15. Twists and turns

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 Bom dia boa tarde boa noite queridos leitores!
Como vocês estão? 
Queria dizer que estou muito feliz! Temos 3 mil leituras e 285 estrelinhas! Fora todos os comentários que vocês deixaram nos últimos capítulos :3 
Sério, eu não esperava isso nunca, de coração, melhorou mil vezes a minha semana. 
Esse capítulo é um pouco mais descontraído, foi divertido escrevê-lo mas também serve de ponte pros próximos acontecimentos :P 
Enfim, boa leitura :D 


Havia passado cerca de 1 mês, Toni estava extremamente ansiosa para os jogos interescolares, havia tirado o gesso e desde então vinha treinando dobrado, Leah dizia que ela havia ficado pior que Rachel, se é que isso era possível.

— Vamos de novo, esse passe tem que ficar perfeito. — Martha ouviu Toni gritar.
— Ela está sedenta, nem eu aguento mais ouvir ela falando, fora que é dia e noite batendo bola, eu vou cometer um crime de ódio se eu não dormir direito essa noite. — Martha continuou e as garotas riram.
— A Leah chega tão exausta que só toma banho, deita na cama e morre, nunca vi minha bookstan não ler nem um livro por semana, fora que eu to com saudade de ficar de chameguito. — Fatin respondeu fazendo biquinho.
— A Toni nem vai fugir pra minha janela mais, por que ela tá tão nervosa com esses jogos?
— Tá todo mundo implorando pra você dar um chá nela, Shell. — Dot disse e as outras meninas seguraram a risada, a loira não entendeu.
— O que você quer dizer com isso...? — Perguntou inocente.
— Faz um chá calmante pra ela quando ela for te ver, certeza que vai melhorar. — Fatin respondeu.
— Que maldade véi. — Martha disse rindo.
— Nem ouse explicar. — Dot ameaçou rindo.
— Eu odeio vocês. — Shelby disse.
— Odeia nada. — Fatin disse e abraçou ela.
— A culpa é toda da Martha. — A loira exclamou.
— Por que minha?! — Indagou.
— Você que me trouxe pra essa loucura! Culpa sua que eu sou gay!
— Esse BO eu não assumo, isso aí é culpa de Toni. Vê lá se eu sou a cura hétero!
— O que tem eu? — Toni chegou rindo e pegando sua garrafa de água.
— É a cura hétero. — Dot respondeu e a menor riu em meio a bochechas um pouco coradas.
— Vocês e as suas piadinhas, elas estão te incomodando, barbie? — Toni disse sorrindo para a loira.
— Você está me incomodando. — Fatin disse olhando para a Shalifoe de braços cruzados.
— Como eu poderia estar te incomodando?
— Atrapalhando minha vida sexual, por favor pare de torturar a minha namorada, obrigada.
— A gente só ta treinando, não exagera.
— Antonia, a Leah não leu nenhum livro inteiro no último mês e eu preciso transar.
— Ok ok, eu vou liberar o pessoal do time esse fim de semana... — Toni disse dando os ombros.
— Os próximos também porque você não vai lá em casa tem um tempão. — Shelby disse cruzando os braços e fazendo um biquinho.
— IHHH a Shelby quer ficar pelada com a Toni — Dot disse rindo e o casal corou.
— Não é nada disso! — A loira retrucou gaguejando.
— Ahhhh meus olhos Dorothy! Meus olhos! Por que eu imaginei essa cena?! Deus tem misericórdia da minha alma. — Marty disse fazendo sinais de vômito e esfregando os olhos.
— Eu não tenho nada a declarar para vocês. — Toni disse um pouco ruborizada — E a gente tem aquele almoço marcado na quinta, Barbie.
— Que dia é hoje, Toni? — Fatin perguntou segurando o riso.
— Hoje é terça. — Disse convicta.
— Hoje é quinta, docinho. — Shelby respondeu rindo.
— Não é não, se for quinta quer dizer que eu tenho só amanhã e esse fim de semana pra treinar com o time e não dá pra elaborar outra combinação de ataque ou defesa, o que pode levar a gente a... —A capitã saiu murmurando de volta para quadra com a voz
— Quebramos ela. — Marty disse.
— Boa sorte Shelby — Dot e Fatin falaram em uníssono dando um grande sorriso amarelo, parecia até combinado.
— Eu realmente odeio vocês.
— Se odiasse não estaria matando aula com a gente.
— Aí que você se engana Dorothy, não estamos matando aula, pelo menos não eu e a Martha.
— Como assim?
— Ta tendo recuperação de história hoje, o professor liberou a gente e a Toni já tinha reservado a quadra com os professores. Qual aula vocês tão matando?
— Inglês, a professora está revisando a matéria pro pessoal que ficou com nota baixa e vai fazer recuperação.
— Vocês já passaram?
— Sim, a média era 22, eu fiquei com 23 — Fatin disse orgulhosa de si.
— Leah não te ajudou a estudar? — Shelby perguntou.
— Não, ela não tem tempo. Inclusive a aula ta acabando, vou lá buscar ela coitada.
— E eu vou atrás da Toni, ela vai almoçar lá em casa hoje, vou apresentar ela pra minha família.
— Já tá oficial assim? — Fatin perguntou curiosa.
— Ah, não...meio que eu quero que os meus pais gostem dela primeiro e ela tá louca pra conhecer os meus irmãos.
— Ela adora crianças — Martha comentou.
— Dessa vez a Claire passa pra Leah e ai ela arremessa — Toni gritou
— Dispensadas meninas, o treino acabou. — Rachel disse e elas começaram a sair da quadra.
— Mas a gente ainda precisa... — Toni começou a dizer, mas foi interrompida.
— A gente precisa descansar, e você também. Os passes estão perfeitos e se você falar mais alguma coisa eu e a Leah vamos enfiar você na cesta de basquete. — Rachel disse.
— Certo , mas eu quero ter um último treino antes do jogo na semana que vem pelo menos.
— Ta ta, só dá paz, vai sair com a sua namorada e esquece a gente.

Todas seguiram para os vestiários, mas a Capitã ficou para arrumar a quadra, guardar as bolas e os coletes. No entanto, dessa vez ela tinha companhia, uma loirinha que juntava coletes extremamente suados em uma pilha que iria para a lavanderia.

As duas estavam num silêncio estranhamente confortável, era certo dizer que ambas estavam mais seguras em relação a seus sentimentos e medos, mas uma palavrinha com 8 letras podia deixar ambos os corações palpitando.

Quando elas terminaram, seguiram para o vestiário que já estava mais vazio, enquanto Toni tomava seu banho, Shelby juntava as coisas de ambas enquanto conversava com Becca criando expectativas sobre aquele almoço.

— Pronta? — A loira perguntou.
— Sim, e você?
— Também, vamos? Meus pais devem estar nos esperando. — A parda assentiu e Shelby estendeu a mão para ela, de mãos dadas e dedos cruzados fizeram seu caminho até o carro, ao entrarem e depois de obrigatoriamente usarem o cinto de segurança, Toni ligou mas não deu partida, roubou um beijo de Shelby que sorriu em meio ao ato carinhoso.

Era difícil aquele tipo de coisa acontecer, porque embora a menor desejasse o fazer, ela tinha medo da outra ainda não estar pronta, por isso, a loira sempre dava início a esses tipos de contatos.

— Gosto quando faz isso. — Shelby sorriu ainda de olhos fechados enquanto Toni deixava alguns pequenos beijos em seu rosto.
— Eu também gosto de demonstrar meu carinho por você.
— Fico feliz que a gente se entendeu e teve aquela conversa sobre limites.
— Idem, Anang. — A parda tomou a mão da outra e a beijou sorrindo.

Ela deu partida no carro e seguiu para a casa dos Goodkind.


[...]


— Mãe, pai, cheguei. — Shelby disse entrando em casa junto a Toni, a loira foi até a cozinha e viu de longe o pai e a avó paterna conversando. — Vovó Beth?
— Shelby, minha netinha querida! — A senhora se levantou e foi na direção da menina lhe dando um abraço. O senhor Goodkind mudou a postura séria ao ver a filha e sua amiga.
— Quanto tempo! Da última vez que a senhora veio aqui eu nem pude te ver.
— Eu tive uns contratempos e fui embora mais cedo mas tá tudo bem.
— Ah, essa é a minha amiga Toni, ela veio almoçar com a gente hoje, —A menor cumprimentou o homem e a idosa cordialmente com um sorriso que foi retribuído — onde estão a mamãe e os meninos?
— Estão atrasados, teremos comida japonesa para o almoço hoje, você gosta Toni? — Dave perguntou.
— Sim, quem não gosta de comida japonesa? — Mentiu, peixe cru não era exatamente sua comida preferida, mas não faria essa desfeita. Shelby riu um pouco desesperada pois sabia que a outra não simpatizava muito com a comida.
— Já contou a novidade para ela, Dave?
— Não, mamãe, eu iria contar durante o jantar, mas a senhora parece ansiosa. — Embora ambos parecessem calmos e cordiais, as duas garotas podiam sentir um "quê" de tensão no ar.
— Estou vindo morar aqui de novo! Desde que o seu avô morreu, eu me sinto muito sozinha na quela casa, por isso estou me mudando para cá, pra ficar pertinho dos meus netinhos. — A senhora sorriu e Shelby correu para abraça-lá. 

Quando mais nova, era bem apegada a avó, isso mudou um pouco depois que seu avô morreu e seu pai e ela brigaram, ela foi embora da cidade e passou a visitá-los muito pouco.

— Isso é tão bom! A senhora finalmente vai poder continuar a me ensinar como tricotar.
— E vou poder ver você e seus irmãos crescerem fortes e saudáveis. — Sorriu.

Toni estava entretida com a conversa, sabia que agora tinha uma "família" de verdade mas começava a perceber que as famílias não eram todas iguais. Martha e sua mãe, Lexa e seus irmãos, Shelby e sua avó, mesmo tendo ou não relações sanguíneas, eram família e Martha, Lexa, Octavia, Shelby, Fatin, Leah, Rachel e Dot eram sim sua família.

Talvez família fosse isso, pessoas que te aceitam, te amam e fazem loucuras por você.

Talvez pela primeira vez, Toni se sentia verdadeiramente feliz por saber que pertencia a algo que não fosse um orfanato.

Sentia que tinha sorte pela primeira vez na vida, porque acima de tudo que passou, ela se sentia amada. 


Fico muito soft com o fim desse :,)
E aí? O que acharam? 
Eu devo voltar antes agora pois minha semana de prova acabou finalmente!!! 
Mas não garanto pq talvez eu tenha pego covid de novo k k k anitta faça alguma coisa. 
Enfim, espero que tenham gostado :3 
Beijinhos '3' 
Jazz desliga.

Screw my life  • The WildsOnde histórias criam vida. Descubra agora