Leo - I

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   Eu estava olhando pela janela, alguma coisa em mim dizia que o pátio vazio ou o horizonte era bem mais divertido de se ver do que a aula. Só que havia algo me chamando atenção logo a frente, uma coisa parecida com consciência me dizendo para olhor a frente antes que o professor chegasse, essa voz era Luciano.

   - Posso saber o que há de tão interessante lá fora? - perguntou já na minha frente - A minha aula é aqui dentro.

   - Para falar a verdade, tem nada lá - respondi indiferente -, mas mesmo assim é mais atraente.

   - Como disse?

   - Eu só respondi sua pergunta - falei seco, mas eu já ouvia risos - repito se quiser.

   - Eu posso saber onde se encontra a sua educação?

   - Não estava na sua tediosa aula.

   - Senhor Leandro por favor retire-se da minha tediosa aula e vá para a direto.

   - Sob a acusação de?

   - Não sei, talvez pela aula ser tediosa - falou ironicamente.

   - Ok.

   - Ok o que?

   - Cara a sua aula é chata e você é lerdo! - me levantei e fui saindo da sala - Pode deixar que falo para o diretor que você mesmo acha sua aula tediosa.

   - Volte aqui e fale direito comigo!

   Sai da sala e me encontrei com o diretor, sem perguntar nada me apontou a sala r me mandou voltar, deveria ser a quarta vez que eu era mandado para a sua sala naquela semana e ainda era uma quarta-feira. Entramos novamente na sala e o professor nos oulhou com desprezo, na verdade olhou para mim com desprezo, para o diretor ofereceu um sorriso.

   - Professor - chamou gravemente - Posso saber o motivo deste aluni ter saído da sua aula pela segunda vez?

   - Pelo mesmo motivo que a última, mas se preferir ele pode lhe explicar melhor.

   - O profs me mandou lá para te falar que a aula dele é tediosa, mas mesmo ele sabendo disso me mandou pra sua sala por não prestar atenção.

   - Ora seu...

   - Contenha-se senhor Grey - o diretor o cortou secamente - estamos em uma sala de aula.

   - Claro senhor Paládio - disse mantendo a conpostura - eu gostaria que ele não assista mais as minhas aulas.

   - Passe na minha sala, assim resolveremos isso.

   Ambos me ignoraram como se eu não fosse o assunto ou objetos em discussão, mas eu não estava prestando atenção na briga em si, eu olhava como o senhor Grey estava. Quando ficava nervosi seus olhos ficavam mais vivos, a culpa não é minha por perceber isso. Em uma discussão com ele eu olhava o nada com indiferença, mas epe me forçou olhar em seus olhos. Não demontrei nada, eram somente bonitos de se ver e legal de irritá-lo.

   Fui parar na sala do diretor e fiquei sentado sozinho no sofá, qual o motivo de agora? O professor me perguntou o que eu achava da sala do diretor, respondi que era macia e confortável por lá ter um sofá e não cadeiras de madeira. Esperei a conversa do diretor com o professor Grey terminar e me levantei para entrar.

   - Tcs, petulante - ele pronunciou ao passar por mim e deu um sorriso vitorioso.

   - Leandro, você deve respeitar mais seus professores, você sabe o que este me pediu?

   - Não. Me chame de Leo.

   - Que você não vá mais às aulas dele, que você fique do lado de fora da sala até ele sair. Por culpa de comportamentos como este.

   - Ótimo.

   - Como ótimo? Suas notas em química já não são boas.

   - Porque eu não quero tirar notas altas - isso era verdade, eu sabia a matéria sobre não gostava do professor.

   - Em todo o meu tempo de escola nunca alguém me disse com esta convicção que é um péssimo aluno porque quer.

   - Não é culpa minha isso, mas eu não me importo. Ficarei fora de aula dele.

   - E a matéria que ele passar? Não permitirei que um aluno fique de devaneios na minha escola.

   - Eu pegi ela depois, agora tenho qie voltar à minha prisão.

   - Mais respeito menino! - gritou impondo respeito e já voltando ao tom normal - Ainda sou o diretor desta escola.

   - Ok, com a sua licença, mas tenho que me retirar. Até mais tio.

   - Darei um jeito nisso, mas não por ser meu sobrinhi e sim por ser meu dever como diretor deste internato.

   Sai da sala e escutei ele me chamndo de abusado e mal educado. Eu era o único filho do seu único irmã, e me aproveitava dessa situação não é tão fácil se manter nesta escola concorrida, contudo atormentar o s outris é um pouco mais agradável. Assim eu tenho amigos, popularidade e uma fama de mal.

   O diretor ligou para o meu pai e explicou que eu seria obrigado a ter aulas com alguém da sala, a pessoa seria voluntária, mas se eu pudesse teria que dar algum tipo de remuneração. Meu pai me ligou de volta somente para brigar comigo e dizer que eu teria que pagar com a minha mesada já que ele já paga a escola. Devia ser uma menina, e se fosse é só dar um pouco em cima que ela cairia aos meus pés.

   Desde o primeiro ano do ensino médio nenhuma garota (ou garoto) havia me dado em fora, mas só fiquei com uma a primeira e a última. Assim descobri que gosto de um porte físico mais forte, algo mais masculino.

   Minha primeira aula fora de sala, fui para o pátio, mas me mandaram voltar, eu não podia sair da porta. Meu querido amigo chamado celular me acompanhou nestes minutos de aula. E sim foi a melhor aula de química que eu tive até hoje, mas eu sinto que as próximas serão bem melhores do que essa.

~ Mei

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