"Sweet DreamS"

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Sempre aprofundo assuntos em cada capítulo aqui publicado. Assuntos que podem fazer uma pessoa sem esperança, pensar o quão é importante tê-la. Sempre procuro ser claro e objetivo em cada palavra escrita, obviamente, pensada.
A vida, é uma coisa muito complexa, e nós, como fracos perante ao tempo, somos afetados bruscamente, e temos nossos sonhos as vezes interrompidos por ele. O tempo passa e não espera por ninguém, nem mesmo um simples abraço, ou um aperto de mão é o necessário para criar laços, laços que podem servir para uma vida inteira, bem que podia durar, até o fim da vida.
Com o tempo, as máscaras que eram pregadas com pregos assassinos caíram, as faces do mal se mostraram cada vez mais visíveis, ao ponto de não enganar mais, até mesmo quem era cego, ou apenas teve um efeito negativo da visão. E isso, aconteceu com Juan enquanto tudo desabava para Samm.
Jess se encontrava na casa de Juan, uma visita bem receptiva e inesperada, que podia colocar seus planos por água abaixo. Os planos maléficos de Juan para se safar de um crime que ele havia cometido contra todos, e para sair ileso, colocou algo que não existira na cabeça singela de todos, inclusive seus pais.
Jess, chegou como um ladrão na noite, ao ponto de esclarecer e falar uma boas verdades para Juan, até ao ponto de sua família ouvir também. Jess, então, ficou rente a porta da sala, olhando fixamente para o rosto falso que Juan escondia entre o doce menino, alguém totalmente diferente do que ela havia conhecido a um bom tempo atrás. Então, com sua boca, saiu a ameaça que todos queriam ouvir, uma ameaça direta, nos ouvidos tortos dos pais de Juan.
- Então ele não falou toda a verdade? Pois irei contar com todo o prazer; Seu filho realmente é um herói, um herói sem capa e sem armas para sua defesa. Só usa uma máscara protetora de falsidade, onde nem cobra ousa visitar. Ele é sim um herói, e Juan, obrigado por ter me salvado, agora, vamos jantar!.
Naquele momento, não entrava ar nos pulmões de Juan, os olhos esbugalhados transmitiram medo, e em sua cabeça só restava dúvidas; Por qual motivo ela não falou a verdade?
Juan, com todo seu esforço para se sentir confortável naquela noite, pediu licença ao seus pais, e chamou Jess, para uma conversa breve na calçada lá fora.
Chegando ao local, estava um silêncio melancólico, o tempo era estável, a rua estava vazia, mas, aquelas cabeças confusas estavam estampadas o tamanho da trama descomunal. Uma pergunta fatal, palavras meia boca, e um pingo de maldade sairia da boca ameaçadora de Jess.
- Sei que deve está confuso Juan, e eu quero realmente que esteja confuso. Se você vacilar comigo ou com alguém que eu gosto, eu abro minha maldita boca e conto que você me ameaçou, aliás, se eu não me engano, você já está na maioridade...Pode ser detido, então... Será se eles estupram novatos na cadeia? Se entrarmos em um acordo, minha boca será um túmulo. Então, estamos de acordo?
- Nunca! - Respondeu Juan.
- Nunca? Sério? Nossa, vejo que você gosta de brincar, não é? Prepare-se jovem, eu sou pior do que você. Sou uma flor venenosa, e, cortando um pouco do nosso assunto, eu irei me dirigir agora até a sala da sua casa e contarei tudo, vou falar para os meus pais também e registrar um boletim de ocorrência na delegacia e sujar teu maldito nome, ex de merda!.
- Espera! - Pediu Juan - Estamos de acordo, não mexo com os seus, e você não toca nunca mais no assunto com ninguém. Ok?
- Bem...O cheiro do jantar está apetitoso, mas, por essa vez, não vou comer, diga para sua mãe que tô indo embora. Adeus! - Jess saiu, os olhos dela sangravam lágrimas de desespero em meio a um sorriso amedrontador. Lâmpadas iluminavam seu caminho escuro e perverso.
Por outro lado, a noite do Juan foi bem agitada e por mais uma vez; ameaçadora. Agora, estava preso na mão de Jess, até por um certo tempo, um tempo que duraria até o verão, e acabaria no inverno, com um clima de despedida.
Jess, saia por aquela estrada escura, iluminada por acaso, mas, tudo mudaria quando ela viu, por relance, Samm, sentado na calçada, alí perto, estava chorando e por algum motivo; bêbado.
Jess, correu em rumo a Samm, estava em prantos, sujo, se perguntando a todo momento o que estava acontecendo com ele.
- Ah! Samm, o que aconteceu com você? Fala! - Perguntou Jess, enquanto abraçava Samm.
- Jess, porquê? Porquê? Porquê tá acontecendo tudo isso?
- Calma, só me abraça, tudo vai ficar bem.
- Eu não aguento mais! - Falava Samm, quase soluçando de tanto chorar.
As coisas estavam de cabo-a-rabo para uns, e normal para outros, em um presente alternativo, em vidas separadas por um fio vermelho extenso, algo que conectou uma vida, uma vida totalmente explosiva e triste, essa vida era de...

" Kay - De - Kayron"

Era um grande dia, ou talvez mal dia para uns. Era o dia finalmente de Kay, sua vida dava mais passo, um dia que iria ficar preso eternamente em suas lembranças tristes. Seria esse o dia em que Kay sairá do armário e poderá contar, finalmente, seu gosto peculiar, homens avista, mulheres ao mar, adolescentes a flor da pele. Contarei o mal em suas verdadeiras palavras, nesse breve minuto.
Era uma noite totalmente agradável, por uma das poucas vezes em que Kay se encontrava feliz, em seu verdadeiro lar, um dia perfeito para abrir a boca, e soltar sua mais pura verdade, se assumir como ser humano, apresentar sua verdadeira face ao mundo.
Kay estava paciente, a casa estava quase vazia, um clima de paz finalmente reinava, era um dia perfeito para abrir seu coração e expandir sua mente. E imediatamente surgiu um arco-íris em sua cabeça, era hora de se libertar de toda aquela confusão. Ele confirmou suas decisões com a sua própria cabeça, se dirigiu até a cozinha onde estava sua mãe, e sem pensar duas vezes falou.
- Mãe...E...E...Sou...Sou...G...Ga...Gay! - Falou Kay, nervoso, embaralhando tudo.
- Como é que é? Isso tá errado! Deus criou Adão e Eva, não Adão e Adão!
- Foda-se Adão e Eva! Eu gosto de meninos! E não tô nem aí para o que Adão e Eva pensa!.
- Você está pecando! Você está afundado no pecado! Como você pode gostar de meninos? Seu bastardo! Eu faço tudo por você, e você vem com essa! Você é uma vergonha! Quem é o menino que vai te querer? Eu te criei para casar com uma mulher, não com um homem! Abominação para Deus.
- Você não entende mãe? Não é o que os outros pensam, é sobre como eu me sinto como ser humano, só queria ser amado, não queria ser rejeitado, não pedir para nascer, não pedir para gostar de meninos. Eu sou humano eu tenho necessidades, como a senhora, que vive dentro do armário, porque não sabe sair!
As palavras foram claras e serenas, um tapa na cara certeiro no rosto de Kay, a fuga implacável, aquele era o verdadeiro momento de se imaginar em uma cena de filme, um filme trágico de adolescentes e seus problemas pacatos. Bem vindos aos poucos dias de primavera.
O planejamento, a vida, as decisões por impulso, esse era o dia perfeito para fugir de casa.


YoungS  - PrimaveraOnde histórias criam vida. Descubra agora