Miss You

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Do ya, do you think about me? Do ya, do you feel the same way, babe?(Você, você pensa em mim? Você, você se sente do mesmo jeito, amor?)And do ya, do you remember how we felt? 'Cause I do, so listen to me, babe(E você, você se lembra de como nos s...

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Do ya, do you think about me? Do ya, do you feel the same way, babe?
(Você, você pensa em mim? Você, você se sente do mesmo jeito, amor?)
And do ya, do you remember how we felt? 'Cause I do, so listen to me, babe
(E você, você se lembra de como nos sentíamos? Porque eu me lembro, então me escute, amor)
And I'm not tryna ruin your happiness, but darling don't you know that I'm the only one for you
(E eu não estou tentando arruinar sua felicidade, mas querido, você não sabe que eu sou o único pra você?)
— Ruin, Shawn Mendes

 ͯ͜   ͯ  †

Se há algo que posso dizer que odeio com todas as forças com certeza é a chuva. Pois um, ela destrói com as ondas do meu cabelo, as tornando ondas finas e grudentas; e dois, tornam o transito um caos, principalmente quando você está no meio do nada, cercado por rochas, grama e musgo, em um país que não conhece, com vacas com expressões intimidadoras ao redor do meu Mustang, pressionando seus focinhos com anéis ao centro no vidro. Tudo bem, eu sei que a chuva é um fator primordial para a manutenção da vida terrestre, sei citar todos os fatores para quais ela contribui, mas ela não podia cair apenas de noite? Quando todos estão dormindo? Ou em um momento que eu não esteja em outro país, em uma rotina diferente da minha, me esforçando para não fazer as coisas darem errado?

Eu sempre soube que realizar um casamento em outro país, principalmente na Irlanda, não era uma boa ideia. Quer dizer, qual o sentido de todos terem que passar horas em um avião só para presenciar alguém se juntando a outro alguém? Tudo bem, eu sei que estou sendo propositalmente exagerado, a distância de Londres a Dublin é apenas de menos de uma hora e meia, mas mesmo assim, tem as horas na estrada também, que acabam de duplicar para mim, já que meu carro resolveu morrer em uma estrada deserta em um fim de mundo sob um dilúvio irlandês.

— Ilha esmeralda é uma ova — resmungo, dando um tapa no volante do Mustang segunda geração de 1973, que tive que reservar três meses antes para chegar em grande estilo no hotel-castelo onde Gemma resolveu celebrar seu casamento. — Ilha do pântano combina mais.

Pego meu celular, bufando ao perceber pela milésima vez o símbolo de bloqueio onde deveria estar as barrinhas do sinal. Ótimo, além de ilhado não posso chamar ajuda, e se sair do carro corro o risco de ser devorado por vacas. Não poderia ser ovelhas fofinhas?

Era quatro da tarde, com certeza não é uma boa ideia estar sozinho na estrada quando anoitecer. Eu já sinto o medo misturado com a ansiedade deslizar pela minha pele, e as sombras assustadoras que as pedras empilhadas no vasto campo que cerca a estrada, tendo seus limites completamente abertos para um queda livre de dezenas de metros, com certeza não ajudam formando sombras assustadoras no chão. Me encosto contra o carro, fazendo exercícios de respiração, enquanto deslizo o meu anel com uma pedra vermelha pelo meu dedo médio.

Firefly Effect I l.s.Onde histórias criam vida. Descubra agora