(Livro físico pela Editora Sea.)
O vírus RDC foi criado em laboratório por Nomin um Biomédico, com o objetivo de vender a cura e ganhar em cima de uma epidemia. Porém em um passo mal calculado ele acaba sendo espalhado por entre as pessoas, um desli...
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Kim Taehyung
(...)
Uma semana depois.
Enquanto todos trabalhavam e seguiam com sua própria sobrevivência dentro da fortaleza, Taehyung apenas existia, respirava e comia. Seu corpo estava no automático, mas sua mente trabalhava incansavelmente em um plano, ela girava em torno das palavras de Jungkook. Esse tempo todo ele apenas fez o que San mandou, trabalhou na cozinha junto aos outros, fortaleceu os muros e fez absolutamente tudo que era pedido. Sua vontade era simplesmente deixar seu ódio transbordar e fechar seus dedos em torno do pescoço de San, queria vê-lo agonizar por ar até ele simplesmente parar de se mexer como há dias tem sonhado.
Mas prometeu a Jungkook que não tentaria nada, até que ele voltasse para si. E ele iria voltar, Taehyung sabia disso.
Ele estava estressado, não dormia direito, sua aparência chegava a aparecer com o dos infectados lá fora — exceto claro, pelas veias escurecidas — estava caótico. Ele nunca foi um assassino a sangue frio, nunca gostou de matar ninguém, mas era como ele mesmo havia dito para Jungkook quando estavam a caminho de Seul. Às vezes é você ou eles, a vitória é de quem aperta o gatilho primeiro, não importa se você tem medo ou sinta sua consciência pesar, em alguns momentos é matar ou morrer. Taehyung tentava não se lembrar da cena de Jungkook naquele túnel, sangrando e caminhando para longe deixando o rastro avermelhado para trás.
Aquela lembrança fazia seu sangue ferver nas veias, queria fazer San pagar. Mas não faria nada, não queria ser como ele, que gostava de brincar com o psicológico das pessoas e matar sem necessidade, ele não era assim, não deixaria a raiva transformá-lo em algo que ele não era e não queria ser. Por Jungkook ele continuaria firme, protegeria Yuna e sua família como havia prometido a ele, não se deixaria levar pelas provocações de San e se manteria são o bastante para recebê-lo de braços abertos quando ele voltasse para si.
Mas é claro, que as coisas não eram tão fáceis.
O que estava deixando-o ainda mais estressado era o olhar de pena que recebia de todos, encarando-o como se ele fosse algum pobre coitado precisando de amparo. Diziam que estava tudo bem chorar, que a perda de alguém próximo era realmente algo difícil de suportar. Tudo o que Taehyung queria era gritar que todos calassem as bocas, que Jungkook estava vivo e que ele voltaria para ele como havia prometido. Ele já quebrou sua promessa uma vez, ele não a quebraria novamente, ele faria o possível para se manter vivo assim como sabia que Jungkook estava fazendo o mesmo.
— Ei você! — Um homem armado entrou na despensa, onde havia se tornado o quarto de todos. Ele apontou em direção a Taehyung e ele apenas o encarou com Yuna nos braços, pois ela era a única que não lhe olhava com pena. — San quer falar com você, vamos.
— Tae... — Jisoo o chamou preocupada e sua mãe transpareceu o mesmo receio com aquele chamado.
— Vai ficar tudo bem — ele sorriu pequeno e se levantou. Pegou Yuna nos braços e levou até sua irmã, deixando-a sob seus cuidados. — Cuide de Yuna até eu voltar, por favor, ela fica assustada quando está sozinha.