Portland

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#Nick#
Eu estava olhando a moça dormir, estava arrependido no entanto, por envergonha-la, por fazer com ela o que outros haviam feito.
Não totalmente porém, entrei pela janela depois de subir a escada de incêndio, o cachorro não fez alarde, olhei para o animal com julgamento, isso era jeito de proteger Lyra?
Quando entrei ela estava no chuveiro, fiquei ali, olhando, sabia que era errado mas não conseguia desviar o olhar, tamanha foi minha surpresa quando ela começou a se tocar, estava de costas, consegui uma boa visão de cada centímetro da moça, agradeci aos céus.
Fiquei ali, estático, escondido nas sombras enquanto ela regia aquele espetáculo, o meu corpo reagiu a excitação dela, quis acompanha-la, tomar o controle e levá-la ao melhor orgasmo que ela já experimentou.
Me contive e usando toda a força de vontade que acumulei em 300 anos me mantive quieto enquanto assistia ela levar a si mesma a beira do abismo, a ouvi  murmurar algumas palavras desconexas entre os gemidos, me surpreendi quando ouvi o meu nome saindo dos lábios da moça, ela gozou segundos depois.
Me obriguei a sair pela mesma janela quando ela desligou o chuveiro, ou seria flagrado. Fiquei ali, sentado com o terno caro na escada de incêndio enquanto a neve fina caía.
Algum tempo depois me aventurei dentro do apartamento novamente, vi a mulher dormir, um sono turbulento porém, em uma tentativa desesperada de trazer a ela algo que aplacasse o sofrimento, abracei-a. Fiquei ali, por quase uma hora, ouvindo a respiração agora calma da minha mulher, não sabia como ela reagiria quando ouvisse aquela frase "minha mulher ", pensei que seria melhor não dar uma escolha a ela mas não estava mais os anos 1700, e agiria de acordo.
Saí com a velocidade de um raio quando Lyra começou a se remexer no meu abraço, deixando outro bilhete as pressas.
Pulei do quinto andar para não descer a velha escada de incêndio e caminhei para o carro calmamente. Era madrugada, estava exausto, não que precisasse dormir mas estava vigiando cada movimento da pequena humana a dois dias, precisava de uma pausa.
Entrei no território do clã e caminhei para o quarto, ouvi barulhos e me desviei para encontrar Mikaela e Junny na cozinha misturando chocolate ao copo de refrigerante.

_ Isso não parece bom._ disse eu.

_ E não é, mas por algum motivo eu não consegui resistir._ disse Mikaela com olhos sorridentes e a boca suja com a mistura duvidosa.

_ Eu só estou aqui para assistir, essa meleca é nojenta._ disse a pequena vampira, era relativamente nova no clã, ainda estava aprendendo controle.

_ Bom, ok._ disse me afastando. Mikaela me seguiu no entanto.

_ Como está indo? _ perguntou ela.

_ Eu posso ser acusado de assédio pela manhã mas não há um progresso considerável ainda._ disse com desânimo.

_ Seja menos sério. Ache uma desculpa pra ficar perto dela, você é ótimo Nick, não tem porque dificultar a coisa toda._ disse ela.

_ Recebendo conselho de alguém com 1/4 da minha idade._ finalizei sorrindo antes de tomar o rumo para o próprio quarto.
No entanto a ideia não era ruim, precisava dar a ela um pouco de informação sobre mim, conversar coisas além do trabalho, arranjaria uma boa muleta para isso.
Deitei-me na grande cama com lençóis escuros depois de tomar banho e adormeci com os pensamentos ainda no apartamento velho de Lyra Jones.

Fiz ligações na manhã seguinte para colocar em prática a ideia que construí, dar a Lyra um pouco de mim mesmo.
Quando tudo estava arranjado disquei o número que ela havia me entregado e fiz a ligação.

_ Alô._ disse a voz sonolenta da mulher,       "quente " pensei.

_ Senhorita Jones?

_ Sim, senhor Northson, me perdoe, no que eu posso te ajudar hoje ?_ perguntou.

O Clã Northson- NICK    Onde histórias criam vida. Descubra agora