"FriendS"

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O tempo não espera ninguém. Logo nós crescemos e nos deparamos com vários outros problemas, e temos que ser maduros o suficiente para resolvê-los. Em um curto e breve momento, estaremos de pé, comemorando nossa própria vitória. É que a vida é naturalmente catastrófica e imprevisível, e nós, como seres humanos, tendemos a mudar junto com ela, para podermos dar paços mais firmes cada dia mais.
E teremos que nos despedir dos nossos pais, e aquela segurança que sentimos, sumirá e iremos tentar sobreviver que nem eles um dia, até morrerem, e assim, repetiremos o mesmo siclo, o siclo da vida.
Pessoas de quem amamos vem e vão, como um piscar de olhos e no final, sempre estivemos sozinhos, e nós vamos nos sentir sozinhos. É como se a vida não houvesse um sentido, e estaríamos só vivendo por viver mesmo, sentando no canto do quarto, e as vezes chorando por não entender, e os dias vão começar a ficar cada vez mais curtos, e quando olharmos para trás, veremos nosso próprio vázio, durante uma vida inteira.
A briga continuava solta, as chacotas e as humilhações continuavam, até a polícia atirar para cima, espantando todos aqueles delinquentes curiosos, se alimentando da desgraça alheia.
- Parem vocês dois! - Disse o policial, separando a briga.
- Vai se foder! Policial arrombado! - Falou Samm, confrontando os polícias.
- Você vai ser encaminhado com a gente para delegacia, por desacato. Aliás, vocês dois.
- Eu prometo que nunca mais marcaremos um reencontro, para acabar em desgraça como esse! - Falou Jess. Alguém tem o número dos pais do Sammuell?
- Não! Mas pelo que eu me lembre, você tem o da mãe dele - Respondeu Thall.
- Ah! Sim! É verdade, eu tenho, vou ligar para ela.

Na viatura da polícia, Samm chorava de raiva de Juan, seria sua primeira vez detido.
- Vocês dois são menores de idade? - Perguntou um dos policiais.
Samm não respondeu, pois não conseguia abrir a boca para soltar uma palavra. Mas, por sua vez, Juan respondeu.
- Sim, somos menores.
- E já andam vagando pelos Status nas redes sociais? Gostam de pagar de lutadores, né? O quê o loirinho tem? Se arrependeu foi?
Sammuell continuou calado, sem nenhum sentido coerente. Sua cabeça estava uma loucura em si, aquele dia podia acabar, mas continuaria o mesmo.
Chegando na delegacia, várias perguntas foram feitas, e com total leveza foram respondidas. Mas, alguém mais queria vê-los e fazer perguntas, essa era a mãe de Samm.
- Victor, o que aconteceu? Porque você está aqui? Como pôde me fazer passar por essa vergonha?! E os vizinhos vão comentar, vão achar que eu não te eduquei, mas é verdade! Você não presta, nunca prestou, sempre me deu dores de cabeça. E eu te digo uma coisa Sammuell; Depois dessa, tu se prepara. Vocês dois podiam ter vergonha!.
Juan ficou observando todas as palavras, quieto. Até que a mãe de Samm virou se para ele e disse.
- Se tu tocar nesse menino de novo, por mais moleque que ele seja, eu vou meter a mão na tua cara.
- Não mãe, fui eu que comecei.
- Não interessa! Tá de castigo, não irá sair pras festas, para chegar bêbado em casa, e eu ter que limpar teus vômitos. Seu desgosto!.
O delegado quê só observava, logo pediu os CPFs dos meninos.
- A indentidade do seu filho, senhora, por favor. E dê disciplina para o seu filho, ele xingou um policial com palavras de baixo calão.
- Foi é? Tome um tapa na cara, para respeitar quem está acima de você!.
A humilhação foi constante e totalmente tristes. Dias difíceis virão, e virão com força para Sammuell e Juan.
Logo, longe dalí, havia dois amigos que eram muito amigos, aliás, conversavam sobre tudo um com o outro, esses eram Deb e Kay.

"Kay - De - Kayron"

Não tenhamos muitos detalhes da vida de Kayron, só sabemos que ele é um garoto solitário e as vezes ignorante, mas tem medo de magoar uma mosca. Uma mosca velha e sensível.
Na sua cabeça, passava apenas palavras e no seu quarto exalava solidão, ele sonhava com um verdadeiro amor, ou apenas encontrar alguém para conversar durante dias difíceis, ou quando chora as vezes. As noites eram tristes e os dias vazios, só lhe restava desenhar em uma velha folha de caderno ou conversar com Deb.
- É que está meio difícil as coisas aqui, não sei bem explicar o fato da minha mãe chorar tanto, não sei o que fazer.
Os dias teriam ficado difíceis, não aí para outros membros, mas até para aqueles que se confirmam com o que tem.
- E se eu fosse rico? Eu ainda ficaria sem comer por duas noites seguidas? Porquê as pessoas são tão más? - Lamentava Kay.
- As coisas sempre serão difíceis, Kay. Por mais que e chore a noite. Por mais que pense em morrer. A vida é injusta. - Falava Deb, na outra linha.
- É que; Eu não sei o que fazer, você já ficou sem comer? Minha barriga dói, e só farinha não tem como se sustentar.
- Kayron, desliga isso e vem ajudar teu pai, imundo preguiçoso! - Disse a mãe de Kayron.
- Eu vou ter que desligar Deb, eu espero te ver novamente, adeus!
- Kayron! Espera! Não desliga agora. Preciso de contar uma coisa, é muito importante e eu acho que pode te ajudar. Tipo; Na tua situação.
- Vai! Conta!
- ...










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