Capítulo 13

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Eu não acredito no que acabou de acontecer. Eu preciso de uma bebida, ou duas, talvez mais. Pego alguns drinks e os viro de uma vez, com certeza estou bêbada. Como ele pôde ter brincado comigo daquele jeito? Eu achei que ele era só mais um garoto fofo e bonito, mas ele demonstrou uma habilidade surpreendente de "destruidor de corações".

-Ei gata! - um garoto loiro me chama.

-Precisa de algo?

-Só da sua boca colada na minha!

-Ai não moço, estou bêbada, muito bêbada, mas não o suficiente para beijar um estranho como você!

-Vem cá gata, chega mais, é só um beijinho!

-Agradeço a oferta, mas não! - ele começa a se aproximar.

-Se afasta, agora! - ele não me obedece, então pego um copo próximo, e jogo bebida em sua roupa.

-Cacete! - ele finalmente sai, reclamando, molhado.

Procuro por um banheiro, para checar minha maquiagem. Enquanto ando, uma garota me chama.

-Você é Alina não é?

-Sou sim, e você, quem é?

-Sou Denise. Era você que estava conversando com Lucas mais cedo?

-Sim, infelizmente.

-Tenho que te falar uma coisa, você só foi mais uma vítima de Lucas Reese!

-Vítima? Como assim, do que você está falando?

-Ah, está bem óbvio não?

-Não!

-Eu realmente vou ter que explicar tudo! Então, Lucas faz as meninas se apaixonarem por ele, apenas por diversão, ele conhece todos os truques. Sabe como falar, quando sorrir, até mesmo quando piscar. Ele começa todo meigo, e vai aumentando a intensidade. E quando você está totalmente na dele, ele te dispensa. Simples assim. - agora tudo faz sentido.

-Desgraçado! Como você sabe de tudo isso?

-Eu já caí no golpe dele, mas agora me divirto vendo outras garotas caindo! - ela solta uma risada.

-Obrigada pela informação, mas você não vale nada não é?

-Não mesmo! Até mais Alina, foi um prazer conhecê-la. - ela sai andando em direção as escadas.

Eu não estava mentalmente preparada para receber essas informações. Era tudo um jogo, desde o começo, da foto, até a nossa dança hoje. Mas tenho que admitir, ele é bom, eu não desconfiei nem por um segundo. Desisto de procurar o banheiro. Acho melhor ir para o hotel. Essa noite foi um completo desastre. Assim que saio da casa, pego meu celular para chamar um táxi, mas o álcool ainda está bem ativo no meu organismo, então os números começam a embaralhar.

-Como se já não estivesse ruim o suficiente! - murmuro.

Acabo optando por ir andando mesmo, o hotel fica a pouco mais de seis quarteirões daqui. Tiro os saltos, prendo o meu cabelo, e começo a caminhar. Demoro mais do que o previsto para chegar. Subo as escadas e vou para o meu quarto. Não troco de roupa, nem mesmo lavo o rosto, apenas me jogo na cama e apago, estou exausta.

Acordo, minha cabeça dói, dói muito, e o quarto está girando. Tenho que tomar um banho, mas será que consigo chegar até o banheiro sem ter uma concussão? Me levanto, apoiando em tudo, é quase uma escalada. Tiro minha roupa e encho a banheira com água fria, para aliviar essa ressaca. Eu nunca mais vou beber na minha vida. Relaxo na banheira, e meus pensamentos chegam nos acontecimentos de ontem. A briga com Lana, e o que quer que tenha acontecido entre mim e Lucas, não consigo definir um adjetivo para isso. Termino o banho, e visto uma short curto jeans, e uma camisa larga cor de rosa, só quero ficar confortável. Ouço algumas batidas na porta, então atendo.

Não tão doce liberdade Onde histórias criam vida. Descubra agora