capítulo 4

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Já estávamos a mais ou menos 1 hora  esperando todos os alunos se arrumarem, chegaram mais gente depois de mim e minho, fazendo com que as coisas se atrasassem um pouco.

Já tínhamos terminado de nos arrumar, minho se encontrava batendo um papo com alguns colegas e eu preferi me sentar em um canto longe das pessoas para jogar no celular.

- Está bem? - minho se sentou ao meu lado e me entregou uma garrafinha  d'água.

- Estou sim, só estressado - bebi logo a metade da garrafinha, já estava começando a ficar com fome.

- Tome - minho tirou de seu bolso um pacote de amendoim.

- De onde você tirou esse amendoim?

- Eu tinha guardado mais cedo pra caso sentisse fome - deu de ombros.

- Mas você não tá com fome? - ele negou com a cabeça.

- Comi bastante no refeitório, me sinto cheio ainda.

- Tudo bem então - deixei a garrafinha de lado e abri o pacotinho - Abre a boca.

Coloquei três amendoins na sua boca comendo em seguida.

Ficamos assim por alguns minutos até alguém gritar que estava tudo pronto e que precisávamos nos reunir. Deixei a garrafinha aonde estava e guardei o amendoim e meu celular no bolso.

- Vamos ficar aqui no canto - me puxou pelo braço me guiando para sermos os últimos da fileira.

- Vamos lá todos prontos? - o fotógrafo respirou fundo parecendo cansado.












Tiramos exatamente 36 fotos, individual e com a turma. Eu já estava começando a ficar cansado, foram horas em pé e o fotógrafo sempre chamava atenção de algum aluno ou vinha e ajeitava a roupa de alguém, eu já estava começando a perder a paciência e ficar ansioso.

Me sentei em uma calçada de pedra e bufei, bebi mas um pouco de água e comecei a contar de 1 a 10 pra conseguir me acalmar.

- Calma já está acabando - minho começou uma massagem no meu ombro.

- Eu só quero ir para o meu quarto e deitar - resmunguei.

- Já já a gente já vai - o senti colocar seu braço em meu ombro - Ta tudo bem?

- Tá sim - tentei esconder um sorriso bebendo mais um gole de água.

- O que vai fazer hoje a noite?

- Fazer os deveres de quarto e dormir - olhei para o céu pensativo - provavelmente assistir vídeos antes de dormir.

- Vão dar uma festa no galpão - chegou mais perto sussurrando em meu ouvido.

- Se divirta muito - quis acabar aquela conversa ali.

- Ah qual é hannie - franzi o cenho.

- Hannie?

- Sim - sorriu.

- Ah não minho eu não curto festas, eu só quero chegar no meu quarto e dormir - o encarei fazendo birra.

Sorriu e pegou em meu queixo pressionando os dois lados, senti meu coração acelerar. Tem muita gente aqui e ele tá perto demais o que eu faço? ele paniu meu sistema desconfigurou tudo.

- Hannie, por favorzinho hm? - encostou nossos narizes e me encarou com um sorrisinho sapeca.

- Eu...eu vou pensar - bati em seu ombro me sentindo nervoso e trêmulo.

- Eu vou te buscar - soltou uma risadinha.

- Pombinhos, está encerrado por hoje já podem ir - um colega de sala disse batendo no ombro de minho de forma amigável - Vejo vocês na festa.

Sussurrou a última parte e saiu saltitando.

- Desista minho - me levantei respirando fundo.

Eu precisa sair o mais rápido dali, meu coração ainda estava acelerado e eu já começava a sentir algumas borboletas.

- Ainda vou fazer você mudar de idéia.

- Ah vai sim - peguei minha mochila - Boa sorte amigão - Pisquei para o mesmo.

Logo senti um puxão pelo braço e minha frente bater com algo — uma pessoa — encarei minho surpreso e ao mesmo tempo assustado pela ação repentina, ele apertou minha cintura com força fazendo com que meu corpo reagisse a ele se arrepiando por toda a parte.

- Eu vou passar no seu quarto para te buscar - sorriu.

- Minho coloca uma coisa nessa sua cabecinha - automaticamente fiz carinho ao lado de seu rosto - Eu não vou e ponto, eu já disse que não e eu gosto quando as pessoas me levam a sério.

- Se você não for eu não vou - fez biquinho.

- Que pena - sorri ironicamente sem mostrar os dentes.

Nos encaramos alguns segundos a mais até eu abaixar o olhar por vergonha, tentei sair do aperto mas ele me apertou ainda mais levantando meu queixo em seguida.

- Está com vergonha?

- O que acha? Olha pra mim eu estou todo vermelho - ele riu.

- Você fica lindo assim - senti meu coração falhar.

- Ok agora eu preciso ir, você tem que me soltar - tentei fugir novamente.

- Certo, de qualquer forma fui muito precipitado você deve estar assustado - fez carinho em meu cabelo e me soltou indo buscar sua bolsa.

- Não estou assustado, só surpreso eu entendo que isso é um gesto de carinho, amigos são carinhosos uns com os outros - ele me encarou rindo e negando.

- Vamos lá hannie - puxou minha alça da bolsa e me arrastou para dentro da escola.







school - minsungOnde histórias criam vida. Descubra agora