O amor Entre nós

Capitulo 19

Oi, espero que estejam bem esse capítulo contém gatilho, violência, automutilação. Lembrando não é romantizando nada, porque quem passou por isso sabe o preço que é carregar cada marca. Cada medo. Então por favor respeitem os limites de vocês . Então é isso boa leitura.

Pov: Gi

Vicio

Aquele desejo pela próxima dose, pelo próximo comprimido, próxima tragada, próximo gole... vive - se em prol de poder ter o próximo.
As vezes a dor é tão latente, que cortes, pedaços faltando é o mais completa que você estará.
Pensar em como tive abrigo nos medicamentos, a anestesia da dor, medo, inseguranças e não ter que sentir.
Sentir o vazio, sentir medo e os olhares de julgamento. Quando se está quebrada o menor olhar o menor deslise quer dizer que mesmo 365 dias sóbria se vai no seguinte que se nao sentir sua dor ... deixando-a ser entorpecida pela ausência de sentir algo.
As vezes sentimos tanto que beiramos a loucura, gerando uma apatia e frieza. Lidar com a morte de sonhos, ausência de amigos. Pode ser tolo para tantos, mas não é... então eu digo a mim só mais um corte só mais um comprimido.
Dormir e não sentir é a melhor coisa.
Eu sou acostumada a tomar a dianteira e enfrentar o medo me colocar  na frente da vítima e enfim protejer.
Mas ao deitar o que me adianta se a única pessoa que precisava cuidar eu falhei. Eu lembro de quem outrora fui, dançava na chuva o único tempo ruim era a não ser livre, para voar para longe de você, eu fui quebrada e nunca mais seria inteira novamente.
Humilhações, tapas, socos, sangue, medo humilhações e estupro. Me deparo com esse turbilhão de pensamentos enquanto sou acordada de maneira suave e quando olho em seus olhos vejo o que tanto esperei amor. E empurro para baixo do mar de emoções que no dias que antecederam a chegada da Rafa cortes, remédios foram meus amigos.
Sou fraca e não sei como ser forte por mim e como poderei dar algo que não tenho.
Aos poucos tenho flashbacks da noite anterior.
A Rafa reivindicando meu corpo, com um desejo, um amor acolhedor. Tento não suprimir  lembrando dos seus beijos quentes seus toques minha pele nossa ardência de tão quente e enfim o primeiro momento em meu gozo melando seus dedos e olhar em suas íris e sentir labaredas a queimar meu corpo, sabores como se fosse um doce invertendo as posições e a a tomei como minha.
Beijei sua buceta como se fosses seus lábios, seus gemidos nada discretos... tomaram conta do quarto.. ela apertava seus seios tornando a cena erótica de mais e mais uma vez meu centro pulsava. E quando dou por mim estou meu sexo se contrai violentamente e conformo vou tomando mais confiança e a penetro e encontro um ponto esponjoso e massageio sem tirar meus lábios de sua deliciosa buceta... sinto ela tremer, gritar meu nome e  tentar fechar as penas nessa hora seguro e continho prolongando e quando dou por mim gozei... meu sexo pulsa e me choco com tão acontecimento. Agora me diz como vou esconder os cortes, o medo. Me sinto nua como esses par de olhos em mim. Retribui-o o sorriso. Deixando algo bem claro. Que eu acredito em nós.

-Sobre o lençol

Toco as costas da moça nua,
deitada a meu lado na penumbra,
e sinto a sua pele mansa,
como ovelhas na montanha
da nuca que se insinua.

Sob o lençol macio, um mundo pulsa,
e minha mão desliza, inteira
sobre ela, moça nua, elo perdido
entre o que sou e o que flutua.

Sem dizer nada, sinto que peço
que me devolva a paz da infância,
e que me mostre o mundo, a substância
do que é vida dentro de mim.

Sem dizer nada, sinto que impeço
que ela se abra  e me devore
e coma o fruto que ofereço,
em sumo, carne, língua, dedos,
fluido etéreo do amor que teço,
terço que rezo, prenhe de sim,
nu de razões ou de adereços.

N/A
Bebam muita água e até mais.
❤️
Curtem muito. Cometem beijos