capítulo 22

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desculpe qualquer erro.

Já tinha-se batido o segundo sinal para a segunda aula quando o inspetor me chamou na sala, Minho havia batido ainda mais em San num banheiro masculino antigo atrás da escola.

Eu já pressentia que algo ia acontecer quando eu e os meninos ainda estávamos no refeitório, Minho está completamente fora de si o que é extremamente assustador, ele está muito agressivo. Não conseguiu se controlar e bateu em San mais uma vez, ele está me deixando louco de preocupação ao menos espero que ele não tenha matado o garoto.

- Aqui Sr.Han - o senhorzinho abriu a porta para mim e me curvei em respeito.

- Obrigado - sorri e fechei a porta por trás de mim.

Encarei a frente e vi Minho sentado na cadeira em uma posição que claramente deu pra perceber que ele estava ansioso, batendo seu pé repetidamente no chão. Seu uniforme havia respingos de sangue e sua mão machucada. Seu olhar levantou a mim e ele sorriu vindo em minha direção.

- Que bom que está aqui - me abraçou tocando seu nariz em meu pescoço, me cheirou e soltou um longo suspiro no final.

- O que você fez?

- Eu bati nele, bem mais que ontem, ele provavelmente vai precisar de uma cirurgia e gessos nos dois braços - deu uma risadinha.

- O que eu pedi pra você fazer ontem?

- Pra não o matar, eu não matei ele - Se soltou do abraço.

- Eu não pedi pra deixar pra lá? Você me perguntou se eu queria isso? - o olhar dele vacilou.

- Eu sei, mas eu o vi no corredor rindo com os amigos dele e não me aguentei,  enquanto você está mal ele estava rindo com os amiguinhos dele, não consegui evitar - continuou a olhar para o chão.

- Lee Know eu estou bem, olha pra mim - aumentei o tom de voz - Por que está agindo essa forma? Você quer me defender mas está me assustando.

- Não é essa a minha intenção, eu quero te proteger!

- Você quer me proteger assim? Você acha que eu vou confiar em você batendo em outras pessoas? Isso não pode continuar, essa pessoa que você esta se mostrando não é o Minho que eu amo.

- Eu ainda sou o Minho que você ama, está aqui na sua frente - sorriu.

- Não, você não é, o Minho que eu conheço não é assim - dei dois passos para trás.

- Por que está se afastando? - seu sorriso se desfez.

- Acho melhor a gente da um tempo - me encarou assustado.

- Não hannie, isso não - chegou perto e segurou minhas mãos, pude ver seus olhos encherem de água.

- Eu não quero me relacionar com pessoas assim, se você faz isso com outras pessoas, quem pode me garantir que você não fará comigo?

- Eu nunca faria isso com você.

- Mas faria em outra pessoa e eu não quero que você machuque alguém por minha causa, vamos dar um tempo já está decidido - senti uma lágrima descer - Não vá mais ao meu quarto e não fale comigo, depois de tudo conversaremos e então vamos decidir continuar com essa relação ou não.

O observei começar a chorar, isso me quebrou por dentro mas eu não posso voltar com a minha decisão, ele precisa entender que ele não é mais uma criança e que não pode sair batendo em quem quiser.

- Isso será doloroso mas - tentou conter as lágrimas respirando fundo - Eu farei isso por você, só não demore muito não sei se conseguirei aguentar.

- Você vai, agora eu tenho que ir - me virei para abrir a porta.

- Posso te abraçar antes de ir? - perguntou de braços abertos.

O decidi abraçar, eu sentiria muita falta dele, com certeza vai ser muito difícil pra nós dois mas eu não quero que isso piore, eu o amo e quero manter uma relação saudável entre nós, não tenho psicológico para estar em uma relação tóxica.

Limites é como um copo cheio de água, o copo de Minho se encheu rapidamente com seu comportamento, ele está transbordando e eu não consigo fazer com que a água pare, preciso de um tempo para que a água diminue e assim podermos continuar nosso relacionamento.

- Se cuide ok? Não fique sem comer - pediu deixando alguns beijinhos pela minha bochecha.

- Você também - fiz um breve carinho em seus cabelos.

- Vou respeitar sua decisão porque você pediu mas não fique com ninguém, eu prometo que também não vou ficar - me encarou.

- Tá bom - nos encaramos por alguns segundos.

Quis observar cada detalhe de seu rosto para que eu não me esquecesse, por instinto passei minha mão em seu rosto e acariciei.

- Eu te amo - me disse e deixou um selinho demorado em minha boca.

- Eu preciso ir - me virei e sai apressadamente da sala.

Meu coração pulsou forte e me senti trêmulo por um instante, as lágrimas começaram a descer e não consegui parar elas, ao menos me esforcei para isso. Apenas fui ao jardim e me sentei, deixei as lágrimas escorrerem na esperança de que aquilo aliviaria a dor que sentia.

Só de pensar que isso era só o começo a vontade de chorar vinha de forma intensa fazendo com que eu não conseguisse aguentar aquilo em pé.

Seria muito difícil ficar longe dele, já havia me apegado muito a ele mas isso é muito necessário e acredito que depois desse tempo tudo ficará bem, ele vai se tocar que o que ele fez nunca deverá se repetir e então continuarmos nosso relacionamento feliz.

Bom, é o que eu espero que aconteça.











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