Atacá-lo era pouco para que eu iria fazer. Tudo bem que ele podia estar confuso com alguma coisa dentro dele, mas me beijar não iria ajudar nenhum dos lados. Ele que começou, acho que eu já estava com vontade de experimentar aquela boca rosada e segurar suas largas costas... Foi ele quem me atiçou por um bom tempo, ele é meu melhor e mais velho amigo, mas não perceber seu crescimento foi impossível. Ele era uma cara gostoso, bonito, legal, interessante e hétero, eu respeitava isso. Até o maluco me atacar enquanto eu desabafava em seu colo.
Eu estava com um moletom e camiseta larga, Luc estava somente de moletom e de bruços. Um de seus braços estava acima da cabeça o outro ao lado do corpos. Igualei nossas situações, retirei a blusa deixando meu corpo amostra. Um pequeno feixe de luz, proveniente da luz da rua, iluminava o quarto. Sem dar qualquer aviso, montei nele, com as minhas pernas prendendo às dele e as mão sendo seguradas sobre a cabeça.
- Leandro, o que... - começou a dizer meio assustado.
- Shiu... - sussurrei perto de seu ouvido, e colando nossos corpos - não se assuste...
Ele confirmou com a cabeça, me surpreendendo. Comecei a acariciar seu pescoço com a língua, a noite estava um pouco fria e a pele molhada o proporcionou alguns arrepios, contraindo seus músculos. Não contente apenas com isso, mordi a região do maxilar, seu rosto de lado me ajudando um pouco. Sua respiração alterou, mas ainda podia sentir seu nervosismo, aliás era sua primeira experiência.
- Luc - chamei tentando virá-lo e sentei na cama - olhei para mim.
Ele olhou receoso, acariciei sua pele macia, Luc estava tenso, mas aos meus toques relaxava um pouco. Segurei levemente seu queixo para que me visse aproximando, parei poucos centímetros antes de sua boca, adorava o jeito que todos ficam quando faço isso. Luciano avançou, mas eu recuei o deixando um pouco confuso, eu mandaria na situação. Quando ele iria dizer algo o calei com meus lábios, invadindo sua boca com minha língua sem pedir permissão alguma.
Ele se assustou de princípio, estava paralisado, parecia que era o seu primeiro beijo. Com o tempo, Luc correspondeu ao beijo, não demorou muito para ele se agarrar em meu cabelo pedindo por mais. Como de praxe negei e descolei nossos corpos.
- Puta merda Leo - falou segurando meus ombros me puxando para perto dele - não vai fazer jogo duro.
- Vou sim - falei contornando seu lábio inferior com o indicador e abaixando o olhar - pelo visto não é só meu jogo que está ficando duro.
Luc corou violentamente e eu estava adorando aquilo. Aproveitando seu descuido o empurrei prensando seu corpo contra a cabeceira da cama. Mordi seu pescoço perto da clavícula, deixando uma fraca marca, beijei o local e observei sua reação. Eu nunca vi alguém com aquela expressão quando não estava gostando. Passei uma das mãos sobre o seu abdômen, sentido seus músculos contraindo ao sentir meu toque.
- Se quiser que eu pare - que merda eu estava dizendo, não perder o único amigo era bom - é só dizer.
Ele inverteu as posições, me colocando deitado em sua cama e Luc por cima, eu não devia ter me distraído. Com um lindo sorriso carregado de desejo ele me beijo, com ferocidade, nossas línguas disputavam para saber quem comandaria o beijo. Exploravamos a boca um do outros com curiosidade e pressa, quando pensei estar no controle, Luc chupou minha língua. Um arrepio percorreu minha coluna em milésimos de segundos, mas eu não cederia.
-x-x-
Em suma, passamos um tempo "lutando" para ver quem mandaria naquela noite. Eu, modéstia parte, se tivesse mandado em tempo integral teria sido melhor. Não que eu não gostei de ter descoberto este lado do Luciano, só que ele aprenderia que quem manda sou eu. No fim ficamos deitados em minha cama, ela estava mais perto e mais arrumada do que a outra. Ficamos um de frente para o outro, com as pernas entrelaçadas e as testas coladas. Sem quebrar o contato visual.
Dormimos nesta posição, nada convencional, e acordei sendo usado como cobertor por Luc. Seria bom, se ele não se mexesse tanto. Pela primeira vez em todo o colegial eu acordara antes de Luciano, levantei com cuidado e fui ao banheiro. Olhado para ele, que ficara do mesmo jeito que estava.
Durante o banho escutei ele acordando, como? Bem, digamos que ele chutou cama e xingou. Continuei no chuveiro tranquilo, se ele não estivesse bem eu saberia. Eu já estava acostumado com o "pós", mas como ele não seria meio complicado para se acostumar. Quando já estava terminando o escuto batendo na porta. Estranho, por que ele nunca foi deste de ter vergonha ou pudor de entrar quando eu estava pelado. Principalmente depois de ontem.
Me virei para dizer que logo sairia quando um vulto na porta me esticando uma toalha.
- Luc por que está estranho? - perguntei normal me enrolando na toalha sem sair do box
- Porque não é ele - uma voz mais grave do que a dele - sou eu Leandro.
Paralisei por alguns segundos até compreender que era o meu tio. Sai do chuveiro sorridente, já havia planejado uma desculpa perfeita para as marcas em nossos corpos.
- Oi tio - falei triunfante, enquanto Luc me encarava incrédulo - porque veio me visitar tão cedo?
- Seu viado desgraçado - falou me prensando na parede segurando meu pescoço - como pode ter dado a bunda na minha escola?!
- Espere um pouco - tentei persuadi-lo antes que me inforcasse - o senhor acha que eu comi ele?
- Você acha que meu colégio é motel pra bixa?? - falou presionando mais minha garganta
- Quem disse que eu peguei o Luciano? - questionei realmente acreditando na minha mentira.
- Você esqueceu de dois detalhes - apertou mais meu pescoço me deixando com pouco ar - você estão em um internato e existem pessoas que escutam ao lado.
- Eu peguei a chave e trouxe duas meninas aqui - forcei para o som da minha voz sair - depois deixei elas sairem pelo portão de trás.
- É mesmo? - perguntou soltando meu pescoço e eu pude respirar novamente.
- Sim - respondi vendo alguns arranhados em minhas costas - ou acha que ele me arranhou?
- Duvido, cadê estas meninas? - ameaçou bater em Luc e voltou a atenção à mim.
- Saíram no meio da noite, tinham que voltar para casa, infelizmente...
- Quero vê-las - ordenou soltando a gravata.
- Elas têm aula, mas posso trazê-las depois.
- Depois da aula quero os dois aqui para que eu as conheça...
- Sim senhor - respondemos uníssono - algo mais?
- Os celulares - nós dois entregamos e ele sorriu - só isso. Ah! Sim, se isso for verdade você me dá orgulho Leandro.
Ele se foi e o silêncio entre eu e Luc não durou 5 segundos. Luciano jogou o que podia em mim, me chamando de idiota, o que realmente era, babaca, e que era muito bom beijar minha boca. Está última parte foi porque beijá-lo foi a única solução que achei para calar a boca dele. Idiotice enorme foi ter feito isso no quarto e mesmo que as paredes abafem boa parte do som, o volume que estava não ajudou muito.
Durante às aulas peguei o celular emprestado do Thiago, e expliquei tudo para Camila e ela concordou em ajudar. No fim da aula resolvemos este problema. Saí da sala como pegador e meu tio estava contente, possivelmente fiz uma festinha no meu quarto e tinha me tornado um homem...
Para comemorar sairiam os para um jantar dos dois casais, casais? Eu e Luc estávamos juntos?!?! Bem, paguei um restaurante bom para os quatro, agradecendo a ajuda e assim nos tornamos bons amigo. Luciano passou a me acordar de um jeito diferente a cada dia, e bem já faltamos muitas primeiras aulas...
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Olá, tudo bem? Notas: A imagem do capítulo é SouMako (Free); Farei uma one contando bem detalhada está noite, portanto não me matem :3 ; As coisas vão esquentar agora >•<Obs: Desculpe-me pelos erros
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Apenas Opostos
RandomJá parou para pensar que tudo na vida está pré determinado? Crescer, estudar, se formar, trabalhar, talvez encontrar alguém e fazer uma família. Eu não quero fugir dessa vida monótona, a não ser por um detalhe, já encontrei esse alguém. Só que ele...