(Dia 2) - Responsabilidade

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Killer se impulsionou para atrás e ali, com seu amado em seus braços, caíram por muitos metros até seus corpos atingirem o chão em um baque alto dando um novo significado para juntos até o fim.





Todos estavam sentados na sala da casa em silêncio. Eles estavam abalados pelo acontecimento de minutos atrás.

– Nós precisamos voltar. - Ace engoliu toda a culpa e dor que estava sentindo, colocando uma expressão séria em seu rosto. Estava profundamente triste por seus amigos, mas tinha que ser responsável. Ele estava responsável pela casa e a polícia teria que ser comunicada, afinal ocorreu um homicídio e um suicídio, além do mais seu irmãozinho presenciara tudo. Não sabia como Luffy estava se sentindo, mas imaginava como deveria ter sido difícil presenciar algo como aquilo.

– O Ace tem razão yoi. - Marco pôs a mão no ombro do namorado para apoiá-lo. Sabia como ele estava afetado pela morte dos amigos e se sentindo culpado por tê-los trago à viagem e não ter feito nada para impedir a tragédia, mesmo que ele não tivesse culpa alguma. – Precisamos avisar a polícia e os familiares. Além disso, o Cavendish não apareceu desde ontem.

– Vamos arrumar nossas coisas.

– Não, Sabo. Demoraríamos para juntar todas as coisas e já está anoitecendo, seria perigoso se todos fossem, vocês ficam e nós dois vamos.

– Tudo bem, peguem o mapa que o Hawkins deixou e tomem cuidado. - Sabo concordou com o irmão. Não poderiam sair todos, de qualquer forma. Como um estudante de direito sabia que se deixassem o local e suposta cena do crime, poderia soar um pouco suspeito e já seria problemático Luffy ter de ser levado para depor como testemunha, e claro, como suspeito enquanto a polícia não encerrasse a investigação, afinal seria o trabalho deles pensar em todas as possibilidades que levou ao fim dos garotos.

– Nós vamos.

Após se despedirem, Ace e Marco saíram floresta adentro em busca de um sinal para se comunicarem com a polícia e os familiares dos garotos, tinham de ser rápidos pois a noite começava a surgir. A casa estava em silêncio. Os amigos não estavam com nenhuma animação, não havia clima para isso. Sanji se pôs a cozinhar novamente para os amigos e para se distrair. Zoro queria o acompanhar, mas optou por dar espaço a ele e permaneceu na sala com Usopp, que murmurava assustado, e Franky que tentava acalmá-lo. Nami havia voltado para o quarto e Robin decidiu observar toda a casa, algo a dizia que havia algo a ser descoberto por ali. Sabo chamou Luffy para uma conversa para averiguar se ele estava minimamente bem e logo após, o moreno decidiu procurar Law.

– Torao? - Se aproximou do moreno sentado na varanda. Sabia que ele estaria mal pela morte dos amigos, eles se conheciam há anos e era o mais próximo de uma família que ele tinha.

Sentou-se ao seu lado e o abraçou. Ficaram em silêncio por vários minutos sentindo o apoio um do outro. Agora não importava se seu irmão soubesse ou não sobre eles, Law estava abalado e precisando de apoio. E ele o faria, assim como Law fizera consigo quando o seu pai e o seu avô morreram em um acidente de carro a caminho de casa para seu aniversário de dezoito anos.

– Você viu também, não foi? - A voz saiu mais rouca que o normal depois de um tempo. Luffy apenas assentiu com a cabeça. – Eu pensei que estivesse ficando louco por ver aquilo, mas foi real. Você também sabia que ele estava em perigo antes mesmo de pisar lá fora.

Luffy sabia o que Law estava fazendo. Ele estava direcionando sua atenção para o que tinha acontecido de estranho com Killer para não ter de lidar com a dor da morte deles no momento. Ace fez o mesmo ao assumir as responsabilidades de tudo.

– Eu não sei o que é, nem por que eu estou vendo, mas uma criança apareceu e me disse isso. Ele falou umas coisas estranhas, mas só a parte do Killer eu entendi.

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