Sobreviventes

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– A polícia segue investigando o local onde foram encontrado corpos de alguns jovens da cidade vizinha por toda a floresta e redondeza. Segundo amigos que contactaram a polícia, os universitários haviam realizado uma viagem à uma casa no lago localizada na floresta Thriller bark , onde já houve indícios de desaparecimentos anteriormente ao quais curiosamente não houve investigações. Os amigos das vítimas informaram que há mais de cinco dias eles haviam feito a viagem, porém não entraram em contato desde a partida, muito menos voltaram na data estipulada.
A polícia junto à guarda florestal da cidade vieram em busca dos quatorzes jovens desaparecidos, porém a maioria foi encontrados mortos. O corpo de um deles foi encontrado com um buraco no peito, dois corpos foram encontrados soterrados, outro foi encontrado esquartejado numa área próxima aos dois últimos, outros dois a polícia está tentando chegar na área abaixo do precipício para realizar a identificação dos corpos que foram vistos e na zona onde a casa existia, foram encontrados restos mortais de, aparentemente, três jovens. As buscas dos corpos dos jovens restantes continuam e a polícia ainda investiga a possibilidade de um homicídio cometido pelos quatro ainda desaparecidos.

[...]

7 anos depois

O vento gélido envolveu os quatros corpos presentes no local. Os quatro estavam em silêncio enquanto encaravam as dez lápides vazias em meio à floresta coberta por neve. Cada um tinha um sentimento em seu peito a respeito de cada um daqueles nomes gravados nas pedras. Amor, gratidão, tristeza, culpa. Muitos sentimentos misturados que eram socados para dentro numa forma de evitar que trasbordassem e os causassem um colapso mental.

Eles tinham uma tormenta dentro de si e um grande legado a carregar, então cada um guardava toda aquela tempestade apenas para eles mesmos, como num pacto de silêncio para que levassem aqueles sentimentos e as lembranças de tudo que viveram para o túmulo.

Apesar de ainda se perguntarem sobre muitas coisas e dúvidas que não foram esclarecidas, eles evitavam voltar naquele assunto, mesmo que não tivessem deixado de lado tampouco esquecido, o que lhes parecia impossível o último caso. No começo foi bastante confuso como eles conseguiram escapar daquele lugar. Não entendiam qual era a ligação entre o espírito e o demônio, ou até mesmo a aparente fraqueza do último – que esperava-se ser mais poderoso que o outro – era por algo que ele não fora capaz de realizar antes de sua derrota ou um capricho do destino para que eles todos pudessem se salvar. Não tinham respostas para aquilo, mas apesar de ser de bastante interesse para a morena, era o que menos importava aos demais que estavam felizes apenas de terem conseguido. Agora eles eram sobreviventes e fariam de tudo para viver da melhor forma possível.

Também não entenderam como, assim como Brook havia dito, pouco antes de saírem as almas atormentadas, mesmo se dando conta de que não poderiam fazer nada a eles, os deixaram sair. Law acreditava que havia sido por respeito por terem os vingado, pois querendo ou não, aquelas almas estavam ali por causa daquelas entidades e agora estavam vingados e livres do tormento delas.

– Precisamos ir, o Shanks deve estar chegando. ‐ A voz do Monkey, como em um raro momento, soou séria, como uma ordem e ninguém o questionou, apenas saíram da área coberta pela neve espessa.

A viagem de meia hora foi tranquila e em silêncio, em um momento de melancolia que aquele dia os oferecia. Não houve tentativas de animação, não naquele momento. Eles precisavam daquilo.

Ao chegarem cada um tomou alguma tarefa para se distraírem enquanto Law preparava o pequeno lanche para a visita que teriam, que não tardou em chegar, trazendo a tona a animação do pequeno D. Todos tiverem uma conversa calorosa com o ruivo sobre algumas banalidades, até que o assunto mais denso viera a tona.

A casa no lagoOnde histórias criam vida. Descubra agora