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Enquanto caminhávamos pelos corredores da escola, os pensamentos emaranhados em minha mente, a voz suave de Haru me tirou do devaneio.

Haru- Danoh-yah? -Ele me chamou, e virei meu rosto para encontrá-lo com um olhar espantado, curiosa sobre o que ele queria dizer.

Eu- Sim? Sobre o que estávamos falando mesmo? -Perguntei, esforçando-me para recordar o assunto anterior da conversa. No entanto, um sorriso brincou nos lábios de Haru, e sua risada contagiante ecoou pelos corredores.

Haru- Nada demais. Sobre tudo e nada ao mesmo tempo. -Ele respondeu com um brilho caloroso nos olhos. E assim era com Haru nossas conversas eram uma mistura encantadora de momentos profundos e momentos descontraídos.

A noite havia caído, e a biblioteca se tornara nosso refúgio. Lemos até tarde, imersos em páginas repletas de aventura e romance, compartilhando risos e reflexões sobre os personagens fictícios que se tornavam quase reais em nossa imaginação.

Quando finalmente decidimos partir, notei que o motorista estava esperando na frente da escola para me levar para casa. Haru gentilmente se ofereceu para me acompanhar até a entrada. Não era a primeira vez que ele fazia isso; sua preocupação e gentileza eram constantes em nossa amizade.

Haru- Você está meio distraída, está pensando no desenho de Junhyung?
-Haru perguntou com um tom afetuoso, percebi que estava certo. Meus pensamentos não se acalmavam, e a imagem do desenho feito por Junhyung persistia em minha mente.

Eu- Apenas estou preocupada. -Confessei, apertando a alça da mochila em minhas costas como um reflexo nervoso. O desenho tinha mexido comigo de maneira inexplicável, deixando-me inquieta e com um sentimento de que algo importante estava oculto naquelas linhas e traços. Haru colocou delicadamente a mão em meu ombro.

Haru- Não pense muito nisso, isso só vai te deixar mais ansiosa. Acha que seu coração aguenta? -Lançou uma provocação com um sorriso travesso nos lábios, capaz de desestabilizar meu coração. Ele sabia como provocar e brincar comigo, e eu não conseguia evitar sorrir, mesmo que minha mente estivesse inquieta com os mistérios envolvendo Junhyung.

Eu- Você está certo, não acho que meu coração aguenta tanto estresse. -Concordei, chutando o chão de leve enquanto caminhávamos lado a lado, nossas risadas ecoaram pelo corredor

Eu- Me pergunto o que acontecerá agora. O palco está mudando, não sabemos para que caminho iremos, se vamos continuar nesse caminho que estamos, se o escritor trilhará um novo caminho ou se nós mesmos trilharemos nosso próprio caminho. -Haru me fitou com aqueles olhos calmos e perspicazes, capturando minha atenção e fazendo meu coração se agitar mais uma vez. Rapidamente, desviei o olhar, sentindo meu rosto esquentar. Sua proximidade sempre me fazia perder um pouco do controle sobre mim mesma.

Haru- Eu prefiro a última opção. -Disse ele com sinceridade, e meu coração deu um salto em resposta.

Eu- Eu também. -A incerteza do futuro não parecia tão assustadora quando tinha alguém como Haru ao meu lado.

Eu- Quer saber? Ainda há algo que não pode ser mudado. -Eu respirei fundo antes de compartilhar meu pensamento com Haru.

Eu- Nós mesmos, mesmo que no palco sejamos pessoas diferentes. Mas durante a sombra, seremos nós mesmos e seremos felizes. -Haru pareceu ponderar minhas palavras, mergulhando na profundidade de seu significado. A brisa suave acariciava nossos rostos, criando uma atmosfera de cumplicidade enquanto caminhávamos para fora da escola. A luz alaranjada do entardecer emoldurava nossa conversa sincera, como se o próprio universo estivesse testemunhando esse momento revelador.

Haru Found By ChanceOnde histórias criam vida. Descubra agora