Mike - 4

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Eu caminhava convicto em direção a biblioteca, os pés batendi contra o piso de madeira do corredor. Os alunis corriam contra mim, doidos para terminar o dia. O horário das aulas tinha acabado a pouco e todos estavam livres para curtir o fim de semana. Menos eu. Eu ainda tinha um compromisso.
Entre na sala, livris de todos os tipos se enfileravam em cima das prateleoras compridas de madeira velha. A biblioteca estava praticamente vazia com exceção à própria bibliotecária.
Era óbvio que ele atrasaria.
Comprimentei Laura com um aceno de mão ela sorriu de volta, se aproximando:
- Olá Mike, o que pretende estudar hoje? - perguntou com um sorriso simpática terminando de ajeitar alguns livros em uma prateleira.
Laura não era uma velha toda rabugenta como muitas bibliotecárias, pelo contrário, tinha uma beleza normal, com cabelos loiros sempre presos em um coque bem arrumado. Devia ter entre 25 e 30 anos e tinha um roato inteligente.
- Hoje vou ensinar, não aprender - eu disse fazendo careta.
- Qual o problema, querido? Você qdora das aulas. - Laura comentou educadamente. Eu já podia considerá-la uma amiga. Sempre que podia eu ia até ali depois das aulas para ler e ficava conversandi com ela na biblioteca já normalmente vazia.
Contei toda a história para ela, enquanto Leandri não chegava. Ela simplesmente ouviu tudo sem fazer nenhum comentário. No fim das lq assentiu e disse:
- A melhor qualidade de um professor é a paciência com seus alunos. Tenha calma com o Paládio, talvez ele seja muito mais do que só um badboy e vocês acabem por ser ótimos amigos, que tal?
- Quem vão ser amigos? - perguntou uma teiceira voz - Hein?
Olhei para trás já sabendo de quem se tratava. Leandro estava parado à porta da biblioteca segurando um enorme copo de milk-shake de morango. Seus cabelos estavam desarrumados e mais parecia um ninho de passarinho não sei com intenção ou não.
- Já não era tempo - eu disse afastando-me do balcão onde laura estava.
- Reclama não, hoje é sexta, matei a última aula e tenho que ainda vir aqui... Ah! Agradeça ao Luc, pois ele que me acordou e me lembrou daqui - Isso explica o cabelo, pensei.
- Trinta minutos pra acodar?
- Não, trinta minutos porque queria um milk-shake - Leandro se aproximou de onde eu estava - Vamos Mickey. Quanto mais rápido acabar melhor tenho coisas a fazer de noite.
Fomos então à uma das grandes mesas de madeira da biblioteca e sentamos um de cada lado. Paládio sugava seu milk-shake bem abaixo de uma placa que proibia alimentos no local. Laura não impediu, simplesmente, se virou e voltou à seus deveres nos deixando para o eatudor.
Abaixei, abrindo minha bolsa e tirando meu caderno de química e colocando na mesa junto com a apostila teórica.
- Estamos em uma biblioteca temos o material que precisamos aqui, pra que apostilas?! - ironizou. A sua frente estava apenas um caderno e uma caneta preta.
Não respondi às suas brincadeirqe simplesmente terminei de me ajeitar e disse:
- Vamos começar então.
Abri mei caderno na matéria da última aila do senhor Grey e comecei a explicar:
- Bem, o Sr. Grey falou sobrr Cálculos Estequiométricos envolvendo reagentes em. - fui interrompido por Leandro sugando o final de seu milk-shake de motango e fazendo aquele barulho alto. Esperei ele parar - reagente em. - ele me interrompeu novamente - em... - de novo - em excesso! - gritei irritado olhando para ele.
- Mickey acho que não pode gritar em uma biblioteca... O que foi? - perguntou com um sorriso torto "inocente". Olhei para ele sério.
- Paládio, se não quiser ser suspensi é melhor começar a cooperar, seu tio veio falar comigo e disse que qualquer problema que tivéssemos aqui, seria o suficiente para suspendê-lo - aquilo era mentira, mas eu esperava que aquilo o controlasse - Durante essa aula eu não serei o "Mickey" - fala sério - meu nome é Michael Yew, não vou tolerar gracinhas!
Leandro começou a me olhar por poucos segundos... antes de começar a rir. Tentei manter minha pose dr superior, mas a gargalhada dele não estavam ajudando. Ele já limpava as lágrimas de tanto rir quando empurrou as coisas da mesa para o lado e se aproximou abruptamente de meu rosto segurando-o com a mão a menos de 10 cm do seu rosto. Meu coração acelerou.
- Mais alguma coisa? Que eu o chame de senpai também? - disse com um sorriso torto e voz séria.
Eu queria falar algo que mantesse minha pose de "senpai", mas monha boca não formava as palavras. Tão rápido quanto se aproximou Leandri sentou-se me deixando pasmo por poucos segundos. Pisquei um pouco antes de voltar a me concentrar nos cadernos.
Continuei a explicar a matéria e dessa vez Leandri não abriu a boca.
Depois da aula voltei ao meu dormitório para me arrumar. Ainda tinha uma festa para ir.

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