Capítulo 6

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POV Jesse

Dia do baile. E eu não poderia estar mais desanimado.

São quase 17 horas, e eu já estou deitado nessa cama há uns 30 minutos, olhando pro teto. Tenho que levantar, tomar vergonha na cara e ao menos tirar o meu terno do armário. Tenho certeza que Quinn estará lindíssima, e não posso fazer isso com ela, não posso ir de qualquer jeito. Quinn. Já se passaram 3 semanas, 3 semanas desde que tive certeza de meus sentimentos por Rachel, e eu ainda não decidi o que fazer. Gosto de Quinn, ela é divertida, romântica e engraçada. O que sinto por Quinn é calmo, tranquilo, e estamos juntos há quase 1 ano. Já esse sentimento por Rachel é novo, desconhecido, e absolutamente avassalador.

Giro na cama, e meu rosto para na direção do meu criado-mudo, onde estão os meus dois porta-retratos. Interessante como esses dois porta-retratos resumem o meu estado mental atual. Um deles está no meu criado-mudo há 5 anos, foi uma das últimas fotos que Rachel e eu tiramos antes de ela viajar. A outra, minha e de Quinn, foi tirada no nosso aniversário de 6 meses de namoro.

Rolo o corpo para o outro lado, respiro alto, e coloco um travesseiro em cima da cabeça.

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Dormi. Meu pai veio me acordar, me dando uma bronca sobre o fato de já faltarem 15 minutos pras 18:00 e eu ainda nem ter tomado banho. Corri como um louco, e exatamente às 18:13, estava tirando meu carro da garagem. Rachel não vai comigo ao baile, seu amigo Kurt virá buscá-la, e depois pegar sua outra amiga Tina Cohen-Chang. 10 minutos depois, paro na porta da casa de Quinn, ainda confuso sobre como devo agir.

Ela parece estar chateada comigo, e não temos nos falado muito desde que Rachel voltou. Fomos ao cinema uma vez, e ela prestou total atenção no filme.

A mãe dela abre a porta para mim, e eu espero no sofá da sala enquanto ela termina de se arrumar.

Alguns minutos depois, ela desce as escadas, deslumbrante em seu vestido azul, os cabelos presos num elegante penteado. Ela olha pra mim com seu sorriso tímido, o mesmo sorriso que fez com que meu coração acelerasse quando a vi pela primeira vez. Vou até o topo da escada, e pego sua mão, ajudando-a a descer.

Nunca pensei muito no que sinto por Quinn. Amor, paixão, atração, a verdade é que não sei dizer, e acho que nunca soube, a questão é que nunca antes isso fez diferença. Ela me faz bem, me faz sorrir, e eu sempre me senti feliz ao lado dela. Nós já dissemos "eu te amo" algumas vezes, mas eu não saberia dizer o quanto dessa frase é, de fato, real.

A mãe dela fecha a porta atrás de nós. Quinn para, e gira o corpo para ficar de frente para o meu. Ela se coloca na ponta dos pés, e nos beijamos como não fazíamos há 3 semanas. É um beijo delicado e suave, e eu não posso evitar deixar que minhas mãos se coloquem em sua cintura, enquanto ela enrosca os braços em volta do meu pescoço. Quando termina, ela continua com os braços em volta do meu pescoço, olhando nos meus olhos.

"Tá tudo bem entre a gente, né?" - me pergunta, e eu digo que sim. Nesse momento, depois desse beijo, está tudo bem entre nós, e a verdade é que ainda quero estar com ela, não quero deixá-la.

Tudo o que posso fazer é torcer para que a vontade de ficar com Rachel não resolva me dominar.

Chegamos ao baile alguns minutos depois. Santana Lopez, a amiga de Quinn que me olha como se eu fosse um inseto, está abraçada em Noah Puckerman, e Britanny, a outra amiga com cérebro de gelatina, está sentada ao lado de Blaine Anderson. O baile ainda não começou, mas como eles são todos membros do Glee Club, estão aqui mais cedo. Finn Hudson está tomando um ponche na mesa de comidas, quebrando a regra do pessoal da organização de não comer nada antes do baile efetivamente começar. Quinn me dá um beijo na testa, e vai na direção dos amigos, pois eles precisam começar a se preparar para cantar no baile. Pelo que meu pai me disse, eles se revezarão durante as músicas, para que todos possam curtir um pouco do baile.

All That Matters | St.Berry FanfictionOnde histórias criam vida. Descubra agora