Felizes para sempre

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Por algum motivo Sakura parecia desconfortável. Talvez sejam seus pés inchados ou o fato dela não conseguir deitar e nem sentar direito. 

Já estava com quase sete meses e seu ultrassom para descobrir o sexo do bebê era no dia de hoje. Deitada, a camiseta levantada e um gel gelado despejado no seu ventre. 

A ginecologista passava o aparelho de um lado para o outro, de vez em quando apertando.

-Vamos ouvir o coraçãozinho primeiro - Ela avisou e apertou um botão novo no aparelho, enquanto pressionava outro na barriga de Sakura.

Silêncio.

Pela mente de Sasuke só passava uma coisa. Ele era cardiologista, sabia o que significava não ter som nenhum. Dessa vez, seu coração acelerava cada vez mais, sentia os olhos arderem enquanto Sakura mantinha uma expressão confusa no rosto.

Sentia as próprias mãos tremerem sem parar.

-Só em segundo - A profissional pediu enquanto mexia no aparelho. -Ah, estava sem som.

Então ouviram os batimentos, rápidos e contínuos. Parecia saudável ao seu ver. Suspirou de alívio.

-Agora vamos ver o sexo - Pausou o monitor na melhor posição que achou.

-Parabéns, é uma menina - Sorriu para o casal.

Uma menina, uma irmã mais nova para Sarada. Não cabia em si o quanto estava radiante. 

O rosto de Sakura estava brilhando de tanta emoção, as lágrimas de felicidade desciam lentamente por suas bochechas.

Saíram do consultório de mãos dadas, Sasuke ainda estava abalado pelo aparelho no mudo, não estava recuperado.

-Você está feliz, querido? - Sakura perguntou. A expressão do seu marido não era nada boa. 

-Pelo bebê? Muito - Respondeu entrando no carro. -Agora com a médica, sinto vontade de processar o hospital inteiro pelo que tive que passar.

Sakura riu.

-Foi um pouco assustador - Afagou sua bochecha. - Mas Sasuke, você trabalha no hospital. Não quer ser demitido né?

Ele vacilou. Droga, ela estava certa. 

-Tem razão.

Sakura mexia no celular rapidamente.

-Se puder parar perto da casa de chá eu agradeço.

-Por que? - Estacionou o carro.

-Precisamos de coisas para o quarto do bebê.

Era uma boa razão. Eles decidiram usar um dos quartos de hóspedes para isso. Substituiriam a cor cinza pela cor azul clara, e nela pintariam pequenas nuvens brancas. O quarto de Sarada era da cor branca com vários tomates e cerejas pintados pelas paredes, hoje em dia ela detesta.

Compraram berço, travesseirinhos, cobertinhas e tudo mais que um bebê precisaria. 

Sakura chegou em casa exausta, andou demais pela tarde, aquilo não era para ela.

Sakura foi relaxar na banheira enquanto Sasuke pedia comida em algum restaurante. 

Era tão relaxante a água quente batendo na sua pele, sentia até mesmo que poderia dormir se fechasse os olhos. Até que ouviu um grito seguido de choro de criança.

Levantou e pulou para fora da banheira, amarrando o roupão de qualquer forma. Não foi necessário caminhar mais, Sarada já entrava correndo no quarto. 

-É sério isso? - Lágrimas escorriam pelas bochechas. Sakura olhou para Sasuke numa pergunta silenciosa, que prontamente foi respondida.

-Sarada está chateada por ter uma irmã ao invés de um irmão. 

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