Capitulo treze - Doces fotografias.

200 21 3
                                    

***

No dia seguinte acordei aos braços de Thiago, tirei seu braço que estava sobre meu corpo lentamente e fui para a cozinha sem fazer alaste. Comecei a fazer café e passar margarina em alguns biscoitos de sal, logo em seguida acabei fazendo um suco de melancia natural e por fim coloquei tudo em cima da bancada. Fui à direção de Thiago para acorda-lo só que seus olhos já estavam despertos como seu sorriso.

- Você já esta acordado a quanto tempo? – perguntei de braços cruzados.

- O suficiente para assistir você fazendo as coisas sozinhas! – soltou uma breve gargalhada.

- Seu safado – disse.

Ele se levantou ainda com apenas sua cueca Box e se sentou em um de meus bancos, dando a impressão que a bancada fosse um bar.

Comemos lentamente enquanto conversamos sobre assuntos diversos, até que a campainha tocou. Olhei de relance para Thiago e ele entendeu que deveria colocar uma roupa.

Abro a porta e me deparo com Ávila e Richard.

- Bom dia – eles dizem em uníssono.

Não é que eu não goste deles, só que... Esse momento eu não queria que eles viessem aqui.

- Ótimo dia – indaguei com um sorriso – Vocês querem entrar? – perguntei, mesmo mentalmente desejando o contrario.

- Não, só gostaria de apresentar você o Richard já que ainda não conheceu ele – Ávila disse apontando para o rapaz alto de olhos claros que era mais bonito que ele pelo visto.

Richard esticou a mão e me cumprimentou, acabei soltando a porta e ela se abriu fazendo com que eles vissem Thiago.

Olhei pra trás e ele ainda estava de cueca – que ódio -, ele deu um sorriso meio sem graça pros rapazes que deram um "tchau" com a mão.

- Foi um prazer conhecer você – pensei mentalmente o nome dele – Richard, até qualquer dia – dei um abraço nele e em Ávila e por fim entrei.

Respirei fundo.

- Por que não vestiu logo uma bermuda? – perguntei.

- Eu não vim de bermuda, vim de calça!

Fiquei quieta, não valia a pena brigar por bobeira.

- Onde sua calça estar?

Ele deu de ombros, e por fim começamos a procurar no meio das caixas e bagunças que se formavam por todos os lados. Foi quando eu vi bem no canto da sala sua calça toda amarotada jogada de qualquer maneira.

- Achei sua calça – falei pegando a calça.

Quando me virei vi que em sua mão estava uma coisa que eu já deveria ter queimado a muito tempo, o álbum de fotos de minha família. Ele não podia saber o que já tinha acontecido, eu não quero relembrar meu passado destruidor.

- Quem são essas pessoas? - perguntou.

Engoli em seco e disse:

Doce VenenoOnde histórias criam vida. Descubra agora