Capítulo VII: O Ataque do Destruidor

129 33 274
                                    

Eram aproximadamente 8:05 da manhã quando Leonardo chegou à escola. Ele desceu do veículo com pressa e adentrou no prédio, tinha consciência que estava atrasado para a aula. Ao passar pelo corredor, notou que estava vazio e silencioso, de certo a primeira aula do dia já havia começado. Quando caminhava em direção à sala, percebeu que estava sendo seguido de longe. Tenso, ele olhou para trás e viu de quem se tratava: Uma mulher alta, branca, loira e trajando uma roupa social cinza com uma saia da mesma cor, era Milena Soul.

— Aonde você pensa que vai? — perguntou Milena — Está muito em cima da hora.

— Diretora Soul — disse Leonardo —, perdão pelo atraso, eu dormi demais.

— Que isso não se repita ou terei que tomar providências — avisou ela — Agora terá que esperar o bater do sinal.

— Posso esperar aqui fora, senhora? — perguntou Leonardo — Claro, se a senhora deixar.

— Não quer ir esperar na minha sala? — perguntou Soul — Tenho certeza que muito lhe agradará minha companhia — completou aproximando sua face da de Leonardo

— Não, senhora — respondeu Leonardo — Já estou bem aqui. Não quero incomoda-la.

— É uma pena — disse Soul —, seria muito bom para mim tê-lo por perto.

Soul se afastou e regressou para sua sala. Assim que ela saiu de cena, Leonardo notou a aproximação de outra pessoa. Um homem alto, musculoso, careca e que vestia-se com uma camiseta cinza. Aquele era Marcel, ou melhor, Abaddon, O Destruidor.

— Veja só quem reapareceu — disse o infernal —, Leonardo, o garoto explosivo.

— Me deixa em paz! — pediu Leonardo — Só quero esperar o sinal anunciar o segundo horário.

— Eu posso esperar com você — afirma Abaddon — Assim aproveitamos e botamos o papo em dia.

— Eu sei quem você é — disse Leonardo, tentando intimida-lo — Se afaste de mim, demônio, você é uma cobra do pior tipo.

Abaddon ficou furioso

— A garota-anjo abriu demais a boca! — disse Abaddon — Eu devia ter dado um jeito nela enquanto tive chance. É uma pena que você tenha caído do lado deles.

— Ela não falou nada mais que a verdade — retrucou Leonardo — Esse lugar está infestado!

— E o que você vai fazer? — perguntou Abaddon — É um simples mortal, usando um dedo eu já entorto todos os seus ossos e faço seu corpo explodir, isso sem usar nem 1% do meu poder.

— Você será julgado, Abaddon — disse Leonardo —, e Lúcifer não poderá salva-lo.

— Lúcifer é meu único deus, ainda tenho tempo de sobra para destroçar quantos mortais ou alados eu quiser — retruca o Destruidor.

— Bem que Auriel me disse — falou Leonardo —, você serve a Lúcifer porque tem medo dele, é um lacaio sem-vergonha!

— Repete! — disse Abaddon, agarrando o pescoço de Leonardo com força — Se eu quiser posso te matar agora mesmo e ninguém vai me impedir, seus protetores celestes não estão aqui para isso.

Abaddon lançou o mortal contra o chão e lhe desferiu dois chutes, em seguida, o infernal arrancou um dos bancos do corredor e bateu com ele na cabeça do rapaz, que sangrou imediatamente, mas não caiu.

— Você não é nada, verme humano! — disse o infernal — Você e sua raça sentirão a fúria dos dez mil gafanhotos em breve. Enquanto isso, observe seu cérebro derreter.

Milena Soul se aproximou no exato momento e observou a cena perplexa.

— MARCEL — grita ela se aproximando —, basta de tanta brutalidade, o que está fazendo?

Cavaleiros do Ar: Elos do ParaísoOnde histórias criam vida. Descubra agora