Capítulo XI - Saudade

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A noite foi lenta, Sarah e Juliette sentiram na pele o que é não ter uma a outra. Juliette não aguentando mais ficar naquela cama, se levantou e andou pela área externa de um lado para o outro, incansavelmente. Seus passos eram de aflição, de alguém que estava sentindo necessidade de algo que não pudesse ter naquele momento. O dia já estava quase claro, Ju pensou muito, chorou muito e lá no quarto, Sarah ainda estava acordada, encolhida na cama e pensativa.

Por volta das 6h da manhã, Juliette sentada no gramado, se levanta e com passos firmes foi até o quarto do líder:

- Sarah, me deixa entrar por favor. Sarah acorda, me deixa entrar.

Sarah demorou para abrir, chegou a pensar em fingir que estava dormindo, mas um lado seu precisava daquela mulher ali, mesmo com a bagunça de seus pensamentos.

- Juliette, ainda nem amanheceu, entra.

Ju entrou já indo rumo a Sarah, e a cada passo de Ju, Sarah dava um para trás, até que o espaço ficou curto e quando se deu conta, Sarah já estava na beirada da cama. Juliette deitou a loira, sentou em cima dela, olhou bem fixamente e disse:

- Eu amo você Sarah, não faça isso com a gente.

- Ju, por mais que eu esteja sentindo falta de cada pedaço seu, eu também estou sentindo medo. E se estivermos sendo massacradas lá fora?

Juliette calou Sarah num beijo quente e afetuoso. Suas línguas se completavam, seus lábios imploravam-se e sem ter controle nenhum da situação, Sarah já estava entregue e com o seu mundo nos braços.

- Juliette...

- Shiu, diga que me quer...

- Ju...

- Fala Sarah.

- Eu te quero, te quero como nunca quis alguém na vida.

Juliette ainda sentada em cima de Sarah, tirou a blusa do seu pijama ficando apenas de sutiã. Sarah estava de camisola. Juliette tirou a camisola de Sarah, deixando-a apenas de calcinha e sutiã. Seus corpos pulsavam numa sintonia de necessidade e em segundos, Juliette se deitou em cima da amada, e o beijo ficou cada vez mais quente e molhado.

Juliette desabotoou o sutiã de Sarah, e massageou seus seios arrancando gemidos da loira. Quase já esquecendo, pegaram um edredom que ali tinha e se cobriram. Juliette rebolava em cima de Sarah, seus íntimos se encontravam constantemente, podendo sentir o quão molhadas estavam. Juliette tirou a sua calcinha e também da amada, tornando-se mais fácil esse encontro de íntimos. Os corpos rebolavam em sintonia, Juliette gemia baixo, já o da Sarah estava mais difícil de controlar e diversas vezes o som saiu alto. Juliette se adentrou no edredom, chupando cada canto daquela mulher. Sua língua se movimentava num seio, enquanto o outro era apertado com todo carinho e tesão que aquele momento proporcionava. Continuou descendo cada vez mais e antes mesmo de deixar seu lábio encontrar aqueles lábios, Juliette com uma e suas mãos apertou bem forte aquela região, o que arrancou um gemido alto e descontrolado de Sarah.

- Como você faz isso comigo, Juliette?

Ju continuou descendo e sua língua encontrou aquele íntimo. Os movimentos eram rápidos e sua chupada representava o quanto de desejo a morena sentia por aquela mulher. Ju enfiou dois dedos dentro daquele lugar molhado e chupou intensamente enquanto os dedos faziam movimentos de entrar e sair. Seus corpos tremiam, a boca de Sarah estava seca, os gemidos eram mútuos e antes de gozar, Juliette deitou ao seu lado e pediu para Sarah sentar em seu rosto.

- Ju, como vou fazer isso?!

- Só faça, vem.

Sarah tentou o máximo cobrir seus corpos e então sentou na cara de Juliette. Com suas duas mãos na parede, Sarah rebolava naquela boca, a língua de Juliette estava inteira dentro dela e aos poucos foi sentindo seu líquido cada vez mais intenso.

- Porra Juliette!

Juliette resmungava:

- Goza pra mim!

Sarah aumentou a velocidade do seu corpo que rebolava, a língua de Juliette estava cada vez mais presa, e ali Sarah gozou. Seu corpo se inclinou para frente encontrando a parede como apoio, e em segundos caiu ao lado de Ju. Suas respirações estavam ofegantes, pareciam ter corrido uma maratona, mas nada parou o momento. Sarah olhou fixamente para Juliette e subiu novamente em cima dela, sentando em sua cintura. A cada vez que acontecia um beijo, parecia ser o primeiro de tanta saudade e desejo.

- Eu te amo Juliette, eu não sei o que fazer, mas te amo.

Juliette apenas sorriu...

Sarah abaixou mais seu corpo, sentando nas pernas na morena e então chupou aqueles seios lindos que faziam Sarah delirar.

- Ai Sarah, não para, que delícia.

Ver Juliette gemendo, era tudo que Sarah mais amava. Sua cara era de satisfação em proporcionar tanto tesão nessa mulher.

Sem delongas, Sarah virou Juliette de costas, puxou suas pernas, fazendo a mesma ficar quase de quatro e meteu dois dedos.

- Sarah, puta que pariu. Vai, me fode!

Ouvir aquelas palavras só fazia Sarah querer mais ainda e assim os movimentos ficaram cada vez mais rápidos. Juliette estava prestes a gozar, seu íntimo escorria e Sarah estava decidida a acabar com a morena ali naquele momento.

O corpo de Juliette tremia muito e em minutos, seu corpo contorceu e ali Ju gozou.

Sarah deitou ao lado de Juliette que estava respirando ofegante e rápido, ficou olhando para ela com o olhar mais apaixonado do mundo e depositou um beijo em sua testa. Se acariciaram, ficaram em silêncio apenas se olhando. Sarah num ato de desespero abraçou Juliette e começou a chorar, não haviam palavras, apenas lágrimas, mas não era necessário falar, já sabiam a dor que cada uma estava sentindo.

- Ei Sarah, vai ficar tudo bem.

- É insuportável não ter você.

- Mas estou aqui e sou sua.

- Eu me sinto péssima de estar criando essa barreira entre nós.

- Não crie então, fica comigo.

- Eu não sei, depois de tudo que aconteceu ontem, estou com muito medo de lá fora, não pelo todo, mas estou pensando muito nos meus pais. Até aqui eu estava tranquila, mas me lembrei do quando meus pais nunca me aceitaram, aceitaram meu jeito de existir, esse foi um dos motivos que me levou para fora do Brasil, e me dói sabe, saber que não há ninguém por mim lá fora, me defendendo caso o Brasil não esteja.

- Eu tenho certeza que você tem milhares de fãs te defendendo de tudo lá fora, e aqui dentro tem sua maior fã que vai fazer de tudo por você, aqui e sempre.

As duas se vestiram, se encaixaram numa conchinha e assim dormiram.

Por volta das 10h30, Gil bateu na porta para acordar Sarah para fazer o raio-x e Juliette abriu.

- Ju, você dormiu aqui?

Juliette não respondeu, apenas abriu para ele entrar.

- Acordem, está na hora do raio-x.

Sarah se revirou na cama e sentou em seguida. Gil estava com um semblante sarcástico, sabendo que a noite havia sido longa.

- Ah, esqueci de falar, bom dia meninas!

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