Capitulo Dois - Doces Descobertas.

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Faz exatamente duas semanas dês do ocorrido na casa de Thiago, eu nunca quis isso pra mim, realmente me meti em uma gigantesca furada. Sou promotora de vendas cerca de cinco anos, quando me formei na academia de Orfox, e comecei a trabalhar na empresa "Entreteriment" onde conheci meu marido – que é dono dela – e estamos casados dês de então... Mesmo que a palavra "casada" seja algo que eu conheça só como objeto de desejo.

No nosso primeiro ano morando juntos, tudo foi mil maravilhas só que isso mudou de um tempo pra cá, ele simplesmente chega em casa e me usa pra fazer sexo, mesmo quando eu não sinto nem um pouco de vontade de fazer alguma coisa com ele, fingindo que gosto. Eu queria algo novo pra mim, queria novas experiências e foi quando a oportunidade de ir pra casa de Thiago surgiu, com o intuito que eu apenas ficasse como mais uma de suas dançarinas particulares, e voltasse pra casa com mil dólares no bolso, eu voltei com dinheiro no bolso e mais que isso, vontade de sentir ele de novo próximo de mim.

O telefone do escritório toca e atendo.

- Bom dia amor, a banda já chegou – falou lentamente –, e eu preciso que você já vá para o escritório do decimo quinto andar que em poucos minutos irei manda-los subir.

- Tudo bem, já estou subindo – e antes que ele dissesse mais alguma coisa, desliguei o telefone.

Peguei as pastas em cima da minha mesa e as segurei contra o peito, indo em direção à porta de madeira que era o dobro do meu tamanho.

Andei por diversos corredores, passando pela sala de Cristina – minha melhor amiga –, ate que por fim, chego ao corredor com cinco elevadores um ao lado do outro. O piso de um carpete escuro como se estivesse sujo, era confortável e macio, e só sei disso por que já me deitei sobre ele e o senti em minhas costas, uma das melhores e poucas experiências que tive com meu marido.

Entrei no elevador e a porta vez um bipe e se fechou, dei uma olhada no meu rosto do espelho que fica fincado dos dois lados, e ajeitei meu cabelo sobre os ombros, por que tão cumpridos? Estava usando um vestido justo vinho, um salto preto e pouca maquiagem no rosto.

A porta se abriu e andei poucos corredores, passando pelas salas de marketing ate que cheguei onde deveria chegar. Abri a porta lentamente e

coloquei minha pasta em cima da mesa de vidro retangular, em seguida fui ligar o projetor e abrir as cortinas gigantescas que tampavam a grande janela de vidro que da para a visão de prédios do lado de fora.

Foi quando a porta se abriu e tive uma grande descoberta, a banda que ficaria na sala comigo na verdade era a de Thiago, como eu fui tão burra? Eu só tinha lido o nome da banda e nada sobre os integrantes, eu sabia que ele fazia parte de uma banda, mas não que fosse essa. Obrigado destino.

Respirei fundo, ele não vai me reconhecer. Ele não pode.

- Boa tarde, podem se sentar e iremos logo colocar o assunto em jogo – sorri, ficando novamente ao lado do projetor.

Todos os rapazes eram bonitos, e estavam em perfeito silencio como se algo de errado estivesse acontecendo.

- Não precisam ser tão rígidos, podem ficar a vontade – disse.

- Graças a Deus – disse o garoto de cabelos castanhos enrolados, colocando os pés em cima da mesa.

- Meu nome é Emma e eu sou a promotora de vendas que vai ajudar a banda de vocês – meu corpo estava tremendo Thiago não parava de olhar pra mim -, gostaria de ouvir a ideia de vocês e depois eu mostro a minha.

Foi então que todos começaram a falar juntos e pedi que mante-se a calma, e aos poucos comecei a entender o que eles realmente queriam. Foi então que dei a ideia de colocarmos fotos da banda em outdoors e todos concordaram ficando aliviada quando Thiago parou de me fitar com seus olhos.

- Tem um único problema – relatou Thiago abrindo a boca pela primeira vez se dirigindo a mim.

- Qual o problema? – perguntei.

- Não temos fotos da banda, só algumas e são bem antigas – Edam disse, agora já sabendo o nome de todos.

- Aqui temos a parte de publicidade e podemos conseguir colocar vocês em um estúdio de fotos e tiramos algumas fotos de vocês...

- Pode ser sem camisa? Adoro meus músculos – falou Dilan beijando o musculo do braço enquanto sorria disfarçadamente pra mim.

Soltei uma gargalhada.

- Vocês que sabem...O que tínhamos pra conversas hoje já conversamos, e em poucos dias eu estarei ligando pra vocês pedindo que voltem aqui novamente.

Todos eles se levantaram das cadeiras saindo da sala e me virei para desligar o projetor que foi ligado atoa, quando senti mãos fortes tocarem meu ombro. Era Thiago.

- Você tem olhos bonitos – disse.

- Obrigado – sorri, sentindo as maças do meu rosto corarem.

- Vamos embora logo... – gritou Adam.

- Parece que eu já te vi em algum lugar – ignorou o amigo.

O encarei.

- Pode esta me confundindo com alguém – peguei a pasta na mesa – preciso fechar o escritório.

- Tudo bem – sorriu e esticou a mão para me cumprimentar – desculpa o incomodo.

- Não foi nada! – sorri de volta.

Ele saiu, e esperei alguns minutos quando por fim sai do escritório e fui para o elevador, com todo meu corpo em estado de choque. Ele não pode saber que sou eu, não agora.

Doce VenenoOnde histórias criam vida. Descubra agora