Capítulo 15

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Pronta para a festa, estou usando um vestido verde esmeralda acetinado, ele tem um decote na perna, dando um ar de sensualidade. Calço saltos altos brilhantes. Meu cabelo está escovado, um liso perfeito. Sei que me arrumei bastante para a festa de sábado, mas hoje, estou maravilhosa. É uma boate de luxo, eu não poderia fazer menos. Recebo uma mensagem de Selene, avisando que já está me esperando na portaria. Desço as escadas, e sua reação faz com que meu ego seja inflado.

-Alina... você está... nossa! Verde com certeza é uma das suas melhores cores!

-Selene! - ela está usando uma saia e cropped pretos, com blaser e saltos da mesma cor. Exalando elegância.

-Vamos, Castian está nos esperando na entrada da boate com alguns outros amigos. - entramos em seu porsche e ela da partida.

-Vamos ficar até que horas? - pergunto.

-Realmente não sei. Mas quais são seus planos para hoje?

-Planos?

-Sim, você pretende ficar muito chapada, quer dançar até não sentir as pernas, ou só quer beijar na boca? O que temos para hoje?

-Com certeza vou dançar, talvez eu beije alguém, talvez não. E você?

-Eu só quero curtir, o que der vontade de fazer, eu faço!

Após alguns momentos de silêncio, ela estaciona o carro. A fachada é incrível, o nome Moon todo decorado com luzes vermelhas. Descemos do carro.

-Boa noite meninas! - Castian nos cumprimenta.

-Boa noite! - um outro garoto diz, acho que nunca o vi.

-Alina, esse é Noah, ele é de Washington. - Selene o apresenta a mim.

-É um prazer conhecê-lo Noah. - digo, pois realmente é um prazer conhecer alguém tão bonito quanto ele. Seus cachos dourados harmonizam perfeitamente com seus olhos verdes e sua pele bronzeada.

-Vamos entrando. - Castian diz.

Entramos na boate, o lugar é imenso. No solo, há várias pessoas dançando. A esquerda consigo ver o bar, e a direita, acima, os camarotes.

-Selene, se nós ainda não somos maior de idade, como entramos? - pergunto, realmente intrigada.

-Noah é o dono do lugar, esqueci de te contar! - pessoas ricas costumam andar com outras pessoas ricas, anotado.

-Vamos para o meu camarote. - Noah diz - É o número seis, aquele com luzes azuis.

Caminhamos até lá e nos sentamos. Daqui consigo ter uma vista panorâmica da boate, e como eu imaginava, também vejo vários rostos conhecidos, como o de Denise, Jena, Diana, é claro, também vejo Lucas, mas eu consigo apenas ignorar sua existência.

-Então Noah - Castian inicia a conversa - Por que você abriu uma boate tão grande em um lugar tão pequeno quanto Corning?

-Na realidade, eu só gostei da cidade, é encantadora! - ele diz a última palavra olhando para mim, e isso me causa arrepios. - Infelizmente não vou ficar aqui por muito tempo, mas o pouco que fiquei, já foi o suficiente. - sorrio, concordando. Corning não é meu lugar favorito no mundo, mas é ótima.

-Alina! Que tal dançarmos um pouco? - Selene sugere.

-Claro! - descemos até a pista de dança, e nos movemos livremente.

-O que você achou de Noah? - ela me pergunta.

-Sinceramente, ele é lindo. Quando eu disse que talvez beijaria alguém, esse alguém com certeza pode ser ele! - rimos juntas - Vou até o bar, quer que eu pegue alguma coisa para você?

-Não precisa, já estou voltando para o camarote.

Caminho até o bar, me desviando de algumas pessoas.

-Ei, barman! - o chamo, enquanto sento em um banco vago.

-Do que a senhorita precisa?

-O que você acha de uma caipirinha? - Noah me pergunta. De onde ele saiu? Não percebi quando ele se sentou ao meu lado.

-Pode ser! - afirmo.

-Então Alina, me fala mais sobre você!

-Sobre o quê exatamente?

-Tudo, primeiramente, você é solteira? - não me seguro, e solto uma risada.

-Não mesmo!

-Nossa bebida chegou - ele aponta para o balcão - Você já viu o tamanho desse lugar? Nem eu acredito que isso tudo é meu! - me distraio olhando para o local, para as luzes e lustres, é remanente enorme.

-Você alcançou uma grande conquista! Meus parabéns! - digo, com sinceridade.

-Por que não fazemos um brinde, a tudo isso, e a termos nos conhecido? - levantamos as taças e brindamos. Noah leva a bebida até sua boca, e a ingere.

Ele me observa atentamente, enquanto levo a taça até meus lábios, mas quando estou prestes a beber, alguém a derruba em meu vestido, e Noah é golpeado com um soco.

-Mas que merda foi essa? - me levanto para tentar analisar a situação. Lucas, foi ele quem causou tudo isso. Ele está no chão, desferindo socos em Noah.

-Desgraçado! - ele diz. Rapidamente, tento levantar Lucas, o impedindo de continuar com a agressão.

-Me solta Alina! Eu vou acabar com ele! - Lucas começa a se levantar, mas logo, Noah inverte a posição e fica por cima dele. Seus golpes são violentos e cheios de raiva. Ele vai matá-lo?

Depressa, um segurança chega, e aparta a briga.

-Senhor, quer que eu o expulse do local? - o segurança pergunta para Noah.

-E você ainda me pergunta? - ele diz, enquanto coloca a mão no nariz sangrando. Noah e Lucas estão destruídos.

-Vamos embora Alina! - Lucas diz.

-Como assim, vamos? Eu não vou a lugar nenhum, eu nem sei o que acabou de acontecer!

-Ah, é claro que não sabe. Só vem comigo, anda! - ele se exalta.

Olho ao redor, Noah já se afastou. Aparente, ninguém notou o espancamento que presenciei, ou apenas não ligam. Meu vestido está molhado, fedendo a bebida alcoólica, amanhã tenho que acordar cedo para ir a escola, além de que ainda tenho que ir trabalhar. Tudo está favorável a ir para casa.

-Vamos, antes que o segurança te leve a força! - digo.

Saímos da boate pelos fundos, o lugar está vazio. São cerca de meia-noite, está bem frio, ainda mais com esse vestido encharcado.

-Você veio de carro? - pergunto.

-Sim, é aquele Jeep Grand Cherokee preto. - ele aponta para o veículo

-Me dê as chaves, eu dirijo.

-Por que?

-Porque eu estou falando que vou dirig- ele joga as chaves para mim, e me diz onde mora, para que eu saiba onde ir.

Entramos no carro, e me dou a liberdade de ligar o ar quente, pois estou congelando, as noites de outono costumas ser assim por aqui.

-Está com frio? - Lucas me pergunta.

-Sim, estou molhada, o que você esperava?

-Calma aí, só fiz uma pergunta - ele tira a jaqueta preta de couro que estava vestindo e me entrega - veste isso.

-Obrigada. - visto a jaqueta por cima do vestido verde. Dou partida no carro e começo a trajetória.

Não tão doce liberdade Onde histórias criam vida. Descubra agora