Enquanto Auriel permanecia entregando alguns deveres ao professor, o sinal do intervalo é tocado e logo todos os alunos deixam a sala em direção à cantina da escola. Com Auriel não foi diferente, ela iria se encontrar com os rapazes para novamente tentarem um modo de abater os infernais e “desmascarar” Milena Soul. A garota-anjo foi até o pátio perto da quadra e sentou-se aonde estavam Leonardo, Periel e Zaniel.
— Olhem só quem está ali! — disse Periel, apontando para Abaddon.
O infernal estava apenas observando.
— Está nos espiando, como sempre — falou Auriel — Ele não cansa mesmo!
— Se ele a importunar ou importunar qualquer um de nós, vai se arrepender — garantiu Zaniel — Não temos medo dele.
— Meninos, por favor — pediu Auriel —, não precisam ficar em cima também, ele que tente vir até aqui.
Abaddon estava com os braços cruzados os observando, parecia estar esperando alguma coisa, ou alguém. Sequer piscava e olhava fixamente para os anjos que estavam ali.
— Deixa que eu resolvo isso — tomou a frente Zaniel — Ele vai ter o que merece.
— Zaniel, não! — pediu Auriel — Não caia na dele, talvez seja exatamente isso o que ele quer.
— Auriel está certa, Zaniel — concordou Periel.
— Bom, se não se importam eu vou ao banheiro e já volto — falou Leonardo, que sai em seguida.
Abaddon não parava de observa-los.
— Ele está pedindo! — afirmou Zaniel — Ele está querendo brigar.
— Eu disse não, Zaniel — reiterou Auriel — Ele está querendo nos provocar, por mim continuará ali o dia inteiro. Vou ali beber água e já volto — completa dando uma desculpa para se afastar.
Auriel se afasta um pouco e vai até o bebedouro perto dali, o que era apenas uma desculpa para se afastar, ela não temia Abaddon. Mal sabia ela que Abaddon não era o único por ali. Triga se escondia por entre as sombras observando ela e deu um sinal para que o destruidor se aproximasse.
Auriel sentou-se em uma cadeira de uma mesa azul no meio do pátio, perto do bebedouro, quando Abaddon se aproximou calmamente dela. O Infernal ficou por dois minutos apenas a olhando até que puxou uma cadeira e se sentou ao lado dela.
Auriel não respondeu nada e virou o rosto para ele.
— Não vai me dizer nada? — perguntou Abaddon — Acha que sou algum tipo de palhaço?
Abaddon agarra os pulsos dela.
— Me solta, agora! — ordenou Auriel — Você vai se arrepender, você e todos os infernais.
— O que vai fazer? — quis saber o demônio — Aqueles dois paspalhos não são suficientes para me vencer, nem você é.
— Você só se esquece que sou próxima do Príncipe dos Anjos — respondeu Auriel — Ele pode acabar com você!
— Eu não tenho medo de Miguel! — respondeu Abaddon — Posso muito bem derruba-lo.
— Você não derruba nem um anjo-da-guarda — provocou Auriel — Lúcifer é um iludido que adora te fazer de marionete.
— Sou a fúria de Satanás! — afirmou Abaddon — Você não é capaz de me deter, sabe disso.
— E daí? — respondeu Auriel.
— Já fiz isso uma vez e posso fazer novamente — afirmou Abaddon confiante — Vou humilha-la, Auriel. Nem Yahweh ou qualquer outra divindade irá salva-la.
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Cavaleiros do Ar: Elos do Paraíso
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