Capitulo Onze - Doce Restaurante

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- Como assim as coisas não funcionam assim? – perguntei meio confusa com a situação.

- Você recusou todas as minhas ligações, literalmente todas elas – se encostou à bancada enquanto me fitava – e do nada decide me ligar e dizer que precisa de mim, quando eu estava louco de paixão por você, você preferiu ficar correndo atrás daquele macho de marido que você tinha.

- Isso é passado Thiago, se você soubesse o quanto estou arrependida pelas diversas coisas que aconteceram, pelo menos tente me entender um pouco – respirei fundo – tenta se colocar no meu lugar, mesmo querendo ficar com você estava envolvida com outro homem só que isso é passado – me sentei no sofá – eu não amo mais ele.

- Emma eu só quero te fazer uma única pergunta, você me ama?

Fiquei calada.

- Eu quero aprender a te amar! – por fim respondi.

Ele passou a mão no seu topete e disse:

- Quero começar tudo do zero com você, quero um encontro onde realmente pudéssemos se conhecer de verdade, conhecer um ao outro de uma maneira agradável – ele não parava de me fitar como se a qualquer momento fosse querer me devorar – mesmo sendo uma coisa estranha de se dizer,

sempre quando se vemos a maior parte rola um beijo ou até mesmo sexo, dessa vez quero que você mereça o que sei fazer de melhor. Aceita sair comigo? – sorriu.

- Não – sorri -, brincadeira. Claro que aceito! – fui e dei um abraço apertado nele.

- Agora acho melhor você se arrumar, eu não ligo muito pra como as mulheres se vestem só que ir a um restaurante pijama não é uma coisa muito legal – ele disse e notei que ainda estava com minhas calças largas e minha blusa que marcava o bico do meu peito.

Corri imediatamente pro meu pequeno quarto onde havia mais caixas, e achei a que estava nomeada como "roupas de sair", não sei se nomeei as caixas por que tenho problemas ou por que sou muito organizada. Tiro um vestido simples e pego um de meus saltos que esteja no canto do quarto e corro para o banheiro para tomar um banho breve.

***

- Pra onde vamos? – pergunto fechando a porta em seguida colocando a chave na bolsa.

- Vamos andar um pouco, pelo caminho podemos encontrar um! – respondeu.

- Três quadras daqui fica o centro, lá tem ótimos restaurantes – falei empolgada, como uma adolescente em seu primeiro encontro.

Até hoje me lembro do meu primeiro encontro, foi uma coisa inusitada com um garoto da escola, ele não era bonito, mas também não se jogava fora. Foi um rapaz muito gentil comigo, simpático e chegou até conhecer minha mãe meus planos era namorar com ele eternamente só que infelizmente a família dele se mudou para Dubai e o levou junto, ele queria namoro a distancia só que isso não funciona muito comigo então acabamos terminando.

Enquanto caminhávamos, conversamos sobre alguns assuntos básicos nada que pudesse acabar com perguntas do nosso "encontro", ele apenas

tinha me perguntado se eu tinha arrumado algum emprego novo pela cidade e eu disse que ainda estava pesquisando, perguntei sobre sua banda e ele me disse que estavam fazendo alguns shows pela região e em outros estados, o papo foi tão contagiante até que por fim chegamos ao centro nos deparando com variedades de restaurante.

- Agora onde vamos comer? – ele perguntou – Existe uma variedade infinita por aqui.

- Pode ser qualquer um! – respondi.

Ele ficou calado observando o lugar com o cenho franzido e apontou para um que se localizava um pouco no final da rua.

- Aquele – pronunciou decidido.

- Só tem pessoas bem vestidas, olha como eu estou vestida – articulei apontando pra minha roupa.

Ele me olhou de cima a baixo e mordeu um pedaço da boca.

- Pra mim você esta normal, e outra não tem que se importar com as pessoas tem que se importar comigo, você não vai estar lá pra agradar ninguém apenas a mim – sorriu – eu me importo com você.

Ao mesmo tempo em que Thiago é meigo ele é um belo de um cavalo.

Por fim andamos e paramos em frente do restaurante, respirei fundo e meu coração acelerou quando ele me deu a mão, entrelaçando seus dedos juntos ao meu. Uma mulher da recepção falou "Sejam bem vindos" olhando meio incrédula para Thiago como se conhecesse ele de algum lugar, quem não o conhece? Um rapaz de terno nos acompanhou até uma mesa que era próxima a uma janela que tomava quase toda a parede, assim que se sentamos ele nos entregou o cardápio e meus olhos quase saltaram pra fora, tudo era muito caro.

- Acho que nunca viria aqui – resmunguei – as coisas estão muito caras – falei enquanto folheava o cardápio.

- Não precisa se preocupar com isso – ponderou.

- Tudo bem, outra que eu não estou entendendo quase nada que esta escrito aqui, não sei falar francês.

- Vou pedir a mesma coisa pra nós dois, pode ser?- perguntou.

- Pode!

Ele fez sinal com a mão e um garçom veio ao nosso encontro.

- Dois Quiche Lorraine, um Ratatouille e duas taças de champanhe o melhor que você tiver, por favor – o garçom anotou tudo de imediato e saiu.

- Acho que agora podemos conversar – finalmente disse.

- Verdade! – falou concertando a blusa que estava um pouco torta.

- Eu nunca vi você falando muito de seus pais...

- Emma dês de quando eu me mudei de casa, eu e meus pais perdemos um pouco o contato, mas continuamos sendo uma família unida.

- Eles moram em outro estado também?- perguntei querendo entrar mais a fundo.

- Eu comprei uma casa pra eles perto da roça, eles falaram que não queriam deixar seus animais de lado! – respirou fundo – E você, ainda tem se comunicado com seus pais? – perguntou.

- Eu perdi meu pai quando eu tinha cinco anos e minha mãe aos dezoito anos – contrapus.

- Desculpa...

- Não precisa se desculpar, foi apenas uma pergunta – sorri.

Antes que eu perguntasse mais alguma coisa, o garçom chegou com os pratos que estavam cheirando muito bem, coloco-os na mesa e em seguida serviu o champanhe.

Estiquei minha mão para pegar o guardanapo que estava próximo a Thiago, e sem querer esbarei na taça de champanhe fazendo-a cair em cima dele, no mesmo instante levantei desesperada e pequei o guardanapo e comecei a secar a calça dele que ficou encharcada quando notei onde estava secando fiquei completamente vermelha.

- Desculpa – disse me levantando.

( os capítulos novos vão ser postados as segundas e sábados... Como postei hoje sábado não vai ter só segunda bjss)

Doce VenenoOnde histórias criam vida. Descubra agora