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Ps: Para todos os garotos que eu já amei

"Começos são sempre melhores do que términos"

Estou sentada em uma das mesas da biblioteca, completamente imersa nas páginas do meu livro. Cada palavra salta dos capítulos, envolvendo minha mente em uma narrativa cativante. A atmosfera tranquila da biblioteca me faz sentir um senso de paz e escape.

Enquanto mergulho na história, percebo passos se aproximando. Apesar da distração, decido ignorar a interrupção e me manter concentrada na leitura. No entanto, os passos se detêm à minha frente, e eu ergo os olhos do livro, encontrando o rosto de Kyung. Seu semblante denota uma mistura de hesitação e incerteza.

Kyung coloca seus dedos na mesa, demonstrando sua inquietação. Ele parece não saber como agir ou o que dizer. Por um instante, seu olhar se conecta ao meu, mas eu retorno rapidamente minha atenção ao livro, tentando ignorar sua presença.

Kyung- Eun Danoh... -Chamou minha atenção novamente. Eu o encaro por um breve momento, mas volto meus olhos para as palavras impressas no papel.

Eu- Você veio se desculpar? Tudo bem, você não sabe fazer isso porque você nunca fez antes.

Kyung- Você está bem? -Fiquei em silêncio por um tempo, e o olhei balançando a cabeça negativamente.

Eu- Não estou bem, já tenho dor o suficiente com essa doença, e meu pé dói demais -Ele me olhou sem saber o que dizer.

Eu- O que foi? Surpreso por não ter ouvido o que queria? -Kyung ergue as sobrancelhas, incrédulo com minhas palavras e minha atitude desafiadora.

Kyung- O que há com esse tom? Você nunca fala assim comigo. -Observo minhas mãos inquietas.

Eu- Por favor, vá embora. -Ouvi ele suspirar. Embora minha raiva seja evidente, uma parte de mim se pergunta se suas palavras e ações refletem uma mudança genuína. Mas, por enquanto, preciso me afastar e proteger meu coração ferido.

Kyung- Você pode me ouvir? -Kyung, em um ato impetuoso, agarra meu braço com força, fazendo com que meu pé toque o chão de maneira brusca. Uma expressão de dor se forma em meu rosto enquanto me solto de seu toque.

Eu o encaro com olhos cheios de indignação e ressentimento, sentindo as lágrimas de raiva se formando em meus olhos.

Eu- Por que você é assim? Você se sente bem ao ver os outros sofrerem? Estava tudo bem enquanto você não fizesse nada na sombra, mas você sempre tem que fazer isso. -Meus olhos lacrimejaram de raiva.

Eu- Eu esperava que você fosse diferente do personagem criado pelo escritor, mas é o mesmo. -As lágrimas teimosas escorrem pelo meu rosto enquanto desvio o olhar, sentindo-me profundamente decepcionada.

Eu- Apenas vá embora e me esqueça. Eu não suporto mais isso. -minha voz falha ligeiramente, e xingo-me mentalmente por parecer vulnerável diante dele. Coloco minhas mãos nos olhos, tentando conter as lágrimas e evitar seu olhar desprezível.

Escuto os passos de Kyung se afastando, e, com o canto do olho, percebo que ele já não está mais presente.

Eu- Idiota. -Murmuro, enquanto ajeito meu cabelo com as mãos. Por um momento, fecho os olhos, permitindo-me descansar, enquanto acaricio meu próprio cabelo, buscando algum conforto. Inevitavelmente, acabo adormecendo sobre a mesa da biblioteca.

SAGAK!

Eu não consigo encontrar um minuto de paz neste mundo agitado. Estou sentada na arquibancada do ginásio, acompanhando uma partida de basquete feminino. Ao meu lado estão Suchul e meus colegas, todos animados com o jogo que está prestes a começar. 

Haru Found By ChanceOnde histórias criam vida. Descubra agora