Segunda lição

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Os próximos dias foram calmos e mais leves. Sakura dessa vez ficava um pouco mais na sala do marido enquanto ele almoçava, em vez de sair imediatamente. Toda noite depois que Sarada dormia, eles conversavam tal como a terapeuta havia aconselhado. Ele também cumpriu o acordo de tomar a iniciativa, dando todos os dias antes de dormir um beijo em um lugar diferente. Nas bochechas, no nariz, no queixo, no pescoço mas nunca na boca. Ele se sentia nervoso só de imaginar Sakura o rejeitando.

Faltava um dia para a próxima consulta, os dois tentavam ao máximo cumprir o acordo, e sinceramente, a relação dos dois estava consideravelmente melhor.

Aquele dia Sasuke estava de plantão, então não poderiam ficar juntos e só de saber disso, Sakura ficava amuada. Agora que ela havia se acostumado com a rotina iria sentir falta.

Arrumou a comida rapidamente no potinho, não estava atrasada, era apenas 18h30. Colocou os sapatinhos em Sarada e dirigiu com ela até o hospital.

Deu leves batidinhas na porta antes de entrar.

-Oi - Disse enquanto colocava as coisas na mesa.

-Oi.

Sarada não perdia tempo, já subia no colo do pai.

-Amanhã é a nossa consulta - Sasuke lembrou.

-Sim, eu me lembro - Respondeu.

Ele termina de comer e fecha de novo o potinho.

-Como tenho me saído?  - Quis saber. Esperava que pelo menos na média, estava se esforçando pelo casamento dos dois. Não era fácil uma mudança de comportamento tão grande.

Sakura riu.

-Razoavelmente bem - Mas pelo tom de voz ele sabia que ela estava brincando. Ela estava mais feliz ultimamente, a carranca raivosa que sempre vinha fazendo quase nem aparecia. Agora predominava os olhos brilhantes e bochechas vermelhas. 

Sasuke levantou e sentou na cadeira ao lado da esposa.

-O suficiente para continuar casado com você? - Perguntou.

Sarada brincava com as canetas que havia achado no bolso do pai.

-É o que veremos - Respondeu divertida.

-Podemos ter um bichinho? - Sarada pediu, interrompendo os pais.

Sasuke não precisou de muito tempo para responder algo que já estava na ponta da língua.

-Não. 

A expressão da criança desabou.

-Por que? - Perguntou.

-Eu não gosto de pelos - Respondeu.

Sakura não gostava da sua filha triste, então interviu.

-Pode ser qualquer bichinho? - Questionou.

-Sim! - Exclamou.

-Ela pode ter um sem pelos, você nem vai reparar que ele está lá - Falou para o marido.

-Tipo?

Sakura colocou os dedos polegar e indicador no queixo, demonstrando que estava pensando.

-Um peixinho - Respondeu.

Sarada já estava no colo da mãe, sorridente.

-Pode ser amarelo? 

Sasuke então concordou com a compra do peixinho, logo os três já estavam felizes de novo.

-Você não precisa ser tão carrasco com ela - Sakura disse. - Ela fica magoada.

Sasuke a olhou de lado e se aproximou um pouco mais.

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