a verdade

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Pov Selene

Eu estava deitada, com Az em meu colo, ele parecia ter gostado muito de ficar lá porque não quis mais sair, era absurdamente fofo.
A gente estava conversando sobre a possibilidade de nossa noite fora no Ritas ter piorado a situação dele. Eu me sentia culpada, a ideia foi minha.

Azriel: se você continuar com essa bobagem eu vou punir você - ele disse com um sorriso diabólico no rosto, meu corpo se aqueceu, meu ventre se revirou. Uma frase. Um sorriso. E eu já estava pronta pra ele. É claro que ele notou, isso só aumentou ainda mais seu sorriso.

Selene: não fique tão convencido Encantador de Sombras, eu ainda tenho o meu alto controle.

Azriel: diga isso outra vez. - ele se levantou, se sentando a minha frente.

Cheguei bem perto dele, nossas bocas a milímetros uma da outra e sussurei "Ainda. Tenho. Meu. Alto. Controle."

Azriel: vou provar que está errada, senhora. - Az passou a mão por baixo de mim, me puxando de uma vez só para seu colo, uma perna de cada lado de seu quadril. Ele já estava duro.
Depois de me colocar em cima de si mesmo soltou minhas pernas e passou para seu próximo alvo, minhas mãos. As pegou e as prendeu atrás de minhas costas, eu não podia mais mexe -las.

Selene: agora que me tem imóvel em cima de seu membro, o que vai fazer comigo? - eu estava ofegante. Az estalou os dedos e nossas roupas sumiram, arregalei os outros, ele ainda não devia ser capaz de usar magia. Ainda estava se recuperando e tinha tido uma recaída. -  Az pare, você não pod - ele me interrompeu com um beijo.

Azriel: cale a boca, não permiti que fala -se. - me calei, eu amava quando ele era dominador e possessivo. Az começou a distribuir beijos pelo meu corpo, ainda me mantendo presa, eu suspirava. Aquilo estava muito bom.
Até que ouvimos a porta da frente ser aberta. Az não podia sentir o cheiro a essa distância, ainda mais com os nossos próprios cheiros por todo o quarto. Mas eu podia, e não gostei do que senti. Devo ter ficado rígida porque ele percebeu. - Mor. - eu encarava a porta, pensando em atravessa - lá, descer as escadas e fazer vadia assada pro jantar. - Selene, é você quem está dando a isto um status de importância, se não se importa eu gostaria de continuar. - ele voltou a me beijar.

Mas eu ouvi, la embaixo Mor pedia a Nuala e Cerridewn que chamassem a todos.
Fiquei rígida de novo.

Azriel: o que foi agora? - ele perguntou levemente irritado, me olhando.

Selene: ela quer falar, com todos. - Az suspirou e apoiou a cabeça em meu ombro. Inspirou meu cheiro como que para se acalmar. E falou sem sair dessa posição

Azriel: podemos fugir? Não tenho nenhum interesse nessa conversa.

Selene: eu adoraria ouvir o que ela tem a falar - sai de seu dominio, por mais que meu corpo me implorasse para ficar. - vem, precisamos ouvir. - Az desceu, mas desceu emburrado. Quando chegamos na sala todos já estavam lá. E todos levantaram as cabeças com olhos arregalados. Ah é, nosso cheiro entregava o que estavamos fazendo no quarto. Olhei para Azriel, apenas para ver que ele não dava a mínima para aqueles olhares, se encaminhou para uma poltrona e me puxou para sentar no braço desta.

Mor: ta legal. Eu chamei vocês aqui para contar uma coisa, sobre mim.
Algo que venho escondendo a 5 séculos.

Todos a olhavam com interesse, até eu. Será que ela ia finalmente revelar seu segredo?

Mor: eu...eu...prefiro a companhia de fêmeas. Pronto. Falei. - suspirou e fechou os olhos pra continuar - eu só deixei Azriel se manter por perto porque ele servia de escudo. Me protegia de mim mesma, da verdade que eu não queria encarar, eu reconheço que o prendi a mim, que fui egoísta e não deixei que ele fosse feliz. Mas quero mudar isso. E por isso, Selene, aceito qualquer punição que tenha pra mim. - e então abriu os olhos.

A encarei, todos esperavam a minha resposta. Soltei a mão de Az que estava em minha cintura e me encaminhei a Mor. Parei a sua frente, olhei nos olhos dela. E lhe dei um estrondoso tapa na cara.

Selene: isso são pelos 500 anos de sofrimento que infligiu a ele. E isso - disse a abraçando - é por finalmente ter se libertado. - a soltei apenas o suficiente para olhar em seus olhos - vadia tola, eu também prefiro a companhia de fêmeas, podíamos ter sido amigas.

Mor: mas... Se isso é verdade, porque esta com Az?

Selene: ah, isso é diferente. - eu disse sorrindo - totalmente diferente.

Cassian: eu não entendi coisa alguma. Então agora vocês estão de bem?

Mor me olhou e então sorriu pra mim.

Mor: é, estamos sim. Qualquer criatura que defenda, protega e cuide de Azriel como ela faz merece ser parte da família.

Rhys: acho que a ocasião especial pede um brinde especial.

Uma taça surgiu na mão de cada um de nós. O cheiro era ótimo.

Amren: se eu soubesse, menino, que só o que precisava para ganhar um bom vinho era bater em alguém Cassian teria só uma asa.

Cassian: e como você chegaria até ela? Subiria uma escada?

Todos nos rimos. E assim ficamos, conversando, provocando uns aos outros. Eu lhes contei sobre a Lua, Az deu detalhes sobre como era lá.
Contei também sobre a origem de meus poderes, sobre como eu os roubava. Cassian então se vangloriu de ser imune a mim, já que só o que possuia era sua determinação e força de vontade.
Quando estávamos bêbados demais para nos mantermos em pé fomos para a cama. Eu dormi com um sorriso no rosto, aliviada de finalmente estar acertando as coisas.

Healing (concluída)Onde histórias criam vida. Descubra agora