Capítulo 14

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O beijo foi parando lentamente, separamos os lábios depois de alguns selinhos, abri os olhos, vendo as bochechas coradas de Jisung, eu provavelmente não devo estar diferente, não consegui evitar o grande sorriso que enfeitou meus lábios, recebendo o mesmo de Jisung, não sei o porquê, mas começamos a rir, não aquelas gargalhadas altas, talvez risos de nervoso, realmente não sei o que fazer, nem o que falar. Senti o carinho em minha bochecha e o polegar passando por meus lábios provavelmente vermelhos pelo recente beijo, segurei seu rosto entre minhas mãos, dando um selinho em seus lábios, e mais um e mais outro, enquanto isso dando passos até cair com Jisung no colchão da cama, um ao lado do outro, não sei ele, mas eu estou sorrindo como um bobo apaixonado. Você é um bobo apaixonado, Chenle. Parei com os pensamentos ao sentir a mão quentinha do coreano ao meu lado segurar a minha, entrelaçou nossos dedos e então virei para o olhar nos olhos.

– Seu quarto é bem legal. — Comentou e eu acabei rindo fraco, isso é sério?

– A gente vai falar do meu quarto agora? — Pergunto como se fosse óbvio, acabamos de nos beijar e ele fala do meu quarto... Mas não julgo, estamos ambos sem saber ao certo o que dizer.

– Sobre o que quer falar? — Se sentou na ponta da cama, sendo acompanhado por mim.

– Talvez sobre o que acabou de acontecer?! Por que você me-

– Porque eu gosto de você. — Me interrompeu, me deixando sem palavras.

Minha boca se abre várias vezes, mas nada sai, meus olhos estão um pouco arregalados, estou em choque, meu peito se aquece, uma sensação muito boa me preenche, então é isso que se sente quando tem seu amor correspondido? Jisung resolveu me deixar ainda mais desnorteado com aquele sorriso lindo que deu.

– Eu... eu também gosto de você. — Na verdade amo, te conheço desde há muito tempo. Não posso dizer isso. O mais novo se inclina levemente em minha direção, deixando um selar em minha bochecha e depois bagunçou meu cabelo, nossos papéis foram trocados? Por que eu estou tão envergonhado e ele com tanta atitude? Volte a si, Chenle! – Nossa... Não estou sonhando, estou? — Ri soprado, coçando a nuca.

– Não, é tudo verdade, Lele. — Sorri ao ouvir meu apelido sair da sua boca, o abraço, deitando minha cabeça em seu ombro, esse é meu lugar favorito, estar no abraço único de Jisung.

Ficamos um tempo assim, abraçados, trocando carinho e alguns sussurros, ainda me falta cair a ficha de que isso realmente está acontecendo, não parece verdade, é como se a qualquer momento eu fosse acordar e descobrir que estou com o Jisung dos sonhos e não o da vida real.

– E agora? A gente se gosta, nós somos o que? — Pergunto um pouco confuso, não que seja extremamente necessário ter um rótulo, apenas o fato da minha paixão ser correspondida já me deixa muito feliz.

– Hmmm, namorados? — Pisco os olhos desacreditado, estou sendo pedido em namoro? Se eu soubesse que o dia seria tão perfeito eu teria me arrumado melhor, talvez uma hora decidindo o que vestir para receber Jisung tenha sido pouco.

– 'Tá falando sério? — Talvez eu tenha me mostrado empolgado demais, mas não importa, sempre fui muito transparente em relação aos meus sentimentos, mas isso foi realmente uma surpresa pra mim.

– Bem, sim, eu gosto de você, você gosta de mim, por que não? Oh, eu não perguntei se você quer.

– Bobo, é claro que quero, por que não iria querer? — Seguro sua mão, fazendo carinho nela. – Então é isso, estamos namorando, acho que vai demorar um pouco pra cair a ficha.

[...]

– Ei! Não acredito que fez isso. — Ri, sacudindo a cabeça para me livrar pelo menos um pouco da farinha que Jisung jogou ali, não deixei de dar o troco, só que joguei uma quantidade maior e então uma guerra de farinha pela cozinha começou. – Você 'tá parecendo um fantasma, chega! — Gargalho, o coreano está totalmente branco.

– E acha que você não está também? — Também riu e então paramos de farra para ir colocar o bolo que decidimos fazer no forno.

– Prontinho, agora só tem que esperar uns minutinhos. — Olho para nossos corpos sujos e depois para o chão da cozinha, uma verdadeira bagunça, uma ideia se acende em minha cabeça e eu sorrio divertido. – Tive uma ideia! — Seguro na mão de Jisung, correndo em direção ao quintal de trás da casa.

– Pra onde você 'tá... Chenle, não! — Grita ao perceber que estamos cada vez mais perto da piscina, tarde demais para protestar, pois agora já estamos debaixo da água da piscina, com a roupa ensopada. – Você é louco! — Escuto sua risada gostosa quando tiramos nossas cabeças de dentro da água.

– Pode ir se acostumando, porque agora você namora o louco aqui.

Me aproximo dele, deixando um breve selinho em seus lábios, depois ele jogou água na minha cara e começamos uma guerrinha de água, sinceramente, ele é um crianção, sempre começando essas brincadeiras, mas bem, é por esse jeitinho pelo qual me apaixonei. Como deixamos um bolo no forno não ficamos muito na piscina, fomos para meu quarto para nos secar e trocar a roupa e depois limpamos o chão da cozinha.

– Eu coloquei sua roupa pra lavar, segunda eu devolvo na escola, pode ser?

Falo enquanto faço a cobertura do bolo e Jisung concorda, não demorou para terminarmos o doce, o deixando na geladeira por ainda estar muito quente. Fomos pra sala e liguei a tv, navegando pelos filmes, tentando escolher algum junto com o coreano.

– Dessa vez vamos assistir uma comédia romântica, viu? Nada de filme cheio de tiros e sangue.

– Mas esses filmes são todos iguais! Sempre o mesmo clichê. — Disse emburrado, cruzando os braços e com um leve biquinho, eu poderia ir apertar suas bochechas se ele não estivesse criticando meu gênero de filme favorito.

– E filmes de ação não são sempre a mesma coisa? Sempre um bando de caras matando outro bando de caras!

A pequena discussão durou mais um tempo, até Jisung ceder para Chenle, afinal ele escolheu o filme no primeiro encontro deles - Chenle também reclamou sobre essa escolha.

Chenle foi buscar o bolo antes que o filme começasse e então eles comeram durante o início. O filme estava no final e por causa do meu coração mole eu estava chorando, mas só um pouquinho, bem pouco mesmo, Jisung estava com cara de tédio, que garoto insensível!

– FInalmente a tortura acabou. — Jisung comentou maldoso e eu revirei os olhos.

– Cala a boca! — Tentei parecer bravo, mas claro que não estava de verdade.

– Vem calar. — Me olhou desafiador e com um sorrisinho de canto, abusado, ri baixinho e me arrastei no sofá para diminuir a distância que já era pouca entre nós e o dei um selinho. – Só isso?

Neguei com a cabeça, cadê Jisung tímido? Acho que ele some quando estamos juntos. Ele mesmo sela nossos lábios novamente, um beijo calmo e apaixonado, vou ficar mal acostumado se continuar assim, sempre recebendo e dando beijos. Ficamos mais uma vez assim, trocando carinhos e beijos, minhas pernas estavam em cima das de Jisung e ele tinha sua mão pousada em minha cintura enquanto trocamos olhares depois de mais um beijo, quando ouvi o barulho da porta da sala abrindo, eles entraram tão rápido que eu mal pude raciocinar direito.

– Chenle?!

Dei um pulo ao escutar a voz, me levantando rapidamente, sendo seguido por Jisung, droga, o dia estava sendo perfeito demais pra ser verdade.

– M-mãe, pai??

escrevi o beijo do cap anterior e metade desse cap escutando playilist de música triste de dorama amaro? chensung boiolinhas se beijando o dia todo e chenle sendo chutado do armário por ele mesmo. me contem, como vocês acham que vai ser a reação dos pais dele ao chenle contar que namora um garoto??

My Sweet Dream - chensung/chenjiOnde histórias criam vida. Descubra agora