A casa no lago

(Dia 2) - Possessão

– Seu amigo está lá fora... Ele corre perigo...

O que? Amigo? Lá fora? O rosto de Killer não demorou a vir em sua mente. Como assim em perigo? O que estava acontecendo?

– Luffy-ya? - A voz de Law o fez virar para trás. Ele estava ao lado do ruivo. – Está tudo bem?

Voltou a olhar para frente, mas a criança não estava mais em lugar algum. Não sabia quem ou o que era aquela criança, mas seus instintos lhe diziam para procurar o loiro.

– Cadê o Killer? - Perguntou ignorando a pergunta anterior.

– Não sei, estávamos aqui em cima, por quê? - Law estranhou a atitude do moreno.

– Eu não sei, acho que algo ruim pode acontecer. - Luffy desceu correndo as escadas sendo seguido pelos dois. – Alguém viu o Killer?

– A última vez que eu vi, ele estava todo estranho e conversando sozinho naqueles troncos. - Ace informou.

Luffy assentiu e saiu correndo.

– Luffy-ya, espera. - Law falou ofegante quando alcançou o mais novo, o segurando pelo braço. – O que está acontecendo?

Kid até perguntaria sobre a estranha preocupação que Law estava demonstrando pelo Monkey, mas sua preocupação por Killer estava maior. O que houve com seu amigo?

– Eu não sei, alguma coisa me disse que ele corria perigo.

– Do que você está falando?

–Espera aí, vocês dois. Cadê o Killer e o que está acontecendo com ele?

– Eu não sei, espetado! Mas meus instintos me dizem que eu tenho que procurá-lo.

– Se acalmem. Vamos procurar ele. Kid-ya tem mesmo que conversar com ele.

Os três decidiram procurar o loiro pela floresta próxima à casa, visto que ninguém o viu voltar. Andaram pelos arredores mais perto da casa.

– Onde aquele desgraçado se meteu? - Kid já estava irritado e muito preocupado depois de procurar mais de meia hora.

– Acham que ele foi mais pra dentro da floresta?

– Killer-ya é sensato, ele não iria para longe em uma floresta desconhecida sem mapa ou algo para se localizar.

– Então onde ele se meteu, porra?!

[...]

Nami estava aproveitando mais uma vez o lago. Ela adorava sentir a água gelada contra sua pele refrescando todo seu corpo, era uma sensação incrivelmente deliciosa.

O lago também era muito belo, e possuía pouca profundidade. Sua água era cristalina tornando-o um azul intenso e vibrante, era uma visão realmente estonteante. Um sorriso triste dançou em seus lábios ao associar o azul do lago com os cabelos de Vivi, talvez essa tenha sido a maior razão de ter gostado tanto do lugar.

Decidiu que afastaria os pensamentos com um mergulho. Era estranho como um lago tão bonito não possuía peixes, será que foram removidos ou havia alguma substância na água? Talvez algum evento climático tenha afetado a forma de vida? Sua geóloga interna vibrava com as dúvidas. A água era tão clara que viu algo, que parecia ser dourado sobre algumas pedras. Nadou até o fundo, constatando que realmente não era um lago muito profundo, e pegou o objeto estranho semelhante a um sol.

Ficou extasiada com a possibilidade de ser ouro e se voltou para cima novamente pronta para emergir, mas de repente a água adquiriu uma tonalidade escura. Parecia que tudo estava se fechando ao seu redor. Levou as duas mãos à boca sufocando um grito ao ver um cadáver em sua frente. Estava com os braços abertos e a cabeça caída. Sua pele possuía uma coloração roxa e cinzenta mostrando o estado de decomposição em que se encontrava, com o tecido da pele rompido. O corpo estava inchado e em algumas partes possuíam buracos onde era possível ver a putrefação interna e o líquido viscoso que escorria para fora do corpo, se misturando com a água. As pernas estavam dilaceradas, assim como uma parte do pescoço onde era visível a falta de pele e sangue.