Norte e oeste (parte 1)

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    Os sons de pessoas correndo pelas matas da densa floresta aumentava a cada passo que era dado pelo grupo de seis pessoas. A adrenalina estava a mil, assim como a respiração e os batimentos cardíacos de cada um.

Enquanto a assassina ia na frente, comandando os passos de cada um, os outros seis faziam questão de pisar exatamente no mesmo lugar que Psy pisava antes. A assassina conhecia bem a floresta, e sabia o que estava fazendo.

Na velocidade em que estavam correndo, não iriam demorar nem um terço do tempo que levaram para chegar até o lago. Só que aquilo não era o suficiente. Psy estava correndo de forma muito mais lenta do que conseguia apenas para que os outros pudessem a acompanhar. Se continuassem naquele nível, a assassina não teria nem cinco segundos para entrar no bunker, abrir o quarto de (seu nome) e sair com todos estando devidamente seguros. Tinha que pensar em um plano, e deveria ser rápido.

—Preciso que vocês sejam mais rápidos! — gritou Psy. —Eu preciso de vocês seguros quando chegarmos ao bunker!

—Você tem alguma coisa em mente?! — questionou Cleo, que estava visivelmente aflita e extremamente cansada.

—Algo que possa nos salvar e impedir que não sejamos presos por acobertar um hacker e uma assassina?! — questionou Thomas, que estava do mesmo modo que Cleo.

—Eu tenho algo em mente, mas acho que só posso chegar perto de realizar a parte em que todos nós, incluindo o Jake e a (seu nome), estamos a salvo. — respondeu Psy.

Não. Ela não tinha absolutamente nada em sua mente.

Cada centímetro de seu corpo gritava para ela correr e dizer isso para qualquer um que estivesse com ela.

Teria que fazer uma das coisas que mais sabia fazer melhor: improvisar.

Diversas possibilidades de situações futuras já passavam pela sua cabeça. E algumas ideias já surgiam caso essas situações realmente acontecessem com eles naquele momento. Só que ela tinha que ter muito cuidado com o que poderia acabar fazendo durante todo o seu improviso. Não poderia esquecer de que não estava sozinha dessa vez.

Quanto mais se aproximavam do bunker, mais tensos e cansados eles ficavam, enquanto o governo só parecia mais e mais determinado a conseguir pará-los.

Depois de quase vinte minutos, finalmente estavam se aproximando do bunker, e agora seria o momento que Psy teria que começar o seu improviso. Avaliou bem a situação e decidiu seguir pela pior ideia se estivesse em um filme de terror:

—Galera, não temos muita escolha, precisamos nos separar. — disse Psy. —Jessy, Richy e Thomas, sigam para o norte. Lilly e Cleo sigam para oeste.

—O que fazemos depois?! — perguntou Lilly

—Procurem um lugar seguro para se esconderem. Garantam que tomaram uma boa distância e esperem por reforços. — orientou Psy. —Eu pedirei para o Jake e a (seu nome) irem para o oeste para se juntarem a você e a Cleo. Assim como eu irei para o norte junto da Jessy, Richy e Thomas. — Psy suspirou fundo para tentar convencer seu corpo de que aquilo realmente poderia dar certo. —Serão dois grupos de quatro pessoas. Pelo menos até termos notícia do Phil e do Dan.

O sangue de Jessy gelou e toda a sua pele ficou tão branca quanto neve.

—E se eles forem para o bunker nos procurar?! — Jessy parou na frente de Psy e colocou a mão em seus ombros. —Eles não sabem o que está acontecendo! Precisamos deles conosco!!

Psy tirou as mãos de Jessy de seus ombros e segurou seus pulsos

—Jessy, eles estão mais seguros sem nós. Se eles forem para o bunker e o governo ainda estiver lá, eles vão saber improvisar e fugir a tempo. — disse Psy. —Vai dar tudo certo. Confie em mim

Um mistério no amor - DuskwoodOnde histórias criam vida. Descubra agora