Doce Veneno

Capítulo vinte - Doce Casamento (part 3) Final

Três horas para o acidente.

- O que você esta fazendo aqui?

- Eu precisava te vê!

- Agora? Justamente no dia do meu casamento, eu não queria te vê e sabe disso. - digo ao menos sem pensar.

- Filha...

- Não me chama de filha de novo, você estragou minha vida de uma maneira que não tem ideia. 

- Desculpa.

- Desculpa não faz você voltar no tempo e concertar o que foi feito. 

Ela abaixa a cabeça respira fundo, e quando volta seus olhos para o meu esta chorando. Por um segundo penso em ser a filha que nunca fui pra ela, e perguntar o que houve mas lembro tudo que ela já fez pra mim. Incluindo o fato de me acusar de ter matado minha irmã. 

- Eu sei que desculpas não resolvem, mas se eu pudesse - respira fundo -, eu mudava tudo que já aconteceu. 

- Você me fez ficar internada em uma clinica, me fez parecer maluca... me fez uma assassina. Sabia que o que tinha acontecido tinha sido causado por duas crianças burras, e mesmo assim me culpou por TUDO. 

- Emma, eu só quero que você saiba que eu te amo. 

- Olha, você já estragou minha vida o suficiente, então por favor, não estraga o dia do meu casamento. 

Ela continuou me olhando como se precisasse dizer mais alguma coisa, só que antes que dissesse eu a interrompi. 

- Eu acho melhor você ir embora. 

Me levantei do bando a qual estava sentada. 

- Eu te amo - segurou em minha mão. 

A soltei e entrei novamente para o salão. 

Duas Horas para o acidente. 

- Filho eu não consigo encontrar o numero da boleira, o bolo já era pra estar aqui faz uma hora. 

Respiro fundo, não sabia que casamento daria tanto trabalho, principalmente por ter contratado um buffet. 

- Mãe, provavelmente ele já esta a caminho. Mas você já avisou o motorista que daqui a uma hora ele deve buscar Emma ? - pergunto. 

- Meu Deus - ele diz e sai correndo pra dentro de casa. 

Acho graça. 

Daqui a uma hora, estarei eu vestido com meu terno e colocando uma aliança no dedo da mulher que acompanhara minha vida toda. 

Avisto de longe, um bolo de cinco andares sendo carregado por aproximadamente cinco homens que o levam até a área de comemoração. 

Antes que eu entrasse para começar a me arrumar, uma mulher me para. 

- Você é o Thiago? - lança um sorriso. 

- Eu mesmo, posso ajudar? - respondo com outra pergunta. 

Ela lança um sorriso sincero. 

- Pode entregar essa carta a Emma, gostaria que não abri-se ela e a entregasse apenas em sua mão. - ela diz. 

- Tudo bem, mas quem é você? 

- Uma pessoa muito especial!

Ela sorri mais uma vez e vai embora. 

coloco a carta em meu bolso, e entro em casa. 

Uma hora para o acidente. 

O vestido aparenta estar mais apertado do que a ultima vez, provavelmente por eu ter engordado alguns quilos.