalistas emergentes mais influentes do ramo da música em Los Angeles, tinha sua carreira profissional dos sonhos no auge de seus 26 anos, os dois melhores amigos do mundo, seu AP próprio, o namorado bem sucedi...