Ação e reação

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#Nick#

Ouvi as duas conversarem animadamente ao longe, Mikaela sorria contando da punição que tivera 50 anos antes.

_ Eu me senti ofendida, ele exigiu que eu fosse para o clã dele, como amante, então eu quebrei o nariz dele. Nick não tirou minha razão mas o sujeito era um aliado forte e exigiu que eu fosse castigada. Olhe alí, a diferença daquela parte do muro._ disse apontando para longe._ Ele me fez construir aquele pedaço sozinha e o Lane, o vampiro aliado, ficou olhando, mas depois de um tempo, quando o clã já estava forte, eu me vinguei._ completou Mika.
Eu me lembrava, Mikaela tinha invadido a casa do homem e cortou as bolas dele, não deixou nem mesmo cheiro para ser identificada, mas eu soube quando vi o homem alguns dias depois.

_ Eu cortei fora e deixei um bilhete "mexeu com a pessoa errada", acho que ele costurou de volta mas nunca mais me dirigiu a palavra._ completou, ambas riram e entraram na sede do clã._ Eu vou reivindicar a pena leve, ela é toda sua, divirta-se Lyra._ falou e saiu para encontrar Christopher na cabana da floresta.

_ Gosto dela._ Lyra declarou.

_ Fico feliz querida, eu levei a sua mala para o meu quarto e pedi para Jane sair com você amanhã de manhã, para abastecer o closet com tudo que precisar. E é bom comprar um vestido formal, pro casamento amanhã a tarde._ falei, Lyra parecia incomodada mas sorriu.

_ Você não vai comigo?_ ela perguntou, o cheiro do desejo se espalhava como névoa, enlouquecendo os meus sentidos.

_ Eu adoraria mas vou presidir o casamento e com todo o entretenimento que tivemos em Portland não pude preparar nada para dizer, e tem alguns assuntos sobre a empresa de segurança em Bend que precisam da minha atenção querida._ disse._ Mas agora e pelo resto da noite eu vou resolver a sua questão, e lidar com cheiro divinamente enlouquecedor que vem de você.

Eu imaginei que ela estaria com raiva pela tortura que fiz passar, mas o olhar da moça era de amor misturado a luxúria crua e desejo ardente, uma imagem da perfeição que eu tinha a sorte de ter nas mãos, ela era minha, completa e imutavelmente minha.
Ela tomou minha mão, um falso olhar de inocência iluminando face, o cheiro da frustração que ela emanava me fazia quase surtar, ela precisava de mim.

_ Então senhor Northson, vamos lidar com isso, porque a Mikaela me ensinou uma coisa realmente importante._ falou antes de entrarmos no quarto, minha mulher se virou para mim, se despiu vagarosamente tirando cada peça com os olhos fixos nos meus, com um sorriso safado na face.

_ O que exatamente ela te ensinou, senhorita Jones?_ perguntei entrando no encenação, a moça ficou em silêncio, se desfez do fecho da calça fazendo-me tirar a peça em seguida, olhou nos meus olhos e me empurrou com selvageria contra a cama.

_ A sempre ficar por cima._ ela disse subindo no meu colo e tomando minha boca em um beijo esmagador; viciante; minha. Rebolava devagar no ritmo que ela mesmo ditava, jamais ousaria interromper o show particular que ela fazia, ou pedir que ela parasse de distribuir beijos pelo meu pescoço, o tesão que aquela mulher me causava era surreal. Ouvi um murmúrio e depois senti um formigamento nos pulsos, era atrevida apesar de tudo. Interrompi as preliminares para olhar para cima, para as algemas que havia deixado ali, Lyra prendeu-me nelas e agora sorria maliciosa.

_ Você pretende se vingar Lyra?_ perguntei, duvidava, a moça não cheirava a maldade, nem tinha a menor experiência em impedir um orgasmo, ela era um livro aberto.

_ Só um pouco, mas não por você ter feito aquela maldade e sim por todos lá fora saberem que me deixou tão frustrada que doeu._ falou rebolando sobre o meu membro rígido, sentia a umidade escorrer dela.

_ Algo que eu disser pode impedir isso e permitir que eu te foda como eu sei que você precisa?_ perguntei entre os gemidos que se formavam na minha garganta, vindos do meu interior.

_ Talvez, mas não agora._ disse ela se levantando._ Eu quero um pouco de vingança primeiro._ completou buscando a poltrona e arrastando para perto da cama. O móvel pesado não deu trabalho algum para ela. Eu podia ver perfeitamente agora, quando ela se sentou e separou as pernas, seu sexo brilhava, entendi então o que a moça pretendia quando levou os dedos timidamente, molhando-os com sua essência, começou a circular o clitóris devagar, seu rosto corado, seu peito subindo e descendo a cada respiração ofegante, seus mamilos rígidos pelo tesão, suspirava olhando para mim fixamente. Sorri para encoraja-la, era um show que eu não reclamaria de ver todos os dias, mas ainda um castigo. A ereção que mostrava agora deixava evidente minha frustração em não estar ajudando Lyra naquele momento, em não ser os meus dedos alí ou minha língua. Ela gemia timidamente mas carregada de desejo, todos os orgasmos que eu neguei a ela esperavam para ser liberados, vi o corpo da minha mulher se arrepiar, sabia o que significava, ela estava perto. Observei com fascínio Lyra levar um dedo a boca, molha-lo o e depois acariciar o mamilo, seus movimentos agora frenéticos, desesperados. Tudo aquilo estava me levando a loucura, era muito para suportar, tanto que não pude evitar arrebentar as algemas e ir até lá, me ajoelhei entre as pernas da moça e tomei-a alí mesmo, ela arqueou as costas surpresa, mas sorriu.

_ Goze Lyra, na minha língua._ disse com a voz rouca, ela obedeceu quase imediatamente, em um grito seu corpo se contorceu em um orgasmo violento, cheio de necessidade, os olhos se reviraram e ela tentou fechar as pernas mas eu não permiti, segurei-a sentindo o gosto da minha mulher, ela suspirou quando finalmente o corpo parou de ter espasmos, todos lá fora deviam ter ouvido, mas não me importei. Olhei nos olhos e sorrindo com malícia deslizei dois dedos nela e os movi enquanto tomei seu clitóris entre os lábios, ela gritou novamente quando o segundo orgasmo veio tão forte que a fez desfalecer por instante.
Olhei-a, sorria satisfeita, o corpo abandonado na poltrona ainda na mesma posição.

_ Espero que não tenha se cansado Lyra, eu te contei que os vampiros tem uma recuperação acelerada para praticamente tudo?_ perguntei me levantando, a grande ereção ainda presente.

_ Já sim senhor Northson, e já me mostrou isso, porém eu ainda estou curiosa quanto a sua recuperação. Você quebrou as algemas, o que deixa as coisas injustas, mas talvez se eu pedir com jeitinho você me deixe testar quantos orgasmos podemos ter antes de desmaiarmos._ ela disse se levantando e caminhando até mim, acariciou o meu corpo e desceu as mãos até envolver meu pau em movimentos lentos.

_ Não sei se te fodo contra a parede para te mostrar quem manda, ou me ajoelho e fico à mercê das suas vontades._ disse sincero, estava literalmente nas mãos dela, unidos pelo sangue, não havia a menor possibilidade de uma vida longe de Lyra, jamais. Sorri e puxei seu rosto para um beijo. _ Podemos testar isso, mas em outro dia querida, hoje é para o seu prazer._ disse, era verdade mas duvidei que pudesse algum dia estar dentro dela e conseguir não gozar, seria impossível, Lyra era o céu que eu não merecia, a luz no dia mais sombrio, o sol na minha vida, ela era tudo.

_ É uma hora ruim para dizer que eu te amo?_ ela perguntou com um sorriso inocente.

_ Não Lyra, meu coração explode todas as vezes que escuto essa frase de você._ declarei.

_ Neste caso eu te amo; eu te amo; eu te amo; eu te amo._ disse beijando-me em cada frase. Não, não existe ninguém melhor do que Lyra Jones.

#continua#

O Clã Northson- NICK    Onde histórias criam vida. Descubra agora