(Dia 4) - O Sol é a chave

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– Será que isso vai funcionar? - Luffy perguntou tombando a cabeça para o lado vendo o desenho feito com sal. – É só uma pentose.

– Pentose é um monossacarídeo. - Law olhou indignado para o namorado. Como ele podia confundir coisas tão diferentes? – O nome da estrela com cinco pontas é pentagrama ou pentáculo. E isso é um sol, idiota.

– Ah, faz mais sentido. Mas será que isso é o suficiente? Essa coisa de sal e espírito não é só uma superstição?

– Tudo que vimos aqui não era superstição? - Luffy deu de ombros e Law prosseguiu com o desenho no chão. Luffy foi até Robin observando o livro no colo dela. Todos estavam na área aberta perto da casa, mas mantendo uma distância segura tanto dela quanto do lago.

– Robin, achou o que precisa? - A morena confirmou com os olhos no livro. Sabia que Luffy estava ansioso, por isso estava fazendo perguntas e andando para lá e para cá. A situação ficava pior por ele não ter nada de específico para fazer ou se ocupar. – Qual a diferença entre esses espíritos e demônios?

– Eu também não sei, aqui não diz tudo sobre eles. - Suspirou vendo o desenho indicado por Luffy. Ela realmente queria saber as respostas, mas tudo que havia escrito no livro era apenas uma porção da história dos usuários da língua Pönegurifu.

– Ao menos agora você tem uma noção do porque essa língua foi extinta. Ela é poderosa. - Franky também se agachou ao lado dos amigos.

– De fato. As pessoas costumam temer aquilo que desconhecem, mas a maior questão é: com esses seres os protegendo, quem teria força o suficiente para pará-los? - Ela tentava montar o quebra-cabeças, mas as peças não se encaixavam como se algumas estivessem faltando. Ela não poderia saber apenas com aquele livro, precisaria de mais resquícios da história.
– Está pronto. - Law e Zoro haviam voltado com os sacos de sal vazios. Se aproximaram dos amigos dentro do círculo da figura do Sol. – Espero que isso sirva.

O desenho era formado por um círculo e oito retas em cada direção, norte, nordeste, noroeste, sul, sudeste, sudoeste, leste e oeste, e entre cada reta uma linha curva. Os amigos se encontravam dentro do círculo de sal. Robin se levantou com o livro em mãos.

– Algumas palavras realmente salvarão nossas vidas? - Zoro perguntou depois de muito tempo. Ele havia assumido uma postura firme, afinal, nada estava acabado e ele teria que reunir forças e estar preparado para proteger os amigos, embora ainda estivesse em pedaços por dentro.

– Não são simples palavras, são encantamentos. Eles têm poder, ou nada disso estaria acontecendo. - Seus olhos se voltaram para o céu. – Nós não teremos muito tempo, só temos essa chance de o fazer. Segundo o Ossudo-kun o sal só irá funcionar apenas graças ao Sol, que é a fraqueza dele. Só temos o tempo do pôr do sol para fazer isso funcionar, tanto para nos proteger, quanto para dar um fim a esse espírito.

[...]

Com o livro em mãos e o sol há alguns minutos para se pôr, Robin se concentrou para dar início ao encantamento. Os amigos estavam ao redor dela e se colocaram em posição de defesa quando a mesma criatura da noite anterior se ergueu na direção deles com um sorriso horrendo nos lábios apodrecidos.

Uma risada profana ecoou causando um desconforto geral. Law pousou a mão no ombro da morena que portava o livro indicando o sol que começava a se pôr. Robin rapidamente se prontificou a dar início à leitura.

– Folosind strălucirea lunii (Usando o brilho da Lua)... - As mãos de Robin tremiam enquanto ela se concentrava nas palavras. Ela sabia e acreditava na força da mesma, mas ela não poderia errar se quisesse dar um fim àquilo tudo. Sua cabeça e seu corpo pesaram enquanto lia as palavras e sua língua quase enrolou, era como se uma força estivesse sendo exercida sobre ela. Fechou os olhos e respirou fundo para dar continuidade. – Profanarea zeităților a adus limbo-ul umbrelor (A profanação às divindades trouxe o limbo das sombras)

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