YoungS - Primavera

"O Corte no Tempo"

      As vezes, nos vimos em um poço, profundo, pensando sobre as variadas mudanças que ocorram em nossas vidas, e o quanto tudo isso nos afetou.  De certa forma - Isso foi necessário para entendermos certas coisas. Aliás, quem atualmente não deita em uma cama, e começa chorar, com saudades  dos velhos tempos, de quando éramos crianças e a única preocupação era não sujar a roupa nova que a mãe tinha comprado.
     Hoje, o foco é o futuro, as decisões que irão ter finalidade, uma faculdade, um trabalho tão sonhado, um sentimento de perda. Uma direção certa. Você sente medo de magoar as pessoas e magoar a si próprio. Então, você tenta sair de tudo, e ir procurar um amor, e acaba tendo um coração partido, e tudo foi em vão. Mas você aprende, convive com aquilo e tenta novamente.
    Suas escolhas são muito superficiais para algumas pessoas, e suas decisões irá mudar, de acordo com isso. E àquele sentimento doce de criança, se perdeu em várias indecisões. E no fim, estará sozinho.
     Seus olhos ferraram com sua tentativa de ser forte, e as lágrimas desconfortáveis molharam todo chão. Lá se vai suas dores, em simples gotas de água. Seus pensamentos logo são ofuscados, e tudo que você queria naquele momento, era voltar a ser criança, uma boa e jovem criança.
       Seus sorrisos já não são mostrados com tanta nitidez, e ninguém mais te vê. E você só pensa em ficar só, nisso, sua mente te remete a infância, a qual foi tão mágica pra você. As vezes, temos que viver certas coisas, para aprendermos a não passar por isso, e saber como agir após. Seu tempo passou e você nem viu.
     A infância arrasta, e logo, quando você olhar para trás, tudo já tem passado, e você se ver no absoluto e perdido; presente.   
      As drogas eram vistas pelos mais indecisos olhos, as pupilas dilatadas por preocupação davam indícios de uma nova culpa para Samm, e o quê faria imediatamente, era jogar todos aqueles entorpecentes fora, pois a polícia estava chegando. Samm, pegou tudo na bolsa de Kay, abriu e retirou tudo, e jogou para dentro da floresta, Jess, preocupada com o quê poderia causar, se abaixou e se escondeu em um arbusto, coisa que não iria adiantar, pois os polícias estavam com cães de caça. Logo, Kay cansado daquilo tudo, saiu da floresta e gritou para os polícias.
       Todos ficaram surpresos com o grito de Kay, e se perguntaram o motivo de ele estar chamando os policiais, e a verdade era outra, não era policiais e sim; traficantes. Logo, a história muda de rumo, na realidade, a mãe de Kay estava devendo muito dinheiro a esses homens e queriam a vida de Kay em troca. Kay, logo se jogou nos arbustos novamente e explicou o que havia acontecido e o que estava ocorrendo - Se tratava, obviamente de um "acerto de contas" que no caso era um "acerto de vidas". Todos ficaram putos, mas não expressaram, pois iria chamar atenção dos bandidos, pois já estavam bem perto, logo, do outro lado da estrada, vinha a polícia, Kay, havia preparado uma emboscada.
     Thall olhou para Kay, com os olhos arregalados, e em sua mente ele agora passava a ser uma ameaça nociva, e ao mesmo tempo esperto. Logo que avistaram os policiais, os traficantes se jogaram também na floresta, e a polícia percebeu tal movimento, daí, começou o tiroteio. Kay, pediu a todos que corressem o mais rápido possível por dentro da floresta, em rumo ao outro lado, que daria em um lugar chamado "Europe Garnier", um local afastado e aparentemente estranho.
      Eles correram sem parar até chegarem em Europe Garnier, lá se sentaram em um velho tronco de madeira, o ódio de todos por Kay já ultrapassava os certos limites. Samm, logo pegou um pedaço de pau, e arremessou contra Kay, atingindo ele na testa, Carly, em seguida se levantou se, cansada e falou com raiva de Kay - Tá louco, garoto? Olha o que você fez!.
    Kay, pressionando a mão na testa disse - Desculpas, não foi minha intenção - Disse Kay, um pouco arrependido.
     - Cara, por que fez isso? - Perguntou Grazy.
     - Porque, eu...Eu não quis, na verdade nunca quis isso...Tudo foi por causa de um menino, que mora aqui em Europe Garnier. - Respondeu Kay.
     - Tudo isso por causa de um menino? Ah, ele deve ser muito especial pra você! Para você fugir de casa, e ainda foder com a vida de todos nós que somos meros estranhos. - Disse Jess.
    Débora, que já conhecia Kay, ficou besta, e estava toda pálida, parecia ter visto um fantasma. Ela, com muitas dúvidas, perguntou.
     - Esse cara mora aqui? Quem é ele?!
      - O nome dele é Lucas, e ele mora a dois quarteirões depois da saída da floresta. - Respondeu Kay.
     - Mano, você ferrou com a nossa vida! E agora?! Temos que voltar pra casa. - Falou Samm.
     - Olha, você cuida aí da sua vida, estou dando o fora! Vamos galera - Disse Thall.
      - Não, vocês não podem ir, não agora. - Falou Kay, com um certo rosto de desconfiado.
      - Por que não podemos ir, garoto? - Perguntou Carly.
      - Eu salvei vocês de irem para a escola interna, ou mais conhecida como Chicago School, lá tem vários funcionários chatos, e os pais de vocês querem coloca-los lá!
       - Como assim? - Perguntou Grazy.
      - É meio que uma nova ordem do governo, ficarão lá até os 18 anos, e creio que sejamos rápidos, só vai levar 1 aninho - Disse Kay, enquanto virava as costas, andando em direção a entrada de Europe Garnier.
      - Plano do governo? - Perguntou Carly, para si mesma.
      - Sim, garota. É um plano do governo, juntar adolescentes em um lugar de lei, para afastalos das drogas, e afins. O meu namorado vai, e eu vou com ele.
     - E o quê acontece na Chicago, Kay? - Perguntou Jess.
      - Os alunos passam por provas, ganham status, completam desafios acadêmicos, não é legal?! Exitante.
      - Então, você não nos salvou? E porque quer levar a gente para Europe Garnier?  Nós nunca podemos ir lá.
        - Porque aqui, nós vamos ter uma melhor qualidade de vida, e as estações aqui funcionam, do outro lado dessa floresta, existe um corte no tempo, nas regras. Enfim, bem vindos a Europe Garnier.