Capítulo 22 (final)

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Os sete garotos andavam juntos pelas ruas iluminadas de Seul após terem se divertido, agora já era fim da noite, seus pais mandavam mensagens para que voltassem às suas respectivas casas por estar tarde, decidiram pedir um táxi, um para cada casal e um para o confuso trisal que ninguém entendia além deles mesmos.

Se despediram quando os carros foram chegando um atrás do outro, os últimos a irem foram Jisung e Chenle.

— Dorme em casa hoje? — pediu o coreano, a voz grave e rouca por ter falado em tom baixo.

— Como adivinhou que já deixei avisado que eu não iria voltar pra casa hoje? — perguntou retoricamente e sorriram juntos, adoravam aquela conexão pra lá de especial que tinham. Levou poucos minutos até chegarem a casa de Jisung, dividiram o valor do táxi, mesmo com Chenle insistindo para que pagasse sozinho.

Ao adentrar a casa tiraram os sapatos e fizeram silêncio no caminho até o quarto para não acordar Taeyong e Ten. Enfim no quarto, o chinês pegou um pijama do namorado e foi no banheiro do quarto se trocar, ele poderia muito bem deixar um seu para quando fosse dormir ali, mas gostava muito de usar as roupas de Jisung, além de ficarem um pouco maiores que as suas no corpo, continham o cheiro do namorado, este que também trocava de roupa no quarto.

Se deitaram juntos, aconchegando-se um nos braços do outro, o menor recebia um cafuné gostoso nos fios agora tingidos de marrom claro.

— Passaram quatro meses... — disse Chenle de olhos fechados enquanto aproveitava o carinho.

— Pois é, o tempo voa, não é? E aconteceu tanta coisa, já estamos no final de outubro, está sendo um ano e tanto.

— Me mudei, fiz novos amigos, conheci o amor da minha vidinha.

— Fofo. — Apertou as bochechas do mais velho.

— Ai chega isso 'tá muito boiola, não gosto de gay. — Saiu dos braços largos rindo baixo e se enfiou debaixo da coberta.

Jisung se limitou a rir, inclinou-se para apagar o abajur na mesa de cabeceira e voltou a abraçar o namorado, agora por trás.

— Ten está morando definitivamente aqui agora?

— Ao que parece, sim. Acredita que um dia eu chamei ele de paidrasto e ele chorou? Eu fiquei tão preocupado, mas era de felicidade.

— Ele é uma gracinha, deve ter ficado preocupado com sua aceitação, sei lá, deve ser complicado namorar alguém que já tem filhos quando eles agem mal.

— Eu gosto dele, ele está fazendo bem 'pro meu pai, nunca o vi tão feliz.

— É ótimo ver que as coisas estão dando certo 'pra todo mundo, nós, seu pai e nossos amigos.

Não estavam com tanto sono no momento, então começaram a assistir um dorama que haviam comentado há poucos dias, mas o segundo episódio mal tinha começado e já estavam bocejando.

— Não íamos maratonar?

— Você aguenta?

— Não. — riu, se aconchegando melhor entre os braços do namorado.

— Te vejo nos meus sonhos. — beijou a testa do menor, que lhe roubou um selinho.

— Boa noite.

— Não aguento mais ver sua cara. — disse Chenle, brincando, ao reencontrar o coreano no sonho.

— E quem disse que eu quero ver a sua? — Cruzou os braços com a feição debochada.

— Tribufu. — Bagunçou o cabelo de Jisung.

Olharam em volta para ver o "cenário" do sonho, entrelaçaram os dedos, começando a andar em passos lentos pelo local que ambos tinham a impressão de que não lhe era estranho, pararam em frente a um parquinho, se entreolharam e sorriram de orelha a orelha na mesma velocidade em que ficavam emocionados.

My Sweet Dream - chensung/chenjiOnde histórias criam vida. Descubra agora