CONTO 02

93 14 0
                                    

— Minha filha, estou tão orgulhoso de você! — meu pai me disse, me dando um beijo na testa.

Estamos juntos na pequena sala á beira do estádio onde acontecerá o casamento.

Sim, vamos nos casar em um estádio, aqui em LA. Nossa primeira ideia seria fazer a cerimônia em Santa Mônica, mas seria muito clichê, até para nós.

Um dos motivos de escolhermos aqui é que Bailey é apaixonado por futebol, apesar de eu só ter descoberto isso há pouco tempo, além de que foi aqui que nos conhecemos, e também onde ele me pediu em casamento e Bailey convidou alguns, uma lista seleta, de fãs que nos apoiam. Além da quantidade enorme dele de contatos na indústria da música, então é muita gente. A fofoqueira que existe em mim só quer chegar aos convidados e perguntar se eles realmente têm tretas com outros famosos.

Minha família da Índia veio praticamente toda. Pais, irmã, avós, primos, tios... A família filipina de Bailey também, conheci o avô britânico dele também, um doce e calmo senhor de cabelos brancos que me tratou muito bem.

Respirei fundo, segurando as lágrimas, me olhei no espelho uma última vez e disfarçadamente, para que meu pai não percebesse, acaricei minha barriga, nada aparente no vestido apertado somente nos seios que foi desenhado pelo irmão gêmeo de Savannah, um incrível estilista.

Eu e Bailey decidimos que anunciaremos a gravidez hoje, na festa. Já estaremos casados mesmo...

Eu estava nervosa. Era óbvio. Eu ia me casar. Eu e Sabina tínhamos conversado muito sobre isso, já que o relacionamento dela com Pepe estava cada vez mais desgastado e ela queria terminar, brincávamos dizendo que ela era a mais apaixonada por casamento e a única de nosso trio que passou dos trinta sem casar. Só torço para que ela seja feliz, minha irmã do coração, que se propôs até a organizar a cerimônia.

Como padrinhos, eu e Bailey escolhemos: Sabina e Pepe (apesar de os dois andarem eu um péssimo clima), Noah e Sina, Heyoon e Mélanie, Savannah e Jordan (que continuam na mesma, aliás, só no rola enrola), Hina e Shori, Maya e Lamar (agora noivos) e Vaishnavi e meu primo Jhari.

A cerimonialista abriu a porta e meu pai se levantou do sofá em que me observava e eu coloquei uma mexa de meu cabelo no lugar, me olhando pelo reflexo uma última vez e me aproximei dele.

— Seja muito feliz, minha pequena Shivani! — ele disse novamente e andamos lado a lado, nos aproximando do caminho até o pequeno palco onde eu podia ver Bailey sorrindo em um terno.

Uma tape da nossa música favorita da 1D tocava. Little Things. Eu e meu pai andamos pelo gramado lentamente, eu sorria para as pessoas que conhecia e para as que não conhecia também, mal podia segurar toda a minha felicidade.

Alguns, não foram poucos, passos depois, Bailey e eu pudemos nos olhar mais de perto, meu pai sorri para ele e lhe dá um rápido abraço, soltando meu braço em seguida. Bailey vem até mim e me dá um abraço, sussurrando em meu ouvido:

— Você está linda, futura senhora May.

Sorri e ele beijou minha testa, está cheiroso, como sempre e lindo em seu terno. Caminhamos por mais alguns metros até estarmos de frente para um juiz de paz.

A família de Bailey segue os preceitos do Cristianismo e a minha do Hinduísmo, nós dois, como não somos tão ativos quanto a religião, apesar de termos nossas crenças, preferimos optar por uma cerimônia laica, e combinamos de quando formos até a Índia fazer uma pequena cerimônia tradicional e nas Filipinas da mesma forma.

O Juiz falou sobre amor, união e o matrimônio, e apesar de ser o nosso casamento, eu e Bailey estávamos entediados, sendo honesta. Eu olhava para ele, às vezes, e a única coisa que ele estava fazendo era me observar também.

Forever (Shivley) [COMPLETA]Onde histórias criam vida. Descubra agora