8. Toni's Life

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Okay então, esse é um dos meus capítulos preferidos...eu espero que vocês gostem dele tanto quanto eu.
 A música do capítulo é a patroa I feel like i'm drowning - Two Feet.
Boa leitura ^0^


Antonia Shalifoe, órfã desde seus primeiros anos de vida.
Data de nascimento: desconhecida.
Nome do pai: desconhecido.
Nome da mãe: desconhecido.
Parente conhecido: Irmã de Alexa Shalifoe, encontrada na porta do orfanato com Toni no colo, aos 8 anos de idade. Além da bebê carregava apenas uma carta dizendo seus nomes e que com a morte dos pais, não podia criar as duas sozinhas, mas não foi assinada.

A vida das irmãs no orfanato era diferente do que as pessoas costumam imaginar, Lexa protegia Toni a todo custo, torcia para que houvesse comida suficiente para alimentar ambas, caso contrário dividia as porções com o bebê.

Com 11 anos, foi separada da irmã mais nova, essa, tinha 4, foi adotada por um casal mais velho, mas alguns meses depois "devolveram" a menina por ser bagunceira demais...para o azar das irmãs, Lexa havia sido transferida para outro orfanato num estado próximo.
Por conta da pouca idade, a ideia de ter uma irmã mais velha para Toni era surreal, como se as poucas memórias que tinha de sua irmã fossem apenas um sonho.

Lexa foi adotada por uma boa família, os Blake, ganhou dois irmãos, Bellamy e Octavia. Mas Lexa nunca se esqueceu de sua irmãzinha, e nunca deixou de pedir que seus ancestrais cuidassem dela.

A vida de Toni, no entanto, não teve um desfecho tão simples quanto a de Lexa.
Foi adotada por diversas famílias até seus 10 anos, mas no fim, nunca sentiu que aquele era seu lugar, por isso nunca foi adotada. Com 12 anos na escola, conheceu Martha Blackburn, a herança cultural Ojibwe que as duas compartilhavam as uniu, e sua amizade ao longo dos anos continuou a crescer. Os funcionários do orfanato não se preocupavam se Toni queria ficar lá ou não. Então, quando a mãe de Martha a chamou para morar com elas, a parda não perdeu a chance! Legalmente, ela ainda morava no orfanato,mas na verdade ela apenas ficava na casa de Martha. Começou a trabalhar na oficina de um tio de Martha com 13 anos para ajudar com as suas despesas na casa. Ela realmente levava jeito com carros e adorava aquilo! Com a entrada no ensino médio e árduas horas de treino, Toni se tornou a capitã do time de basquete feminino. O basquete era sua paixão! E embora sonhasse em viver como atleta no futuro, sabia que sua vida nunca foi feita de sonhos. Então, o esporte se tornou para ela um meio de conseguir uma bolsa de estudos, e é isso que ela tem feito todos esses anos.

Toni não é a aluna mais inteligente, ela sabe disso, ela é humana, sabe que às vezes precisa de um descanso, sabe que pode falhar em testes.
Mas é determinada. Ela não vai desistir, ela sabe que enquanto ela respirar, ela tem uma chance de continuar lutando.

No fim do segundo ano do ensino médio, ela foi abordada por um homem na rua. Ele era alto, tinha cabelos negros bagunçados e usava um distintivo.

—Você é Antonia Shalifoe? —Mesmo um pouco desconfiada, ela assentiu. —Eu sou Bellamy Blake, detetive particular. —O homem sorriu e estendeu a mão para ela.
—Hum, oi? —Ela disse.
—Nós podemos conversar em algum lugar privado?
—Com todo respeito senhor Blake, se você fosse uma garota de 17 anos sendo abordada por um homem estranho, provavelmente não iria aceitar...
—Você tem razão...me desculpe senhorita Shalifoe. —Ele disse e olhou para os lados —A pessoa que me contratou, tem um grande interesse em conhecê-la. —Ele disse e acenou para trás, logo Toni pode ver uma mulher um pouco mais alta que ela sair de um carro um tanto receosa e se aproximar dos dois.
—Oi Toni —A mulher disse e estranhamente Toni pensava que já havia a visto antes, ela era familiar. —Meu nome é Lexa Shalifoe —A parda entrou em choque, como elas poderiam ter o mesmo sobrenome? —Você era muito pequena, não deve se lembrar...eu sou sua irmã mais velha. —Ela disse e os olhos da menor se encheram de lágrimas.
—Não era um sonho...—Ela sussurrou se lembrando da menina com quem tinha "sonhos bons" —E-eu posso te abraçar...? —Toni disse e a maior abriu os braços pra ela. Se abraçaram e não houve um encontro de família mais feliz que aquele.

Screw my life  • The WildsOnde histórias criam vida. Descubra agora