(Dia 1) - A viagem

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Luffy sentiu uma sensação ruim preencher seu corpo quando uma brisa fria do fim de tarde lhe atravessou, causando um arrepio por sua espinha.

– Oe, Luffy! - Usopp estalou os dedos na frente do rosto do moreno.

– Falou alguma coisa, Usopp? - Perguntou desnorteado voltando seu olhar para dentro do ônibus.

– Claro que perguntei! Eu não estou gostando nem um pouco do Ace não querer dizer nada sobre essa casa no lago, aposto que tem problema. E se for mal assombrada? - Usopp estava exasperado com as inúmeras possibilidades que aquela viagem poderia vir a tomar.

– Para de ser medroso, Usopp. - Ele olhou indignado para a figura ruiva sentada ao seu lado no banco, logo ela o chamava de medroso? – Ele só deve ter aprendido como pechinchar ou está nos levando para uma espelunca.

– Ir para uma casa isolada no meio de uma floresta em hipótese alguma é uma boa ideia, nunca viram filme de terror?

– Se seguirmos esse raciocínio de filmes de terror, você seria um dos primeiros a morrer. - Robin disse com um sorriso suave arrancando risadas dos amigos pela associação a Usopp.

O narigudo apenas revirou os olhos – embora assustado pelo comentário – ignorando os amigos e se voltou para o pequeno D.

– Você não sabe de nada, Luffy?

– Não. O Ace só disse que a casa é maneira. - Disse fixando os olhos num ponto aleatório pela janela, mesmo que não tivesse nada lá. – Mas vai ser divertido.

– Há uma crença popular que diz que quando fixamos muito o olhar em um ponto, aparentemente vazio, é porque há um espírito prendendo sua atenção. - Luffy se desencostou da janela no mesmo instante com aquele comentário, o arrepio anterior que sentiu não lhe deu uma boa sensação sobre o assunto.

– Para de ficar falando essas coisas! - Usopp gritou com as pernas tremendo na possibilidade de haver algo sobrenatural por perto.

– Você não era um cara da ciência, maninho? Tá assustado com essa coisa de assombração por quê? - Franky perguntou apoiando os braços no ombro da morena.

– Eu sou sim, porém não há comprovação da existência, mas também não há da inexistência. E eu prefiro continuar sem saber se são reais ou não.

– Você só precisa parar de ser medroso, Usopp. Mesmo que seja uma porcaria de lugar se tiver bebida já está valendo meu tempo. - Zoro já se preparava para um cochilo.

– TODO MUNDO JÁ CHEGOU. PARTIU CASA NO LAGO. - O moreno de sardas gritava animado enquanto puxava o namorado pela mão, adentrando no veículo. Marco apenas riu da empolgação do mais novo.

– Espero que você esteja nos levando para um lugar no mínimo decente, seu sardento! - Kid gritou enquanto se aproximava com Trafalgar e Killer ao lado.

A expressão de Luffy logo tomou uma feição irritada enquanto se virava para a janela novamente.

– Ué. Ele não estava todo apaixonado pelo tatuado dois segundos atrás? - Zoro perguntou confuso com as atitudes do amigo.

– É o Luffy. Já já essa paixonite passa. - Nami disse sem dar muita atenção para o que ocorria. Não que ela não se preocupasse com o amigo, ela se preocupava e muito, mas ela não conseguia acreditar que o amigo estivesse realmente apaixonado. Era o Luffy afinal.

– Ele tá estranho com a gente já faz um tempo. - Zoro realmente estava se sentindo incomodado com as atitudes do melhor amigo, há tempos Luffy não falava sobre o que estava acontecendo consigo ou sobre o que estava sentindo. Ele nem ao menos tinha noção do por que o amigo estava, aparentemente, com raiva do cara que disse estar apaixonado. Ele deveria quebrar a cara do moreno por, possivelmente, magoar Luffy ou o pequeno estava de birra por algo banal, como era recorrente?

A casa no lagoOnde histórias criam vida. Descubra agora