Capítulo 9

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Quinn está sentada no meu sofá, olhando para a TV sem de fato a estar vendo

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Quinn está sentada no meu sofá, olhando para a TV sem de fato a estar vendo. Eu estou sentado ao seu lado, olhando para o seu rosto, sem saber o que dizer. O copo de água com açúcar que eu trouxe para ela continua na mesa de centro, sem que ela tenha tomado um gole sequer. A TV está no mudo, e tudo que eu ouço é o silêncio. Ela não fala, não chora, e está tão inerte que nem parece estar respirando.

Eu ouso quebrar o silêncio.

"Meu?" – eu pergunto, olhando pra ela. Ela se vira para mim, olhando nos meus olhos.

"Não. Puck é o pai." – ela está me olhando com toda a intensidade que há no mundo – "Você já pode voltar a respirar.".

É como se um piano tivesse saído das minhas costas. Eu estive com ela uns 2 meses atrás. Nós sempre nos protegemos, mas era natural que meu primeiro pensamento fosse que o bebê que ela está esperando fosse meu. Eu tive que perguntar. E não faço ideia do que faria se ela dissesse que sim.

"Eu não tinha pra quem correr." – Ela diz. Eu suspiro seu nome, e ela se joga nos meus braços outra vez, chorando compulsivamente. Ela passa uns 3 minutos assim, com a cabeça no meu ombro, até que ergue o rosto, ainda chorando. Eu estico minha mão, e seco uma lágrima que escorre do seu rosto.

"Vai ficar tudo bem, Quinnie." – digo, embora não tenha certeza do que eu deveria dizer. Ela se estica e me beija nos lábios. Esse beijo é um ato desesperado de alguém que está tão quebrada e precisa de um pouco de carinho. Não há romance algum entre nós, mas ela ainda é extremamente importante pra mim. Eu ainda consigo ler os seus olhos.

"Você é o meu melhor amigo, Jesse." – ela sorri sem humor algum – "Agora que a gente terminou, eu entendo isso. Santana espalharia pra escola inteira. Britanny não deve nem saber como funciona uma gravidez. E eu definitivamente não posso conversar com a minha mãe sobre nada!" – ela encara o chão novamente. Está confusa, assustada, e eu a trago para meus ombros outra vez. Ela fica ali, encarando o chão, e soluçando cada vez menos. Eu não vou fazer perguntas.

Eu coloquei o som na tv outra vez, e estamos vendo o programa sem o assistir. Ela começa a falar uns dez minutos depois.

"Lembra quando te contei que não era mais virgem?" – ela ergue o rosto, me olhando. Eu balanço a cabeça em afirmação – "Foi com o Noah. Ele começou a dar em cima de mim assim que entrei pras Cheerios, antes mesmo de eu ser capitã. Eu ouvi que ele era um safado, é claro, mas sei lá." – ela volta a olhar pra frente – "Ele estava na aula de economia doméstica comigo, e ele parecia outro cara, engraçado. Era meu parceiro, e sempre estragava toda comida que tentava fazer, menos bolos. Ele é ótimo com bolos. Acho que estragava a comida de propósito, só pra não o zoarem. Mas ele cuida da irmã mais nova, tenho certeza que ele sabe cozinhar." – as palavras estão saindo da boca de Quinn como numa enxurrada – "Ele nunca tinha dado em cima de mim antes de eu ser das Cheerios, mas quando eu virei uma líder de torcida, eu entrei pra lista. Mas ai eu acho que eu já gostava dele."

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